Modulação nutricional do aumento da massa muscular através de alimentos e fitoterápicos

As taxas de síntese muscular proteica (SMP) são reguladas de acordo com os níveis de atividade física, a disponibilidade de nutrientes e o estado de saúde do indivíduo. O exercício de resistência e a ingestão de proteína são conhecidos estimuladores desse processo em humanos. Dentre os componentes proteicos envolvidos na SMP, os aminoácidos essenciais (AAE) destacam-se por estimular o processo sem afetar a proteólise. A insulina, por sua vez, reduz a degradação proteica com pequeno ou nenhum efeito significativo na SMP. Dentre os AAE, a leucina é o representante mais potente. Fontes dietéticas ricas em leucina (carne, leite, ovos, peixe) são capazes de aumentar a concentração de AAE plasmáticos, provocando uma forte resposta anabólica na SMP. A ação dos aminoácidos se dá, provavelmente, de maneira dose-dependente. Indivíduos com alto consumo de proteínas têm uma eficiência de utilização proteica reduzida. Desta forma, não há benefícios na ingestão de grandes quantidades desse nutriente na tentativa de aumentar o ganho de massa muscular. Diferentes tipos de proteínas (rápidas e lentas) podem modular diferentemente a resposta anabólica. O whey protein é digerido rapidamente e leva a um aumento grande, mas transitório, das proteínas sanguíneas, estimulando a SMP. Por outro lado, a caseína é considerada uma proteína lenta e não estimula a SMP, mas suprime a proteólise. Outros nutrientes como a creatina e o ômega-3 também têm demonstrado efeitos positivos no anabolismo do músculo esquelético. Estudos que confirmam a aplicação de fitoterápicos como o Tribulus terrestris no ganho de massa muscular são escassos ou não comprovam sua utilização.

Fonte: Revista Brasileira de Nutrição Funcional – 2012

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