Suplementos para seu cérebro (Nootrópico)

cerebro

Os nootrópicos estão em alta. O uso de substâncias que seja capaz de melhorar a performance cerebral já é relatado há centenas de anos com o consumo do café e de alguns tipos de ervas, mas nunca falou-se tanto sobre o assunto. Assim como seus músculos, seu cérebro precisa exercitar-se. Manter-se focado e com uma boa memória requer treinamento cerebral, bons hábitos alimentares e em alguns casos a suplementação de nutrientes.

Algumas substâncias podem dar uma “forcinha” e otimizar a capacidade cognitiva seja por aumento da memória, atenção ou concentração. Elas são capazes de aumentar o fluxo sanguíneo cerebral, promover neurogenese (formação de novos neurônios), novas sinapses e conexões.

A possibilidade de aumentar a capacidade cerebral, concentração e energia mental, leva o tema dos consultórios para as telas de Hollywood. No filme sem limites, o escritor Eddie Morra (Bradley Cooper) está sofrendo um bloqueio criativo. Quando é apresentado a um remédio revolucionário e passa a usar 100% do seu cérebro. Eddie  consegue lembrar de tudo que já leu, aprende línguas, faz cálculos, consegue ler e escrever muito rapidamente. A substância fictícia NZT-48, aumenta surpreendentemente sua concentração e memória, foi o suficiente para muitos começarem a sonhar com algo parecido.

Inicialmente, os nootrópicos foram usados para tratar doenças neurodegenerativas em idosos e posteriormente observou-se que o uso em adultos saudáveis poderia potencializar o funcionamento cerebral.

Dentre as substâncias nootrópicas mais conhecidas podemos citar a ritalina e o modafinil, fármacos de prescrição controlada com uso disseminado de maneira alarmante.

Para quem busca algo semelhante, mas sem o uso de medicamentos controlados, há uma gama de suplementos com ação nootrópica que podem servir de estimulador cerebral. Estes nutracêuticos podem melhorar o desempenho cognitivo, aumentar a memória, aprendizagem, raciocínio, velocidade de processamento, fluidez verbal, atenção, foco, motivação, humor e energia. Abaixo listamos alguns deles e suas atuações dentro da atividade cerebral, consulte seu médico ou nutricionista sempre antes de começar a tomar qualquer medicamento ou suplemento.

Ômega-3

Principalmente devido à presença de Ácido docosahexaenóico (DHA), substância indispensável no cérebro para processo de concentração, raciocínio, aprendizado e memória. Evidências mostram que o DHA e seus metabolitos bioativos tem propriedades importantes durante desenvolvimento cerebral do feto e são neuroprotetores contra danos associados ao estresse oxidativo e a peroxidação lipídica. Além disso, estudos pré-clínicos sugerem que a integridade funcional e resistência dos neurônios do córtex frontal são em parte mediadas pela concentração de DHA nesse local.

Creatina

Principal fonte de energia do cérebro, a creatina já é um suplemento conhecido do público praticante de exercício físico, mas ao longo da última década ou mais, foram testadas suas habilidades de melhora no desempenho neural.  Sua ingestão pode aumentar o consumo de oxigênio pelas células cerebrais atuando como um nootrópico.

Fosfatidilserina

É uma substancia lipídica presente nas membranas de todas as células cerebrais garantindo que haja boa comunicação entre elas e mantendo o bom funcionamento cerebral. A fosfatidilserina atua na memória e na demência senil.

Ginkgo biloba

Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral e inibe a ação de uma enzima que degrada a acetilcolina, componente essencial para memória.

Colina

A Colina – 2-hidroxi-N,N,N-trimethylethanaminium – é um nutriente essencial solúvel em água que foi recentemente incluída na família do complexo B de vitaminas. É um componente da molécula da acetilcolina, um neurotransmissor necessário para a memória. A colina também faz parte da molécula de fosfatidilcolina um lipídio necessário pelas células cerebrais. Podemos ingeri-la através de suplementação ou comendo alimentos como ovos, frango e bacalhau , por exemplo.

Alpha GPC

Alpha GPC – [(2S)-2,3-Dihidroxipropil] 2-fosfato trimethylazaniumylethyl – é uma fonte de colina presente naturalmente no cérebro, bem como no leite humano e pode ser um fator que contribui para um maior QI observado em crianças que foram alimentadas com leite materno. Ele tem a maior bio-disponibilidade dos suplementos fonte de colina e atravessa facilmente a barreira hemato-encefálica.

Uma vez no cérebro, é metabolizada para a acetilcolina, que pode então ser utilizada para comunicação inter-neuronais relacionadas com a memória a curto prazo, aprendizagem e atenção. Alpha GPC também pode retardar o processo de envelhecimento do cérebro como um antioxidante cognitivo e aumentar os níveis de hormonio de crescimento humano.

Huperzine A

É um alcalóide sesquiterpene composto orgânico, encontrado no musgo Huperzia Serrate, o qual tem sido usado como tratamento para a doença de Alzheimer por ser capaz de aumentar a comunicação entre neurônios.

A huperzina A é um inibidor da acetilcolinesterase, resultando em aumento nos níveis de acetilcolina, dessa forma melhorando memória, aprendizagem e foco. Huperzine A também apresenta muitas qualidades neuro-protetor, resultando em melhoria da plasticidade das células cerebrais.

Publicado em Suplementos e Estudos Newsletter Por Essential Nutrition 15/05/2016

Princípios ativos no gerenciamento de peso

peso

Selecionei alguns princípios ativos que, associados à dieta personalizada e prática de exercícios físicos, irão auxiliá-los no tratamento de acordo com suas necessidades.

MOROSIL® (Citrus sinesnsis (L) Obeck) É um extrato seco obtido a partir do suco de laranjas vermelhas Moro, cultivado exclusivamente na área em torno do vulcão Etna, na Sicília (Itália). O extrato da laranja vermelha Moro, devido ao mecanismo sinérgico dos polifenóis totais, promove o gerenciamento do peso, o aumento da sensibilidade à insulina e a redução do triglicerídeos e colesterol total. Um estudo recente, publicado na conceituada revista International Journal of Obesity, mostrou que o extrato Moro obtido do suco enriquecido, pode neutralizar o ganho de peso e o acúmulo de gordura induzida em animais alimentados com dieta hiperlipídica, com redução da gordura abdominal de 25 a 50%. O exame histológico do tecido adiposo também demostrou uma redução acentuada no tamanho dos adipócitos, devido à diminuição da capacidade de acumular gordura.

ID-ALG™ (Ascophyllum nodosum extract) É um extrato produzido a partir de Ascophyllum nodosum, uma alga marinha marrom característica da costa rochosa do Atlântico Norte temperado (presente principalmente nas costas francesas e norueguesas). ID-alG™ é indicado para auxiliar na redução do peso, devido seu triplo mecanismo de ação em inibir a atividade das enzimas lipase e amilase, responsáveis na absorção de lipídeos e carboidratos, respectivamentes e ativar o metabolismo responsável pelo efeito termogênico.

CACTI-NEA® e NEOPUNTIA® (Opuntia fícus-indica) Vários estudos clínicos têm demonstrado que o cacto Opuntia fícus-indica possui valor nutricional, pois é rico em nutrientes com propriedades funcionais, como as betalaínas, indicaxantinas, fibras dietéticas, aminoácidos, minerais, vitaminas e antioxidantes. A partir disso foram desenvolvidos dois nutracêuticos, o Cacti-Nea® e o NeOpuntia®, que se diferem entre si pela parte do cacto usado e, consequentemente, pelo benefício que proporcionam ao organismo.

Cacti-Nea® é extraído do fruto do Opuntia fícus-indica, é uma fonte rica de betalaínas biodisponíveis, principalmente de indicaxantinas. Possui propriedades antioxidantes e diuréticas, sendo especialmente indicado para o controle do peso corpóreo, para ajudar as pessoas que retém líquido, principalmente durante a TPM, e para preservar as células do organismo dos danos oxidativos causados pelos radicais livres.

NeOpuntia® é uma fibra lipolítica obtida pela desidratação das folhas do cacto Opuntia fícus-indica. As fibras de NeOpuntia® interagem com as gorduras e formam um gel fluido. Esta interação NeOpuntia®/ gordura é capaz de reduzir a biodisponibilidade lipídica durante a ingestão e consequentemente a absorção de gordura pelo organismo. É indicado como coadjuvante no emagrecimento, e como auxiliar no tratamento da Síndrome Metabólica.

CROCUS SATIVUS Em relação aos seus efeitos biológicos, o Crocus sativus L. tem se destacado principalmente pelas suas ações no sistema nervoso central, pois age na concentração sináptica de neurotransmissores como GABA, Dopamina, Norepinefrina e Serotonina e exerce funções ansiolíticas, antidepressivas, anticonvulsivantes e que melhoram a performance cognitiva. Estes efeitos centrais são interessantes no tratamento da obesidade, já que a otimização de vias serotoninérgicas e dopaminérgicas cerebrais auxilia no controle hipotalâmico da fome, promovendo redução da compulsão alimentar. O efeito ansiolítico do Crocus sativus (via GABA) também auxilia no controle da ingestão alimentar associada ao estresse e à ansiedade, dois transtornos comuns em pessoas obesas e que contribuem para o excesso de produção de cortisol nesses indivíduos. Sabe-se que o cortisol auxilia no desenvolvimento de resistência à insulina e promove ganho de gordura abdominal e o Crocus sativus pode por diversos mecanismos, regular essas ações relacionadas ao hiper-corticosolismo.

FENO GREGO (Trigonela foenum-graecum L) Em estudo, publicado no Eur J Clin Pharmacol. um grupo de pessoas obesas recebeu extrato de feno grego todas as manhãs. Observou uma saciedade maior por um tempo prolongado, além de menor ingestão de calorias nas refeições subsequentes. Um dos mecanismos propostos para o efeito hipoglicemiante de Trigonella foernum-graecum está relacionado com a interferência na absorção intestinal da glucose devido ao seu elevado teor em fibra e/ou a viscosidade da preparação. O mecanismo envolve a capacidade das fibras em retardar o tempo de esvaziamento gástrico.

A dose recomendada para cada princípio ativo, deve ser verificada com o profissional nutricionista, que irá elaborar sugestões de fórmulas de acordo com suas necessidades.

Referência bibliográfica:

1. Olszewer, Efrain. Manual de Fitoterápicos em obesidade. Efrain Olszewer, Lenilto Marquesa de Araújo Junior. – 1ª Ed. – São Paulo: Ícone, 2012.

2. Titta L, et al. Blood Orange juice inhabits fat accumulation in mice. Int J Obesity 34(3):578-588 (2009).

3. Material Bionap Morosil® (Itália)

4. Terpend, K, et al. Effects of ID-alG™ on Weight Management and Body Fat Mass in High-Fat-Fed Rats. Phytotherapy Research Magazine, outubro, 2011.

5. Literatura do fabricante (ID-Alg®) – Nexira Health (França)

6. Literatura do fabricante (Cacti-Nea® e NeOpuntia®) Bio Serae (França)

7. Gouta B., Bourgesb C., Paineau-Dubreuilb S. Satiereal, a Crocus sativus L extract, reduces snacking and increases satiety in randomized placebo-controlled study of mildly overweight, healthy women. Nutrition Research Journal, v.30, p.305–313, 2010.

8. Al-Habori M and Raman A. Antidiabetic and Hypocholesterolaemic Effects of Fenugreek. Phytother Res. 12: 233-242, 1998.

9. Sharma RD, Sarkar A, Hazra DK, et al. Use of fenugreek seed powder in the management of noninsulin dependent diabetes mellitus. Nutrition Res. 16:1331-1339, 1996.

10. Chevassus H, Gaillard JB, Farret A, Costa F, Gabillaud I, Mas E, Dupuy AM, Michel F, Cantié C, Renard E, Galtier F, Petit P. A fenugreek seed extract selectively reduces spontaneousfat intake in overweight subjects. Centre d’Investigation Clinique, Centre Hospitalier Régional Universitaire de Montpellier, Montpellier, France. Eur J Clin Pharmacol. 2010 May;66(5):449-55. Epub 2009 Dec 18.

11. Walsh DE, Yaghoubian V, Behforooz A. Effect of glucomannan on obese patients: a clinical study. Int J Obes 1983;8:289–93.

12. Joyce Keithley, DNSc, RN, FAAN, Barbara Swanson, DNSc, RN, ACRN. Glucoman and obesity a critical review. Alternative Therapies, Nov Dec 2005, Vol. 11, Nº 6

O que é Kefir e seus benefícios?

kefir

Kefir é rico em nutrientes e probióticos (lactobacilos), produzido através da fermentação do leite é extremamente benéfico para a digestão e saúde do intestino, e muitas pessoas consideram ser uma versão mais poderosa do iogurte, pelo seu valor nutricional e terapêutico.

Fantástica fonte de nutrientes

Kefir é uma bebida fermentada, tradicionalmente feita a partir de leite de vaca ou de cabra. Isso é feito através da adição de “sementes” de kefir ao leite, no que “sementes” significam aqui as culturas de leveduras e bactérias de ácido láctico que se assemelham a uma couve-flor na aparência. Durante um período de mais ou menos 24 horas, os microorganismos nas sementes multiplicam-se e fermentam os açúcares no leite, transformando-o em kefir. Em seguida, as sementes são removidas do líquido podendo ser usadas novamente. Então, basicamente, o kefir é a bebida, mas as sementes de kefir são o “start kit” que você usa para produzir a bebida.

De origem de partes da Europa do Leste e Sudoeste da Ásia, o nome é derivado da palavra turca Keyif, que significa “sentir-se bem” depois de comer. As bactérias do ácido láctico transformam a lactose no leite em ácido láctico, assim o kefir possui gosto azedo como o iogurte, porém tem uma consistência mais fina.

Uma poção de 175ml de kefir de leite contém (2,3):

Proteína: 6 gramas.

Cálcio: 20% do VDR.

Fósforo: 20% do VDR.

Vitamina B12: 14% do VDR.

Riboflavina (B2): 19% do VDR.

Magnésio: 5% da VDR.

Uma boa quantidade de vitamina D.

Cerca de 100 calorias, 7 a 8 gramas de carboidratos e 3 a 6 gramas de gordura, dependendo do tipo de leite que é usado. O kefir também contém uma grande variedade de compostos bioativos, incluindo os ácidos orgânicos e peptídeos que contribuem para a saúde.

Versões sem leite de kefir podem ser feitas com água de coco, leite de coco e outros líquidos doces. Estes não têm o mesmo perfil de nutrientes como kefir à base de produtos lácteos. Conclusão: Kefir é uma bebida de leite fermentada, rica em proteínas, cálcio e vitaminas do complexo B.

2. Kefir é um probiótico mais poderoso do que o iogurte

Alguns microrganismos podem ter efeitos benéficos para a saúde quando ingeridos. Conhecidos como probióticos, esses microrganismos podem influenciar a saúde de várias maneiras, incluindo a digestão, controle de peso e saúde mental. O iogurte é o alimento probiótico melhor conhecido na dieta ocidental, mas é, na verdade, o kefir uma fonte muito mais potente. As sementes do kefir contêm cerca de 30 estirpes de bactérias e leveduras, tornando-se uma fonte de probióticos muito rica e diversificada. Outros produtos lácteos fermentados são feitos a partir de não tão numerosas estirpes, e não contêm quaisquer leveduras.

Conclusão: O kefir contém cerca de 30 microrganismos diferentes, tornando-se uma fonte de probióticos mais potente do que outros produtos lácteos fermentados.

3. Propriedades antibacterianas potentes

Alguns probióticos do kefir atuam contra infecções e isso inclui o probiótico Lactobacillus kefiri, que é exclusivo dele, e estudos mostram que este probiótico pode inibir o crescimento de várias bactérias, incluindo Salmonella, Helicobacter Pylori, e E. coli. Kefiran, um tipo de carboidrato presente no kefir, também possui propriedades antibacterianas.

Conclusão: Kefir contém o probiótico Lactobacillus kefiri, e o kefiran, os quais podem proteger contra bactérias nocivas.

4. Proteção da saúde óssea e redução do risco de osteoporose

A osteoporose (ossos “porosos”) é caracterizada pela deterioração do tecido ósseo e é um enorme problema nos países ocidentais, sendo especialmente comum entre as mulheres idosas, dramaticamente aumentando o risco de fraturas. Garantir uma ingestão adequada de cálcio é uma das maneiras mais eficazes para melhorar a saúde óssea e retardar a progressão da osteoporose.

O kefir feito a partir de produtos lácteos integrais não é apenas uma grande fonte de cálcio, mas também de vitamina K2, a qual desempenha um papel central no metabolismo do cálcio; sua suplementação pode reduzir o risco de fraturas até 81%. Estudos recentes em animais mostraram que o kefir pode aumentar a absorção de cálcio pelas células ósseas. Isto leva a uma melhor densidade óssea, o que deve ajudar a prevenir fraturas.

Conclusão: O kefir feito a partir de laticínios é uma excelente fonte de cálcio. Se produzido a partir de produtos lácteos sem a retirada da gordura, ele contém vitamina K2 com benefícios importantes para a saúde óssea.

5. Proteção contra o câncer

O câncer é uma das causas principais de morte no mundo. Ele ocorre quando existe um crescimento descontrolado de células anormais no corpo, tal como um tumor. Os probióticos em produtos lácteos fermentados são apontados como inibidores do crescimento tumoral, reduzindo a formação de compostos carcinogênicos, bem como estimulantes do sistema imunológico. Este papel protetor tem sido demonstrado em vários estudos em tubo de ensaio. Um estudo descobriu que o extrato de kefir reduziu o número de células de câncer de mama humano em 56%, em comparação com apenas 14% quando usado extrato de iogurte. No entanto, precisamos tomar esta informação com cautela desde que ela está longe de ser comprovada em seres vivos.

Conclusão: Alguns estudos em tubos de ensaio e em animais mostraram que o kefir pode inibir o crescimento de células cancerosas. Isto ainda não foi estudado em pessoas.

6. Os Probióticos podem ajudar em vários problemas digestivos

Os probióticos como o kefir podem ajudar a restaurar o equilíbrio de bactérias amigas no intestino e é por isso que eles são altamente eficazes para muitas formas de diarreia. Há também uma grande quantidade de provas que os probióticos e alimentos probióticos podem ajudar em todos os tipos de problemas digestivos (5), incluindo a síndrome do intestino irritável (IBS), úlceras causadas por infecção por H. pylori, e vários outros. Por esta razão, o kefir pode ser útil se você tiver problemas de digestão.

Conclusão: Os probióticos como o kefir podem tratar várias formas de diarreia. Eles também podem levar a grandes melhorias em várias doenças do aparelho digestivo.

7. O kefir é geralmente bem tolerado por pessoas que são intolerantes à lactose

Laticínios regulares contêm um açúcar natural chamado lactose. Muitas pessoas, especialmente os adultos, são incapazes de quebrar e digerir a lactose corretamente. Esta condição é chamada de intolerância à lactose. As bactérias lácticas em alimentos lácteos fermentados (como kefir e iogurte) tornam a lactose em ácido láctico, por isso, esses alimentos são muito mais baixos em lactose que o leite, e também contêm enzimas que podem ajudar a quebrar a lactose ainda mais. Devido a isso, o kefir é geralmente bem tolerado por pessoas com intolerância à lactose, pelo menos, quando comparado ao leite normal. Saiba também que é possível fazer kefir 100% livre de lactose, usando água de coco, suco de frutas ou qualquer outro fluido não lácteo.

Conclusão: As bactérias lácticas já pré-digerem a lactose no kefir. Pessoas com intolerância à lactose, muitas vezes podem ingerir o kefir sem problemas.

8. Melhora dos sintomas de alergia e asma

As reações alérgicas são causadas por uma reação inflamatória contra substâncias ambientais inofensivas. Pessoas com um sistema imunológico mais sensível são mais propensas a alergias, o que pode causar doenças como a asma. Em estudos em animais, o kefir foi mostrado para suprimir as respostas inflamatórias relacionadas à alergia e asma. São necessários estudos em humanos para explorar melhor estes efeitos.

9. Fácil de fazer

Mesmo não sendo um benefício para a saúde, pode ser bem importante. Se você não tem certeza sobre a qualidade do kefir comprado no comércio, então você pode facilmente fazê-lo em casa. E quando combinado com algumas frutas frescas, torna-se uma deliciosa sobremesa. Você pode comprar semente de kefir em algumas lojas de produtos naturais e supermercados. Há alguns bons posts e vídeos sobre como fazer kefir, mas o processo é muito simples:

RECEITA::

Coloque 1 a 2 colheres (de sopa) de sementes de kefir em um pequeno frasco. Quanto mais usar, mais rápido o leite se transforma.

Adicione cerca de 2 xícaras de leite, de preferência orgânico ou mesmo cru e deixe um centímetro de espaço no topo do frasco.

Você pode adicionar um pouco de creme gordo se quiser que o kefir fique mais espesso.

Tampe e deixe por 12 a 36 horas, à temperatura ambiente.

Uma vez que começa a apresentar textura granulosa, está pronto. Então passe o líquido pela peneira, o que deixa para trás as sementes de kefir originais.

Agora, coloque as sementes em um novo frasco com um pouco de leite, e o processo começa novamente.

Delicioso, nutritivo e altamente sustentável.

Fonte: http://authoritynutrition.com/9-health-benefits-of-kefir/ 

Frutose – O perigo de se consumir em excesso

frutose

A indústria passou a adicionar cada vez mais frutose, por esta ser 70% mais doce que a sacarose, assim pode-se usar uma menor quantidade com a mesma doçura final. Além disso, a frutose é mais estável em soluções líquidas, como os refrigerantes, justificando seu uso disseminado nestes.3 Outro fator do aumento do consumo de frutose é o hábito disseminado de utilizar o suco de fruta concentrado apenas, ao invés de manter as fibras presentes na fruta – estas reduzem a absorção da frutose. Hoje se sabe que liquidificar uma fruta deixando a totalidade de seus componentes seria bem melhor que centrifugar uma fruta, separando a água e a frutose do restante de sua composição. Se uma pessoa consome a frutose contida em frutas e vegetais, não há problemas, uma vez que estes alimentos contêm vitaminas, minerais e fibras que irão reduzir a absorção de frutose ou, pelo menos, torná-la mais saudável. Antigamente as pessoas consumiam 16 a 20 gramas de frutose por dia, em grande parte pelo consumo de frutas frescas. A ocidentalização da alimentação resultou em aumento significativo na frutose adicionada à dieta, conduzindo ao consumo diário de 85 a 100 gramas por dia.1

Já está estabelecido que o excesso de glicose não é bom, mas o que alguns estudos estão demonstrando nos últimos anos é que o excesso de frutose é muito pior. A frutose é derivada do açúcar das frutas, da sacarose e do xarope de milho, que contém frutose concentrada. Entretanto, esse xarope com alta concentração de frutose e sabor muito doce, bastante utilizado pela indústria alimentícia, pode não ser composto somente de frutose, mas de uma combinação quase em partes iguais de glicose e frutose.2

FRUTOSE X GLICOSE

O AÇÚCAR QUE É TRANSFORMADO EM GORDURA

A frutose depois de passar pelo intestino é rapidamente levada para o fígado para processamento. Aqui, tem dois destinos: ou é transformada em glicose e utilizada para energia por células hepáticas, em seguida, armazenados como glicogênio hepático, ou é transformada em ácidos graxos livres (gordura).4

Ao contrário da glicose, frutose só pode ser metabolizada em sua maior parte no fígado (pois só no fígado tem quantidades suficientes da enzima frutoquinase), enquanto a glicose pode ser passada para outros tecidos, como os músculos, e ser utilizada como fonte de energia por eles. Se você tem uma grande quantidade de frutose em sua dieta, ele só tem um lugar para ir: o seu fígado. Se os seus níveis de glicogênio hepático estão cheios, o que acontece todos os momentos do dia, exceto durante o jejum, a frutose é transformada em gordura! Para o restante do corpo a frutose não é um açúcar de rápido metabolismo como a glicose, mas sim um ácido graxo livre.2

A partir do momento em que seu fígado não deseja armazenar esta nova gordura, ele as manda para outras partes do seu corpo; lugares que você não deseja, como o seu abdome ou parte inferior das costas. Agora você pode ver porque muita frutose em sua dieta pode ser uma das maiores razões para o aumento da obesidade ou dificuldade em emagrecer.

                                         

Referências:

1 Barbosa, J.H.P., de Oliveira, S.L., Seara, L.T. Produtos da glicação avançada dietéticos e as complicações crônicas do diabetes. Rev. Nutr., Campinas, 22(1):113-124, jan./fev., 2009.

2 Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. Ministério da Saúde. Jul 2011. www.brasil.gov.br.

3 Brown, K. Diet-Induced Dysbiosis of the Intestinal Microbi”a and the Effects on Immunity and Disease. Nutrients. 2012 August; 4(8): 1095–1119.

4 Revista Esentia.Edição número 2. 2013.

 Publicado em Perigos para a Saúde Newsletter Por Essential Nutrition

Vegetariano Atleta

vegetariano

As dietas vegetarianas estão associadas a muitos benefícios à saúde, incluindo menores taxas de mortes por doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de câncer (GIOVANNUCCI  et. al., 1994; THOROGOOD et al., 1994; FRASER et al., 1995) e baixo risco de dislipidemia, hipertensão e obesidade (APPLEBY  et  al.,  1995).  De forma similar, os benefícios das dietas vegetarianas sobre a melhora da aptidão física e da performance têm sido analisados ao longo dos anos. HANNE et al (1986) demonstrou não existir diferenças significativas nas variáveis: aptidão física, antropométricas, metabólicas (incluindo capacidade aeróbia e anaeróbia), força, função pulmonar e níveis séricos de proteína e hemoglobina entre atletas ovo-lacto-vegetarianos, lacto-vegetarianos e vegetarianos. Esse resultado confirmou os apresentadados por RABEN et al (1992) que demonstraram não haver diferenças na performance física de atletas de resistência quando estes são alimentados com dietas vegetarianas ou não vegetarianas durante um período de 6 semanas. Os valores hematológicos, antropométricos e metabólicos de mulheres vegetarianas fisicamente ativas foram comparados aos de mulheres não vegetarianas fisicamente ativas. Embora as vegetarianas tivessem valores de glicose   sanguínea e colesterol significativamente menores, não houve diferença entre os grupos na capacidade cardiorrespiratória submáxima ou máxima e no eletrocardiograma durante teste progressivo em esteira (NIEMAN et al., 1989).

Representa um determinante crítico da resposta imune (a nutrição), e dados epidemiológicos sugerem que deficiências nutricionais alteram a resposta imunológica e aumentam os riscos de infecções. RICHTER et al (1991) demonstrou que a função imune de atletas que consomem uma dieta rica em proteína animal, é similar à de atletas que consomem uma dieta lacto ovo- vegetariana.

Em relação as alterações hormonais, alguns estudos sugerem que uma proporção significativa de atletas amenorreicas é vegetariana (ROSE et al., 1991; PEDERSEN et al., 1991). No entanto, existe evidência crescente de que a baixa ingestão energética, e não a qualidade da dieta, é a principal causa de oligomenorréia em atletas e que, o equilíbrio positivo, normaliza o perfil hormonal e a menstruação. O esforço para manter ciclos menstruais normais deve incluir ingestão maior de alimentos energéticos e gorduras, redução de fibras e do treinamento extenuante (AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION, 1997).

Em relação as proteínas, geralmente as dietas vegetarianas fornecem uma menor quantidade que as dietas não-vegetarianas.  Embora a qualidade da proteína de dietas vegetarianas seja adequada para os adultos, as proteínas vegetais não são bem absorvidas como as proteínas animais em eficiência.  Sendo assim, aumenta-se em 10% a quantidade proteica consumida. Portanto, a recomendação de ingestão para atletas vegetarianos é cerca de 1,3 a 1,8g/ Kg de peso corporal (AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION, 1997). Sabemos que as dietas vegetarianas possam ser mais pobres em proteínas totais, a ingestão de proteínas tanto em ovo-lacto-vegetarianos quanto em vegans parece ser adequada (AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION,   1997). A adequada   ingestão   calórica é um importante fator para se suprir as necessidades diárias de proteínas em atletas.

A suplementação com a creatina foi sugerida como recurso ergogênico para atletas que realizam sessões repetidas de exercícios de alta intensidade e curta duração. Indivíduos vegetarianos, quando comparados aos não- vegetarianos, demonstram menores níveis plasmáticos de creatina (DELANGHE et al., 1989), isso não quer dizer que reflete na diminuição de seu conteúdo muscular. Em estudo com indivíduos vegetarianos, os níveis teciduais de creatina estão dentro do normal (115 mmol/Kg). Um estudo randomizado e duplo-cego foi incapaz de verificar qualquer efeito da creatina sobre a potência física de atletas vegetarianos (CLARYS et al., 1997). SHOMRAT e colabores (2000) suplementaram creatina em vegetarianos e onívoros por uma semana, e a performance no teste anaeróbio de Wingate foi determinada antes e após essa suplementação.  Os resultados mostraram que ambos tiveram maior massa muscular e média de força máxima durante os testes. Porém, o pico de força máxima foi significantemente maior pela suplementação nos onívoros. Concluiu-se que a ingestão de creatina responde similarmente no aumento da média de força máxima durante exercício máximo e curto. É possível que os níveis de creatina (e de fosfocreatina) muscular antes da suplementação eram similares em ambos grupos.

Em relação as vitaminas e minerais, a absorção de alguns nutrientes pode ser potencialmente inibida em dietas vegetarianas pela presença de dois antinutrientes: fitato (grãos), tanino (chás) e fibra alimentar (principalmente as insolúveis). Mas os alimentos vegetais também contêm substâncias que aumentam a absorção dietética do ferro, como a vitamina C e o ácido cítrico que são encontrados em frutas e vegetais (CRAIG, 1994; AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION, 1997). A baixa ingestão de vitaminas B12 e D, riboflavina, ferro, cálcio e zinco, já que boas fontes destes nutrientes são encontradas em alimentos de origem animal (AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION, 1997), atletas vegetarianos podem desenvolver deficiências. A deficiência da vitamina   B12   nos vegetarianos foi acompanhado pelo aumento da suscetibilidade de algumas infecções (TAMURA et al., 1999). Como a necessidade de vitamina B12 é pequena e ela é tanto armazenada quanto reciclada no corpo, os sintomas da deficiência podem demorar anos para aparecer. A absorção de vitamina B12 torna-se menos eficiente conforme o corpo envelhece, e assim, os suplementos podem ser aconselhados para todos os vegetarianos mais velhos (AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION, 1997). O ferro, é um nutriente importante, já que em dietas vegetarianas a sua biodisponibilidade é baixa (AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION, 1997). Entretanto, um estudo realizado com mulheres australianas, mostrou que não houve diferença significativa na ingestão de ferro total e que a concentração sérica de ferritina menor que 12 g/L (indicadora de baixa reserva de ferro) foi encontrada similarmente entre os dois grupos.  A concentração de hemoglobina não foi significantemente diferente (BALL & BARTLETT, 1999). A presença da anemia em vegetarianos é rara (NIEMAN et al., 1989).

Conclusão: American Dietetic Association (ADA) diz que as dietas vegetarianas apropriadamente planejadas são saudáveis, adequadas em termos nutricionais e apresentam benefícios para a saúde na prevenção e no tratamento de determinadas doenças. Dietas vegetarianas também podem atender à necessidade de atletas competitivos. As dietas vegetarianas que atendem às necessidades energéticas e incluem boas fontes proteicas (por exemplo, alimentos à base de soja, feijões, ervilhas, arroz) podem fornecer quantidade adequada de proteína sem o uso de suplementos especiais ou suplementos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1.  POSITION     OF     THE     AMERICAN     DIETETIC     ASSOCIATION: VEGETARIAN DIETS.J Am Diet Assoc,. 97:1317-1321, 1997.
  2.  APPLEBY, PN et al.Journal of Human Nutrition diet, 8:305-314, 1995.
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Recuperação muscular após exercícios de endurance e crossfit

crossfit

Fadiga muscular, perda de força e dificuldade em completar treinos são sinais de que o corpo está precisando repor nutrientes para acelerar a recuperação muscular. Nesse momento, o uso de suplementos chamados “Recovery” se tornam aliados importantes.

Durante a prática de exercícios físicos, ocorre o aumento do gasto energético e uma série de “microlesões” musculares. Nesse cenário, as proteínas têm como função recuperar os tecidos musculares que sofreram essas lesões, e os carboidratos irão restabelecer a reserva energética do corpo. Por esse motivo, quanto mais cedo ingerirmos carboidratos e proteínas, mais rápido acontecerá o processo de recuperação e regeneração dos músculos.

Mas como se dá essa recuperação e regeneração muscular?

Os músculos são compostos por fibras musculares que, por sua vez, são formados por proteínas. O tamanho e a força muscular são altamente dependentes da produção desse macronutriente. Durante a prática de exercícios, a quantidade de proteína diminui.

Mas porque isso ocorre?

O glicogênio – forma de armazenamento da glicose proveniente dos carboidratos responsável por fornecer energia às células – influencia no aumento ou na diminuição da quantidade de proteína muscular. Sendo o glicogênio muscular e a glicose presente no sangue as fontes básicas de energia, durante a prática de exercícios, seus estoques tornam-se limitados e suficientes por apenas algumas horas. O cortisol, conhecido como “hormônio do estresse”, é liberado durante a prática de exercícios ocasionando diminuição na quantidade de proteína na musculatura.

 Como restabelecer a energia e ajudar na recuperação da musculatura?

Fadiga muscular, perda de força e dificuldade em completar treinos são sinais de que o corpo está precisando repor nutrientes para acelerar a recuperação muscular. Nesse momento, o uso de suplementos chamados “Recovery” se tornam aliados importantes. Para entender como eles funcionam é preciso um pouco de fisiologia:

Os carboidratos exercem importante função na contração muscular durante exercícios prolongados e de intensidade moderada (Ex. exercícios de endurance – intensidade baixa a moderada por um longo tempo de duração como correr, pedalar, maratonas, futebol…) , assim como nos de curta duração e alta intensidade (Ex.Crossfit). Fontes de glicose, os carboidratos reduzem os níveis de cortisol e, consequentemente, evitam a depleção proteica nos músculos.

A reposição energética ocorre quando esses carboidratos são metabolizados, ou seja, os carboidratos, depois de ingeridos, aumentam os níveis de açúcar no sangue (glicemia) e assim o pâncreas libera insulina para que a glicose possa entrar nas células musculares e liberar a energia (ATP) necessária para o restabelecimento das funções musculares. Quantidade suficiente de carboidratos impede que as proteínas sejam utilizadas para a produção de energia, mantendo assim sua função na construção de massa muscular magra. O excesso de glicose ingerido pelo corpo é armazenado no fígado na forma de glicogênio.

 Como o Carboidrato funciona no organismo:

A combinação de carboidratos de diferentes perfis de absorção proporciona o suporte de energia de forma imediata e gradativa. A D-Ribose e a Dextrose promovem o fornecimento de energia de rápida ação, a Maltodextrina de ação intermediária e a Palatinose e o Waxy Maize de ação prolongada.   Essa combinação permite uma maximização da recuperação muscular em até 6 vezes, ou em horas, encurtando de 72h para 12h a recuperação muscular.

Isso ocorre porque os carboidratos simples (Dextrose e D-Ribose) são digeridos e absorvidos rapidamente, produzindo assim um aumento súbito na glicemia. Já os carboidratos complexos (Maltodextrina, Palatinose e Waxy Miaze), devido ao maior tamanho da molécula, são digeridos e absorvidos mais lentamente, ocasionando em pequeno e gradual aumento da glicemia.

A suplementação de proteína, presente através do Whey  Protein Isolado,  fornece aminoácidos para a reconstrução dos músculos “lesionados” durante a prática de exercícios físicos e, como consequência, o tamanho das fibras musculares aumenta, gerando a chamada hipertrofia muscular almejada por muitos.

Além dos diversos tipos de carboidratos e do aporte proteico fornecido pelo Whey Protein isolado, os produtos Recovery que possuem Carbo:Proteina são compostos por peptídeos de colágeno bioativos e um blend de vitaminas e minerais. O colágeno na forma de peptídeos possui alto poder de absorção devido ao tamanho molecular e aos processos de hidrólise química e física aplicados. Os aminoácidos presentes nos peptídeos de colágeno são os maiores constituintes do tecido conectivo, como cartilagens, tendões, ossos e pele. O seu consumo auxilia a prevenir a degradação, evitar dores e proteger o tecido articular dos impactos sofridos com os exercícios físicos.

O blend de vitaminas e minerais antioxidantes, além de combater a ação dos radicais livres provenientes do exercício físico, otimiza o processo de metabolização de carboidratos e proteínas pela ação das vitaminas do complexo B em sua forma ativa.

Estudos mostram que ingerir carboidratos e proteínas até duas horas depois de praticar uma atividade física de alta intensidade melhora drasticamente o tempo de recuperação. No entanto, a proporção dos ingredientes utilizados em suplementos Recovery é de extrema importância. Para que ocorra o efeito esperado, a quantidade de carboidratos deve ser duas ou mais vezes maior do que a quantidade de proteínas na proporção de 4:1 – 4 partes de carboidratos para 1 parte de proteína.

É importante ressaltar que, em muitos casos, uma alimentação adequada pode suprir as necessidades nutricionais do organismo. Os praticantes de exercícios físicos devem ter consciência de se alimentar corretamente antes de pensar em suplementação. Em casos de correta orientação nutricional e desgaste com exercícios de alta intensidade, a suplementação com Recovery pode facilitar a recuperação e melhorar o desempenho de maneira rápida e prática.

O envelhecimento saudável não é fruto da loteria genética, mas de uma nova atitude preventiva e intervencionista.

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A Medicina Preventiva, antes tida como Medicina Antienvelhecimento, coloca abaixo o mito de que é preciso aguardar os doenças e desconfortos da idade chegarem e se conformar, mostrando que é possível sim interferir nos processos antes que eles aconteçam, adotando hábitos que garantem uma vida mais longa e com mais qualidade de vida.

 A Medicina Preventiva é um movimento médico que surgiu nos EUA na década de 90 com o objetivo de mudar a forma como estava sendo abordado o envelhecimento. Em 1992, Dr. Ronald M. Goldman e Dr. Ronald Klatz, junto com um grupo de médicos, fundaram a American Academy of Anti-Aging Medicine, que provocou uma verdadeira revolução dentro da medicina. Até esta data, o envelhecimento era visto como algo com o qual não se teria nada a fazer, que deveria se resignar e tratar as doenças típicas do envelhecimento, sendo reconhecida a Geriatria como a especialidade para tratar dos inexoráveis idosos.

A Medicina Preventiva preconiza uma mudança de como deveria ser abordado o envelhecimento: como uma doença que pode ser tratada com novas intervenções médicas. A primeira mudança é de atitude, saindo de uma posição passiva para a ativa, onde se percebe que várias mudanças de hábitos e o uso de substâncias poderiam causar uma modificação na forma do envelhecimento. Descobriu-se que o envelhecimento saudável não é fruto da loteria genética, mas de uma nova atitude preventiva e intervencionista.

Antienvelhecer quer dizer envelhecer com saúde e bem-estar, mantendo a sensação de bem-estar da juventude com a sabedoria da vida, significa prevenir tudo o que possa levar ao adoecer. A longevidade não é para virar um fardo, e a jovialidade e a energia podem ser preservadas e mantidas com ajuda médica.

A primeira medida é a prevenção de doenças ou de tendências a doenças. Primeiro é não adoecer, sendo antes de tudo uma medicina preventiva. O foco é na prevenção, diagnosticando alterações a nível funcional e metabólico antes de se manifestarem como doenças de alto custo financeiro e humano para o seu tratamento. Hoje, estão definidos os fatores predisponentes das doenças crônicas que podem ser modificados e, com isto, pode-se evitar ou postergar o surgimento destas doenças.

Passou-se a estudar os muitos fatores que são responsáveis pelo processo de envelhecimento e usar o que for necessário para modificar sua atuação. Assim, estabeleceram-se os cinco pilares do Antienvelhecimento, a partir dos quais se produz um envelhecimento saudável.

Cinco pilares do antienvelhecimento

1. Dieta e nutrição – Cientistas descobriram que o que comemos influencia em quanto tempo vivemos. Uma dieta ricas em calorias, proteínas animais e gorduras saturadas vai não apenas causar doenças cardiovasculares e metabólicas, mas acelerar o processo de envelhecimento do corpo como um todo. O processo de digestão sobrecarrega e desgasta o organismo. O metabolismo aumenta o estresse oxidativo e causa envelhecimento celular. A orientação dietética com maior repercussão no prolongamento da vida é a dieta hipocalórica: quanto menos comemos, mas de forma equilibrada e saudável, mais viveremos. Baixa ingestão calórica, rica em frutas e legumes, uma alta ingestão de fibras e alimentos com densidade nutricional, vai ajudar a melhorar a saúde e a longevidade.

2. Manejo de estresse – O estresse crônico é um subproduto deplorável do nosso modo de vida moderno e pode afetar a rapidez com que idade vira enfermidade. A química do estresse é semelhante à química do envelhecimento: elevação de cortisol e catecolaminas e redução dos hormônios anabolizantes. O estressado parece um velho nervoso, envelhecido precocemente e cansado. Assim, o manejo do estresse passa a ser uma das bases para o antienvelhecimento. Incorporar períodos regulares
de relaxamento pessoal em sua rotina semanal vai ajudar a combater o estresse. Separar um tempo para atividades de conexão e relaxamento, meditação, respiração profunda e lenta, e sentindo-se conectado com aqueles que você ama pode ajudar a encorajar um estilo de vida mais relaxado. A busca de um desfrute saudável, parando para aproveitar os pequenos prazeres da vida, será um bálsamo revigorante.

3. Atividade Física – O sedentarismo e a hipoatividade diária são a base de muitas doenças do envelhecimento. Muitos trabalhos comprovam os benefícios para a saúde geral que ocorrem com a atividade física regular. O exercício é um santo remédio, prevenindo uma série de doenças que nem se imagina, como a redução de 50% de cânceres em pessoas fisicamente ativas. O treinamento aeróbico e de força permite que homens e mulheres em qualquer idade possam aumentar a força muscular, resistência, equilíbrio e densidade óssea.

4. Suplementos – Hoje, é cada vez mais difícil garantir que aos nossos corpos sejam fornecidos  o equilíbrio e as doses corretas de minerais, vitaminas e nutrientes. Mesmo numa dieta equilibrada podem faltar nutrientes devido a métodos de produção ou à origem do alimento. É essencial, portanto, na busca pelo envelhecimento saudável, complementar a nossa dieta com suplementos nutricionais. A suplementação diária é importante não só para fornecer blocos de construção nutricionais exigidos pelos órgãos para o funcionamento ideal, mas também para a proteção contra ataques de radicais livres causados por maus hábitos alimentares, estilo de vida e poluição ambiental.

5. Reposição hormonal – O que antes era considerado doenças próprias da idade, como osteoartrose, osteoporose, arteriosclerose, descobriu-se que são doenças devidas principalmente à carência hormonal. Após os 35 anos, começa um processo de redução da produção hormonal, diminuindo progressivamente a produção dos hormônios sexuais e anabolizantes. Como o catabolismo continua, a falta dos hormônios anabolizantes vai criar as condições para que não haja mais recuperação e reparação do organismo. A reposição das carências hormonais vai dar condições.

Publicado em Newsletter Por Essential Nutrition.

SUPLEMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO

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Os preceitos científicos para uma alimentação saudável e o papel dos nutrientes são bastante difundidos e reconhecidos como essenciais às demandas nutricionais na gestação.O uso de suplementos durante essa fase pode ser de grande valia, contribuindo para a ingestão mais adequada de nutrientes, como Vitamina D e Ácido Fólico. Uma criança que cresce em um ambiente restrito de nutrientes desvia energia para órgãos vitais (como o cérebro) levando a alterações biológicas e fisiológicas.
Sabe-se que a Vitamina D afeta diversas funções celulares, como o desenvolvimento cerebral, efeitos na diferenciação celular, expressão de fatores neurotrópicos, regulação da citocina, síntese de neurotransmissores, sinalização de cálcio intracelular, atividade antioxidante e expressão de genes/proteinas envolvidas na diferenciação neuronal, estrutural e metabolismo.
Estudos demonstram que a Taurina é um aminoácido essencial para o desenvolvimento fetal, fornecido pela circulação materna através da placenta. Durante o desenvolvimento do sistema nervoso central, da retina e do tecido muscular, a disponibilidade de taurina é essencial.
O período de gestação demanda maior atividade da glândula da tireóide, a qual, na deficiência de Iodo, pode se tornar insuficiente pra sua função. No caso de hipotireoidismo, pode ocorrer aborto durante o primeiro trimestre da gestação, hipertensão gestacional e má formação fetal.
Já a Colina é importante para modular mitose, diferenciação celular e migração de células progenitoras endoteliais e neurais. Isso por ser um doador de grupo metil, importante para a regulação epigenética, que impacta no desenvolvimento fetal e reduz risco de desenvolvimento de doenças na vida pós-natal.
Especialmente durante a gestação, quando a proliferação e diferenciação de células está muito ativa, status sub-ótimos de Cobre e de Zinco podem levar a sérias consequências, impactando o embrião e o desenvolvimento fetal. A suplementação de Zinco na gestante torna-se fundamental para evitar queda de cabelo, indigestão, constipação intestinal e alteração do humor, que são normalmente causados pelo excesso de suplementação de Ácido Fólico.
O Ácido Fólico é uma vitamina do complexo B importante como doador de metil para a metilação do DNA, e vem sendo bastante estudado por sua importante ação no organismo desde a gestação, já que sua deficiência predispõe o feto ao maior risco de desenvolver diversos tipos de doença e má formação congênita, como o defeito do tubo neural. Vale ressaltar que a ingestão de Ácido Fólico é recomendada cerca de 3 meses antes da gestação. No entanto, deve-se avaliar sua interação com outros nutrientes, pois o excesso de Ácido Fólico, conforme dito anteriormente, pode prejudicar a absorção de Zinco, que também provoca enjôos em gestantes.
Um estudo de 2002 verificou que 50% das mulheres no período gestacional apresentaram aumento da excreção urinária de ácido 3-hidroxiisovalérico (reflexo da deficiência de biotina), que foi revertido pela suplementação de 300 mcg de Biotina por 14 dias.
Alguns estudos foram publicados quanto ao uso de probióticos durante a gestação. Ressalta-se um publicado na revista Lipids, de 2007, onde mostraram que uma dieta rica em Ômega-3 em associação a probióticos aumentou a concentração de PUFAs na placenta. E esse acúmulo possui impacto no desenvolvimento cerebral infantil, alivia desordens inflamatórias e reduz risco de complicações maternas, ressaltando a importância desse ácido graxo nessa fase. Porém, ainda não há dados conclusivos sobre segurança do uso de probióticos durante a gestação, devendo-se preceder, mais uma vez, a individualidade bioquímica.
Outros nutrientes também são importantes para uma ótima saúde gestacional, como Cálcio, Vitaminas antioxidantes (como Vitaminas A e E), Selênio, dentre outros. Por isso, são importantes as discussões sobre o papel de alguns nutrientes nessa fase especial da vida da mulher, e a essencialidade ou não da suplementação pontual de vitaminas e minerais e a sua possível toxicidade.
RESSALTAMOS O PAPEL DO NUTRICIONISTA NA ELABORAÇÃO DE UMA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL PERSONALIZADA, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO TODOS OS ASPECTOS NECESSÁRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UMA DIETA E DE UMA SUPLEMENTAÇÃO MAGISTRAL SEGURA (COM QUANTIDADES DE NUTRIENTES AJUSTADAS PARA CADA CASO, BASEADO NA INDIVIDUALIDADE BIOQUÍMICA, ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL, AVALIAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS, INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES E DROGAS, ETC).

Depressão e Ansiedade

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A ansiedade é caracterizada por um estado de medo anormal, excessivo, com respostas exacerbadas. Ocorre de maneira antecipatória e sem causa aparente, diferente da resposta ao medo normal a estímulos ameaçadores (alerta, despertar, reflexos autonômicos, etc.). Trata-se de uma doença que promove prejuízo na vida social e profissional. Os estados depressivos constituem, pela sua alta prevalência, grave problema de saúde publica. É o mais comum dos distúrbios afetivos e pode variar de uma afecção muito leve, beirando a normalidade, à depressão grave (psicótica), acompanhada por alucinações e delírios. Apesar dos estados depressivos serem caracterizados principalmente pelos sintomas de tristeza e vazio, nem todos os pacientes relatam a sensação subjetiva de tristeza. Muitos relatam a perda de capacidade de experimentar prazer nas atividades em geral e a redução do interesse pelo ambiente. Com bastante frequência, soma-se a esses sintomas, a fadiga ou a perda de energia, caracterizadas pelo cansaço excessivo. Dos micronutrientes que também participam da síntese de serotonina, destacam-se: magnésio, vitamina B12, ácido fólico/vitamina B9, vitamina B1, vitamina B2, zinco, vitamina B6, taurina, vitamina B5 (pantotenato de cálcio e vitamina D.

Quantidade de ingestão proteica

fontes de proteina

O principal componente do tecido muscular é a água (cerca de 70%). Os 30% restantes são compostos por glicogênio, lipídeos, fosfatos, creatina, etc. Portanto, aumentar a ingestão proteica com base no argumento que proteínas/aminoácidos são os principais componentes do músculo esquelético é infundado. O nível ou estado de treinamento do indivíduo é outro argumento bem utilizado para justificar a ingestão aumentada de proteínas. Ou seja, quanto mais treinado o indivíduo, maior a necessidade de consumo. Entretanto, Lemon et al.4 demonstrou em bodybuilders ganhos equivalentes de massa e força muscular após a ingestão de 2,62 ou 1,35 g de proteína/kg de peso corporal/dia. Assim, a quantidade de proteínas a ser ingerida no período de 24 horas não é um fator determinante uma vez que o padrão dietético da população brasileira é hiperproteico. Ainda, há mais de 100 anos atrás, Chittenden demonstrou que ganhos de massa muscular podem ser obtidos com o consumo habitual de 1 g de proteína/kg de peso corporal/dia.
Estudos mais recentes mostram que a ingestão de 1,2 g de proteína/kg de peso corporal/dia é suficiente para promover ganho de massa muscular. Portanto, os fatores que compõe a quantidade total de proteína a ser ingerida dentro do período de 24 horas são mais representativos sobre as adaptações induzidas pelo treinamento do que a quantidade diária propriamente dita.

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