Andrographis paniculata (A. paniculata)

Andrographis paniculata (A. paniculata)

O QUE É?

Andrographis paniculata (A. paniculata) é uma planta herbácea da família Acanthaceae que possui uma longa história de uso na medicina ayurvédica e medicina tradicional chinesa.

Seu principal ativo, o Andrografolide, possui estudos que apontam efeitos terapêuticos em infecções do trato respiratório, febre, artrite reumatoide, disenteria bacteriana e diarreia, além dos seus efeitos na fadiga da esclerose múltipla e preventivos em gastrites e úlceras. Possui ainda efeitos antiinflamatórios bem documentados, que podem torná-la uma alternativa aos anti-inflamatórios da medicina tradicional.

COMO FUNCIONA?

Os efeitos do andrografolide são justificados pela inibição da via MAPK / ERK e, por consequência, dos mediadores inflamatórios de algumas doenças auto-imunes – COX-2, prostaglandinas e interleucinas, por exemplo. Em modelos experimentais in vitro foram observadas respostas imunomoduladoras como a redução de COX-2, PGE2, TNFalfa e IL-12 em macrófagos e microglia. Em neutrófilos foi observado a redução da produção de espécies de oxigênio reativo e a expressão de Mac-1, IL-8 e COX-2. Atua também reduzindo fatores de transcrição como o fator nuclear kappa B (NF-kB) e o fator nuclear das células T ativadas (NFAT).

ESTUDOS CIENTÍFICOS COMPROVAM SUA UTILIZAÇÃO?

Há evidências científicas para o uso de A . paniculata em infecções do trato respiratório. Um estudo clínico randomizado e duplo cego controlado com placebo foi conduzido para avaliar a eficácia de 100 mg do extrato 2 vezes ao dia, em pacientes com infecção do trato respiratório superior sem complicações. O grupo tratado apresentou redução significativa no escore geral dos sintomas em comparação com o grupo placebo. A comparação da eficácia global do grupo que tomou o extrato de A. paniculata em relação ao placebo foi 52,7% maior que o placebo.

Em um ensaio clínico, duplo-cego, controlado por placebo estudou-se o efeito da administração de 30 mg 3 vezes ao dia de extrato patenteado de A. paniculata durante 14 semanas na redução de sintomas e sinais de pacientes com artrite reumatoide ativa crônica. Os pesquisadores deste estudo concluíram que este fitoterápico foi significativamente eficaz na redução de sintomas e parâmetros sorológicos (fator reumatoide) da doença e, portanto, é útil como complemento natural no tratamento da artrite reumatoide. Uma pesquisa multicêntrica publicada no The American Journal of Gastroenterology avaliou a partir de um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo a eficácia de 1 g e 1,8 g do extrato de A. paniculata em 224 adultos com retocolite ulcerativa leve a moderada. Após 8 semanas de estudo observou-se que os grupos tratados apresentaram maior resposta clínica e maior cura da mucosa intestinal que o grupo placebo.

FOSFATIDILCOLINA

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A fosfatidilcolina é o fosfolipídio de maior presença nas membranas celulares e, a principal fonte de colina para o corpo. Sua função está envolvida em uma série de processos fisiológicos, principalmente em relação a saúde hepática e cerebral.

COMO É A ESTRUTURA QUÍMICA DA FOSFATIDILCOLINA?

Quimicamente a fosfatidilcolina é um glicerofosfolipídeo, constituído por um grupo de ácido graxo, fosfato e colina. Essa estrutura é facilmente reconhecida quando ingerida tornando-se peça chave na atividade das membranas celulares e fonte de colina para o corpo.

COMO ELA É ABSORVIDA?

A fosfatidilcolina é bem absorvida quando administrada pela via oral. Estima-se que em média 90% são absorvidos, quando em conjunto com refeições, dentro de 24 horas. As doses orais de fosfatidilcolina resultam em elevação sérica de colina com pico entre 8 a 12 horas.

COMO FUNCIONA?

Apesar das células serem capazes de sintetizar colina, a eficiência dessa produção varia de acordo com a idade, níveis hormonais e alimentação. Estudos demonstram que uma dieta deficiente em colina pode promover a carcinogênese hepática, iniciando-se com o acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática). Desse modo, a colina é considerada um nutriente essencial e indispensável para o bom funcionamento do fígado.

PROTEÇÃO HEPÁTICA

A proteção hepática proveniente do uso de fosfatidilcolina se baseia na sua capacidade de se incorporar às membranas das células hepáticas e com isso auxiliando no aumento da fluidez da membrana e transporte de substância, consequentemente, melhorando também o funcionamento das enzimas envolvidas. A fosfatidilcolina protege e auxilia na recuperação das células hepáticas expostas aos vírus, à ingestão abusiva de álcool, fármacos e a outras substâncias tóxicas, além de possuir atividade antioxidante, reduzindo os radicais livres e modulando sua resposta imune.

Em estudo pré-clínico realizado em babuínos que ingeriam etanol, durante mais de seis anos e meio, observou-se que a suplementação da dieta com extrato de lecitina poli-insaturada de feijão de soja, contendo 94% a 98% de fosfatidilcolina, preveniu o desenvolvimento de fibrose portal e cirrose. O resultado se estendeu a um grupo de homens com presença de esteatose e inflamação hepática ligada a ingestão de álcool, e àqueles que ingeriram fosfatidilcolina. Em apenas 2 semanas já foi possível verificar melhoras dos níveis séricos de medidas bioquímicas da função hepática em relação ao placebo. E, até mesmo pacientes que apresentam esteatose hepática não alcoólica também podem obter os benefícios do uso da fosfatidilcolina.

O efeito do uso da fosfatidilcolina na proteção hepática também é relatado em trabalhos utilizando como modelo indivíduos em administração contínua de medicamentos que sobrecarregam a função hepática, como por exemplo, rifampicina e ácido acetilsalicílico. O uso concomitante de fosfatidilcolina mostrou uma redução de marcadores bioquímicos hepáticos, reduzindo os danos hepáticos causados pelos medicamentos.

Resultados semelhantes de melhora nos marcadores bioquímicos hepáticos também foram observados em pacientes acometidos com Hepatite B e C quando os mesmos administraram fosfatidilcolina.

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PROTEÇÃO CEREBRAL

Assim como no fígado, a fosfatidilcolina também se incorpora na membrana das células cerebrais, exercendo uma função crítica no transporte de gordura de uma célula para outra – mecanismo vital para manter as estruturas celulares intactas.1 Em paralelo, a fosfatidilcolina fornece a substância colina, principal precursora da acetilcolina. A acetilcolina é um neurotransmissor que desempenha um papel importante em funções cognitivas como aprendizagem e memória. Sendo assim, há um grande interesse em insumos capazes de aumentar os níveis de acetilcolina cerebral, melhorando assim os processos cognitivos.

Em alguns trabalhos observou-se que após a administração contínua de fosfatidilcolina ocorre um aumento dos níveis cerebrais de acetilcolina bem como a melhora da memória e aprendizado.

PROTEÇÃO CARDIOVASCULAR

A fosfatidilcolina apresenta um importante papel na absorção intestinal de lipídios. A sua presença aumenta a solubilidade das micelas de gordura formando quilomicrons, que são considerados meios de transporte dos lipídeos entre a mucosa intestinal e as células. A formação e secreção das lipoproteínas DHL e LDL são influenciadas pela presença da fosfatidilcolina auxiliando, dessa forma, na retirada do excesso de colesterol livre das membranas celulares e do próprio endotélio, evitando assim o seu acúmulo e progressão para as placas aterosclerótica.

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