COMO ATINGIR UM “SUPER ENVELHECIMENTO”

envelhecimento

Pense nas pessoas que estão com 65 anos ou mais velhas. Algumas delas estão enfrentando as dificuldades mentais habituais da velhice, como o esquecimento ou a diminuição da atenção. No entanto, outras conseguem manter-se mentalmente afiadas.

Por que algumas pessoas mais velhas permanecem mentalmente ágeis, enquanto outras não? “Superagers” (um termo cunhado pelo neurologista Marsel Mesulam, o qual denomina pessoas com um envelhecimento saudável, ativo e producente) são aqueles cuja memória e atenção não estão apenas acima da média para a sua idade, mas estão realmente como a de saudáveis e ativas pessoas de 25 anos de idade. Meus colegas e eu no Hospital Geral de Massachusetts estudamos recentemente os superagers para entender o que os faz assim tão fortes mentalmente.

Nosso laboratório utilizou ressonância magnética funcional para fazer a varredura e comparar os cérebros de 17 dessas pessoas mais velhas e mentalmente ágeis com os de outras pessoas de idade similar mas apresentando envelhecimento padrão. Conseguimos identificar um conjunto de regiões cerebrais que distinguem os dois grupos. Essas regiões eram mais finas para os mais velhos com envelhecimento padrão, um resultado da atrofia relacionada com a idade. Mas nos indivíduos com um super envelhecimento, as regiões cerebrais eram indistinguíveis daquelas de adultos jovens – aparentemente intocadas pelos estragos do tempo.

Quais são essas regiões cruciais do cérebro? Se você pedisse à maioria dos cientistas para adivinhar, eles poderiam nomear regiões que são pensadas como “cognitivas” ou dedicadas ao pensamento, como o córtex pré-frontal lateral. No entanto, isso não é o que encontramos. Quase toda a ação foi em regiões “emocionais”, como o giro do cíngulo médio do córtex e a porção anterior da ínsula.

Meu laboratório não foi surpreendido por esta descoberta, porque vimos a neurociência moderna desacreditar a noção que há uma distinção entre as regiões “cognitivas” e “emocionais” do cérebro.

Essa distinção surgiu na década de 1960, quando um médico chamado Paul MacLean inventou um modelo do cérebro humano com três camadas. Uma camada interior antiga, herdada dos répteis, era presumida conter circuitos para a sobrevivência básica. A camada média, o “sistema límbico”, supostamente continha circuitos de emoção herdados de mamíferos. E a camada mais externa foi dita para abrigar o pensamento racional que é exclusivamente humano. O Dr. MacLean chamou este modelo de “cérebro trino”.

O cérebro trino tornou-se (e permanece) popular na mídia, no mundo dos negócios e em certos círculos científicos. Mas especialistas em evolução cerebral o desacreditaram décadas atrás. O cérebro humano não evoluiu como um pedaço de rocha sedimentar, com camadas de crescente sofisticação cognitiva lentamente acumuladas ao longo do tempo. Em vez disso (nas palavras do neurocientista Georg Striedter), os cérebros evoluem como as empresas: se reorganizam à medida que se expandem. As áreas do cérebro que o Dr. MacLean considerava emocionais, como as regiões do “sistema límbico”, são agora conhecidas como os principais centros de comunicação geral. Além da emoção, são importantes para muitas funções, como linguagem, estresse, regulação dos órgãos internos e até mesmo a coordenação dos cinco sentidos em uma experiência coesa.

 agora, nossa pesquisa demonstra que essas regiões principais atuam significativamente para um super envelhecimento. Quanto mais grossas são essas regiões do córtex, melhor o desempenho de uma pessoa em testes de memória e atenção, como memorizar uma lista de substantivos e relembrá-la 20 minutos depois.

Claro, a grande questão é: Como você consegue ter um super envelhecimento?

Quais as atividades, se houver, que aumentariam suas chances de permanecer mentalmente afiado na velhice? Ainda estamos estudando esta questão, mas a nossa melhor resposta no momento é: trabalhar ou se empenhar duro em algo. Muitos laboratórios observaram que essas regiões críticas do cérebro aumentam sua atividade quando as pessoas realizam tarefas difíceis, quer o esforço seja físico ou mental. Você pode, portanto, ajudar a manter essas regiões espessas e saudáveis através de exercício vigoroso e ataques de esforço mental extenuante.

No entanto, a estrada para um super envelhecimento é difícil porque estas regiões do cérebro têm uma outra propriedade intrigante: quando aumentam sua atividade, você tende a sentir-se consideravelmente mal – cansado, frustrado. Pense na última vez que você lutou com um problema de matemática ou empurrou-se para seus limites físicos. O trabalho duro faz você se sentir mal no momento. O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos tem um lema que incorpora este princípio: “A dor é a fraqueza deixando o corpo”. Ou seja, o desconforto do esforço significa que você está construindo músculo e disciplina. Os superagers são como fuzileiros navais: eles se sobressaem ao não desistir de uma atividade por causa do desagrado temporário do esforço intenso. Estudos sugerem que o resultado é um cérebro mais jovem que ajuda a manter uma memória mais nítida e uma maior capacidade de prestar atenção. Isso significa que quebra-cabeças agradáveis como o Sudoku não são suficientes para proporcionar os benefícios de um super envelhecimento. Nem os sites populares de “jogos cerebrais”. Você deve fazer uma atividade que exija bastante esforço, tipo “Faça-a até que doa, e então um pouco mais”.

Nos Estados Unidos, somos obcecados com a felicidade. Mas, à medida que as pessoas envelhecem, a pesquisa mostra que se cultiva a felicidade evitando situações desagradáveis. Isso às vezes é uma boa ideia, como quando você evita um vizinho rude. Mas se as pessoas contornarem consistentemente o desconforto do esforço mental ou físico, esta restrição pode ser prejudicial para o cérebro, pois o seu tecido se torna mais fino com o desuso. Se você não usá-lo, você o perderá. Então, assuma uma atividade desafiadora. Aprenda uma língua estrangeira. Faça um curso universitário on-line. Domine um instrumento musical. Trabalhe esse cérebro.

Fonte: Essential Nutrition

 

A VERIFICAÇÃO HORMONAL PODE NÃO DEPENDER DA IDADE CRONOLÓGICA

hormonio

Muitos ficam surpresos ao descobrir que subs­tâncias que soam familiares são, na verdade, hormônios: a melatonina, envolvida em inúmeros processos fisiológicos, incluindo a sincronização dos ritmos circadianos, a regulação da pressão arte­rial, a função imune; a ocitocina reponsável pelas relações sociais e amorosas, reprodução sexual, parto, aprendizagem e memória.

Bem como a forma ativa da vitamina D, o calcitriol, é um pró-hormônio, ou seja, atua conjuntamente com outros hormônios ou age como um precursor. A surpresa é ainda maior quando se conscientizam das suas muitas funções e benefícios.

Por trás da teoria defendida que a verificação hormo­nal não deve depender de idade cronológica espe­cífica estão alguns médicos especialistas, como o belga Dr. Thierry Hertoghe, autor de numerosos livros e presidente da World Society of Anti-Aging Medicine. Seus argumentos convergem para que até mesmo crianças e adolescentes podem apresentar carências hormonais.

Na mesma linha, o Dr. Michael A. Smith, cientista sênior de saúde da organização de pesquisa sem fins lucrativos Life Extension Foundation, observa que as mulheres deveriam checar seus hormônios – pregnenolona, progesterona, testosterona, estrogê­nio, DHEA, hormônios da tireoide – a partir dos 30 anos de idade, período este que inicia sua redução. Esta redução antecede o envelhecimento cronoló­gico, pois muitos processos do envelhecimento são secundários à carência hormonal.

Sem precisar uma idade específica, desde o início da vida adulta de uma mulher, mudanças ocorrem na forma como os hormônios são produzidos e metabo­lizados. Alguns tecidos se tornam menos sensíveis aos hormônios que os controlam, que, por sua vez, também são quebrados (metabolizados) mais lenta­mente. E dentro da complexidade de seus meca­nismos, muitos dos órgãos que produzem certos hormônios são controlados por outros hormônios. O declínio ou desequilíbrio hormonal ocorre, portanto, à medida que os anos passam, mas também depen­dendo do histórico pessoal.

MUITO ALÉM DA MENOPAUSA

É conhecido que durante a perimenopausa (etapa de transição que antecede a menopausa) e menopausa, a produção de progesterona tende a declinar mais rapidamente em relação ao estrogênio. Este dese­quilíbrio favorece o excesso de estrogênio, tornando a mulher mais suscetível a um aumento de risco de uma série de problemas de saúde. É o processo de dominância estrogênica, que provoca alterações conhecidas a muitas mulheres: irritabilidade, reten­ção de líquidos, aumento no índice de doenças mamárias e períodos menstruais anormais.

Nessa fase, mulheres que optaram pela modulação hormonal apontaram perceber melhoras no humor, memória, sono, cabelo, fogachos, libido, dor de cabeça, retenção de líquidos.

Mesmo quem está longe do período da menopausa pode enfrentar um desequilíbrio nos hormônios. Também é conhecido o risco de deficiência hormonal antes ou durante a gravidez, por exemplo, relacionada aos hormônios da tireoide. Para uma mulher que deseja engravidar, estes hormônios (T3 e T4) têm um papel importante na concepção e, durante a gravidez, eles são indispensáveis na manutenção de uma gestação saudável, no desenvolvimento fetal e neurológico do bebê.

Outro exemplo sólido onde tradicionalmente se faz verificação hormonal pode ocorrer durante a fase de crescimento de uma criança ou adolescente, quando se constata que a velocidade do seu crescimento é inadequada para sua faixa etária. Nesta situação é verificado o nível do hormônio do crescimento (GH). 

Mas, à parte desses exemplos que já seguem protocolos de reposição hormonal para deficiên­cias já instaladas, pode-se usar a suplementação de hormônios na área da prevenção.

A modulação hormonal, dependendo do indivíduo, pode ocorrer em qualquer idade. Uma deficiência do hormônio (e antioxidante) melatonina pode ser cons­tatada em decorrência de condições metabólicas e neurológicas, como o diabetes tipo 2 e resistência geral à insulina, enxaqueca e outras formas de dor severa, como também câncer – todas condições que podem surgir independentemente da idade. Mulheres após os 30 anos, sob momento de estresse, podem sentir que se levantam cansadas – outro sintoma que pode sinalizar que seus níveis de melatonina podem estar alterados.

Já o DHEA e DHEA sulfato, esteroides adrenais (hormônios sexuais) com um nome longo: dehidro­epiandrosterona, possuem mais de 3.700 pesquisas científicas que avaliaram seus efeitos sobre muitas e diferentes células e tecidos do corpo. O multifuncio­nal DHEA atua fundamentalmente na manutenção do equilíbrio do sistema hormonal e vitalidade, modula uma variedade de vias em todo o corpo envolvidas em vários aspectos da saúde e doenças através de ações diretas e independentes como um precursor de androgênios e estrogênios. Ele também regula a inflamação, que é a força propulsora que gera muitas doenças.

Os benefícios da sua presença no organismo são muitos, mas a má notícia é que, exatamente como pode acontecer com outros hormônios durante o avançar da idade, no caso do DHEA, uma pessoa aos 80 anos pode ter seus níveis reduzidos em 80 ou 90%, em comparação a quando era jovem. A boa notícia é que estudos vêm afirmando que uma pequena dose diária para as mulheres que apresentem seu déficit (mulheres jovens com anorexia nervosa, insuficiência adrenal, mulheres mais velhas) resulta em melhora óssea, muscular, cutânea, aumento da libido e bem-estar, por provocar pequeno aumento de testoste­rona, e mesmo efeitos protetores da função vascular, sem apresentar efeitos adversos se usado de forma correta.

Fonte: Essential Nutrition

IMPORTÂNCIA DOS CARBOIDRATOS DE BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO DURANTE OS TREINOS

tabela-de-indice-glicemico_22513_l

O fornecimento adequado de energia é um fator crucial, tanto no desempenho físico como mental. E isto é algo que os atletas que treinam intensamente já conhecem muito bem. Para que os músculos possam ter o maior desempenho, eles necessitam de combustível suficiente em forma de carboidratos.

Antes, se pensava que apenas a quantidade de carboidratos era importante. Agora, a atenção está cada vez mais voltada ao tipo de carboidrato, fazendo-se uma distinção entre carboidratos “rápidos e com curta ação” e os mais desejados “lentos e com ação prolongada”.

Carboidratos com um alto IG (índice glicêmico) são facilmente absorvidos e entram na corrente sanguínea com rapidez, elevando o nível de açúcar no sangue de forma repentina. Por outro lado, o declínio tem a mesma rapidez, resultando na queda do nível de açúcar no sangue.

Quando isso acontece, o organismo mobiliza sua própria glicose e rapidamente acessa seus valiosos estoques de glicogênio. Um esgotamento antecipado das reservas de glicogênio pode causar uma fadiga repentina, perda da concentração e do desempenho, devido a uma concentração insuficiente de glicose no sangue.

A Palatinose™, também conhecida como isomaltulose, apresenta propriedades especiais para resolver este problema: como carboidrato de baixo IG, fornece a “energia do carboidrato” em uma base constante e por um período de tempo mais longo. Uma oferta de energia contínua não é importante somente para atletas profissionais, mas para todos aqueles que desejam ter mais energia física e mental por mais tempo.

Palatinose™ e a queima de gordura

Alguns estudos analisaram o potencial da liberação lenta e sustentada de energia de carboidratos a partir da isomaltulose em comparação com outros carboidratos inge­ridos, e encontraram taxas mais elevadas de oxidação de gordura em atividades de resistência com o seu uso, uma vez que esta substância auxilia na preservação de glicogê­nio.

Pesquisadores da Universidade de Frei­burg, na Alemanha, compararam a queima de gordura e carboidratos após o consumo de uma bebida com Palatinose™ e uma bebida de alto IG com maltodextrina, para analisar o efeito de treinamento, induzido por alimentos. Tanto em descanso como durante o exercício foi medida uma maior queima de gordura com a Palatinose™.

De forma geral, a proporção de energia obtida da gordura durante esportes de alto esforço físico foi 25% maior no grupo que ingeriu a Palatinose™, em relação ao grupo que inge­riu maltodextrina. “A gordura queima com a chama dos carboidratos” é uma expressão muito conhecida entre atletas. A Palatinose™ fornece a glicose da melhor forma, nem de mais, porque neste caso o organismo se converte para usar apenas esta fonte de ener­gia, mas sim apenas o suficiente e de forma mais continuada para manter a “chama” quei­mando constantemente as gorduras.