Modulação nutricional do aumento da massa muscular através de alimentos e fitoterápicos

As taxas de síntese muscular proteica (SMP) são reguladas de acordo com os níveis de atividade física, a disponibilidade de nutrientes e o estado de saúde do indivíduo. O exercício de resistência e a ingestão de proteína são conhecidos estimuladores desse processo em humanos. Dentre os componentes proteicos envolvidos na SMP, os aminoácidos essenciais (AAE) destacam-se por estimular o processo sem afetar a proteólise. A insulina, por sua vez, reduz a degradação proteica com pequeno ou nenhum efeito significativo na SMP. Dentre os AAE, a leucina é o representante mais potente. Fontes dietéticas ricas em leucina (carne, leite, ovos, peixe) são capazes de aumentar a concentração de AAE plasmáticos, provocando uma forte resposta anabólica na SMP. A ação dos aminoácidos se dá, provavelmente, de maneira dose-dependente. Indivíduos com alto consumo de proteínas têm uma eficiência de utilização proteica reduzida. Desta forma, não há benefícios na ingestão de grandes quantidades desse nutriente na tentativa de aumentar o ganho de massa muscular. Diferentes tipos de proteínas (rápidas e lentas) podem modular diferentemente a resposta anabólica. O whey protein é digerido rapidamente e leva a um aumento grande, mas transitório, das proteínas sanguíneas, estimulando a SMP. Por outro lado, a caseína é considerada uma proteína lenta e não estimula a SMP, mas suprime a proteólise. Outros nutrientes como a creatina e o ômega-3 também têm demonstrado efeitos positivos no anabolismo do músculo esquelético. Estudos que confirmam a aplicação de fitoterápicos como o Tribulus terrestris no ganho de massa muscular são escassos ou não comprovam sua utilização.

Fonte: Revista Brasileira de Nutrição Funcional – 2012

Garoto Garota Fitness São Paulo 2012

Diego Silfer Personal Trainer, participante do Concurso Garoto e Garota Fitness São Paulo 2012, meu atleta falando do concurso e sobre alimentação, como é importante o conjunto treino/alimentação, para poder chegar nos seus objetivos.

Sexo também é bom, diz candidato a Garoto Fitness SP 2012 e outros vídeos – UOL Notícias

Agradeço mais uma vez aos organizadores do Concurso – Alexandre C Soares, Michel Kohol e Márcia Martins, pelo convite para participar do juri.

Aminoácido de Cadeia Ramificada BCAA

Os aminoácidos de cadeia ramificada conhecidos como BCAA (Branched Chain Amino Acids), compreendem três aminoácidos essenciais: valina, leucina e isoleucina. De todos os aminoácidos isolados consumidos, apenas os aminoácidos essenciais apresentam uma sustentação teórica para a sua administração. Eles não são sintetizados no organismo humano devendo, por isso, ser ingeridos na dieta ou na forma de suplementos dietéticos, os quais são apresentados na forma de cápsulas, comprimidos, pó, tabletes e na forma líquida. Nos alimentos, podem ser encontrados nas carnes e outros produtos de origem animal, ricos em proteínas.

Pouco se sabe a respeito das dosagens diárias recomendadas. Dessa forma, foram encontradas pesquisas envolvendo crianças e adultos que sugerem proporções que vão de 77 a 154 mg/kg/dia, bem como estudos que sugerem a não utilização de suplementação de BCAA para atletas, devido a carência de evidências consistentes a respeito do tema. (Mager, Wykes, Ball, Pencharz, 2003; Kurpad, Regan, Raj, Gnanou, 2006; Kazapi e Tramonte, 2003; Alves, 2005; Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2003).

Estudos realizados com indivíduos fisicamente ativos ou não, sugerem que a suplementação com BCAA, antes ou imediatamente após o exercício, pode estimular a síntese proteica e diminuir danos ao tecido muscular, devido ao fato de a suplementação suprir as necessidades dietéticas destes aminoácidos, preservando os estoques musculares. Resultados encontrados permitem supor que a ingestão de BCAA estimularia a liberação de hormônios como a testosterona, o hormônio de crescimento (GH) e a insulina, aumentando, assim, a síntese de proteínas (Bacurau, 2003).

Os BCAA, particularmente a leucina, podem apresentar efeitos anabólicos no metabolismo de proteínas, aumentando significativamente a taxa de síntese e diminuindo a taxa de degradação de proteína na musculatura em repouso, após o exercício. Os BCAA apresentam efeitos anabólicos no músculo humano durante a fase de recuperação, após exercícios de resistência, porém durante os exercícios os respectivos efeitos não são claros.

Os BCAA são desaminados no tecido muscular formando a alanina, que por sua vez, deixa o músculo e vai para o fígado onde é convertida em piruvato e, posteriormente, em glicose (ciclo glicose-alanina) contribuindo para a manutenção da glicemia durante exercícios prolongados. Os BCAA atuam no ciclo da alanina-glicose servindo de substratos para a produção de glicose (Lancha Jr., 1996, Marquezi e Lancha Jr., 1997; Alves, 2005);

Durante exercícios de resistência, há uma diminuição dos níveis plasmáticos de glutamina, cuja função principal é servir de fonte de energia para importantes células do sistema imunológico. Já que os BCAA servem de substrato para a síntese de glutamina, sua administração após o exercício aumentaria as concentrações da mesma, diminuindo assim a incidência de infecções nos atletas (Zamberlan, 2001; Alves 2005);

Sabe-se que os BCAA e o triptofano-livre competem entre si, em situações em que os níveis plasmáticos de BCAA se encontram reduzidos (exercícios prolongados); isto facilitaria a entrada de triptofano-livre no cérebro (SNC), levando à geração de 5 hidroxi-triptamina, precursor da serotonina, que por sua vez é um mediador potencial da fadiga central. Portanto, acredita-se que a suplementação de BCAA poderia reduzir a formação da serotonina, retardando assim a fadiga e conseqüentemente, melhorando o desempenho esportivo (Newsholme e Blomstrand, 2006;

A suplementação com os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) observa-se que o consumo pode ser benéfico, ingerido sozinho ou associado a outros nutrientes, se confirmada necessidade e, desde que com acompanhamento do profissional nutricionista.