Candidíase e Infecções Fúngicas

A Candida Albicans reside como patógeno oportunista nas cavidades muco-cutâneas da vagina, pele e intestino nos seres humanos. Como este fungo está bem adaptado ao corpo humano, pode colonizá-lo sem produzir sinais de doença (colonização assintomática) em condições fisiológicas normais.

As infecções fúngicas ocorrem em condições fisiológicas alteradas do pH ácido e baixa imunidade, como infância, gestação, diabetes, AIDS e durante administração prolongada (e indiscriminado) de antibióticos de largo espectro, quimioterápicos, corticóides e contraceptivos orais, além de dieta  de carga muito ácida, com consumo regular de açúcar refinado, lactose, carboidratos refinados, álcool, embutidos, cafeína e produtos industrializados.

Além de mudanças dietéticas, alguns princípios ativos são muito estudados e utilizados por seus poderes antifúngicos, como o ácido láurico, biotina, lactobacilos e o alho.

Referência Bibliográfica:
1. Paschoal, V. et al. Nutrição Clínica Funcional. Volume II. São Paulo: Valéria Paschoal Editora, 
2012. (Coleção Nutrição Clínica Funcional).
2. Chronic vaginal candidiasis responsive to biotin therapy in a Carrier of biotinidiase deficiency. Obstet Gynecol; 92: 644-646, 2006.
3. Lucyana de J.H.Kalluf. Fitoterapia Funcional: dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos – Parte 1—São Paulo: VP Edit.Ltda., 2008. – (Coleção Nutrição Clínica Funcional).

O tratamento funcional de atletas em overtraining

Atualmente, a busca pelo máximo desempenho entre atletas de elite vem contribuindo para o aumento na prevalência da síndrome de overtraining. Tal síndrome caracteriza-se pela redução no desempenho, acompanhada de diversos outros sintomas de cunho fisiológico, imunológico, psicológico e bioquímico, como fadiga, depressão, infecção do trato respiratório, distúrbios do sono, dores musculares, aumento do cortisol, entre outros. O diagnóstico do overtraining é muito difícil, pois os sintomas se confundem com os do pré-overtraining e com os do treinamento normal, sendo necessário a avaliação do desempenho do atleta no esporte através de teste específicos. Existem diversas hipóteses sobre a possível causa e mudanças fisiopatológicas do overtraining, como aumento de citocinas e desequilíbrio neuroendócrino, redução dos estoques de glicogênio, hipótese da fadiga central e diminuição da glutamina, porém nenhuma delas é conclusiva. Com relação ao aporte nutricional, verificou-se uma importância na adequação do aporte proteico na dieta do atleta para a prevenção de sintomas observados na síndrome de overtraining, bem como o impacto positivo da administração de aminoácidos de cadeia ramificada (AACR), glutamina, probióticos e ômega-3 na modulação do sistema imunológico, redução da fadiga e modulação do humor. Porém, ainda há necessidade da realização de mais estudos bem conduzidos que comprovem tais atividades em atletas.

Revista Brasileira de Nutrição Funcional – janeiro 2013