Açaí e suas Propriedades Nutricionais

Originário da região norte brasileira, o fruto da palmeira de nome científico Euterpe oleracea popularizou-se em todo o território nacional nas formas de sucos, polpas, sorvetes e tigelas. O açaí é venerado por quem busca ganho de massa muscular, por ser considerado um alimento “energético”, mas por outro lado, é temido por muitos, devido a sua elevada densidade calórica. Uma análise mais aprofundada das propriedades nutricionais desta fruta nos permite concluir que esta possui benefícios até para quem busca perda ponderal, afinal, densidade energética não é a única nem a principal característica do alimento que o torna obesogênico ou não. O açaí é extremamente antioxidante, propriedade que o torna útil na prevenção de cânceres. Esta característica foi explorada recentemente em reportagem de uma revista de grande circulação no Brasil.

As polpas de açaí congeladas comercializadas no Brasil possuem em média, em cada cem gramas, 0,8g de proteínas, 3,9g de lipídios, 6,2g de carboidratos e 2,6g de fibras. Dos lipídios, prevalece o ácido graxo monoinsaturado oleico, o mesmo encontrado no azeite de oliva e associado à cardioproteção. Por ser rico em lipídios e fibras e pobre em carboidratos se comparado a outras frutas, o açaí possui baixos índice e carga glicêmica, ou seja: sua ingestão não causa picos de glicemia e insulinemia, associados a aumento de gordura corporal e do risco de doenças crônicas não transmissíveis.

Entre os micronutrientes presentes no açaí, destacam-se a vitamina E (importante antioxidante) e minerais, como manganês (também antioxidante e importante para a saúde óssea), magnésio (essencial à geração e utilização de energia no corpo), cálcio (que age na contração muscular, transmissão do impulso nervoso e na formação dos ossos) e cromo (necessário para uma boa atuação do hormônio insulina). Apesar de não ser grande fonte de ferro, o açaí possui propriedades antianêmicas, talvez por reduzir a inflamação e por consequência, aumentar a disponibilidade de ferro para formação de hemoglobina.

O açaí é extremamente rico em compostos fenólicos que possuem atividade antioxidante e anti-inflamatória. Entre esses compostos, prevalecem as antocianinas, responsáveis pela cor escura da fruta. Devido à abundância dessas substâncias, pesquisas científicas têm associado o consumo de açaí a prevenção de câncer, doenças cardiovasculares,  processos alérgicos, doenças neurodegenerativas e aumento da longevidade. Ao contrário do que é pregado, por seu alto teor calórico, o açaí tem demonstrado ser uma boa opção para indivíduos obesos ou com sobrepeso. Em uma pesquisa, 10 adultos com sobrepeso consumiram açaí diariamente por um mês, e tiveram reduzidos, os níveis de insulina e glicemia de jejum, glicemia pós-prandial e LDL-colesterol.

Com base em dados científicos, podemos abrir mão de “dogmas” que permeiam a nutrição, como o que afirma que alimentos calóricos são necessariamente causadores de obesidade e doenças a esta relacionada. O consumo de açaí deve ser encorajado, inclusive entre indivíduos obesos ou com sobrepeso, desde que inserido em uma dieta individualizada, nutricionalmente balanceada e orientada por nutricionista. As tradicionais tigelas de açaí congeladas (sem xarope de guaraná ou leite condensado) são opções saudáveis e prazerosas para este verão.

REFERÊNCIAS:

1. UDANI, J.K.; SINGH, B.B.; SINGH, V.J.; BARRETT, M.L. Effects of Açaí (Euterpe oleracea Mart.) berry preparation on metabolic parameters in a healthy overweight population: a pilot study. Nutr J; 10:45, 2011.

2. WONG, D.Y.; MUSGRAVE, I.F.; HARVEY, B.S.; SMID, S.D. Açaí (Euterpe oleraceae Mart.) berry extract exerts neuroprotective effects against ?-amyloid exposure in vitro. Neurosci Lett; 556: 221-6, 2013.

3. DA COSTA, C.A.; DE OLIVEIRA, P.R.; DE BEM, G.F.; et al. Euterpe oleracea Mart.-derived polyphenols prevent endothelial dysfunction and vascular structural changes in renovascular hypertensive rats: role of oxidative stress. Naunyn Schmiedebergs Arch Pharmacol; 385 (12): 1199-209, 2012.

4. FRAGOSO, M.F.; PRADO, M.G.; BARBOSA, L.; et al. Inhibition of mouse urinary bladder carcinogenesis by açai fruit (Euterpe oleraceae Martius) intake. Plant Foods Hum Nutr; 67 (3): 235-41, 2012.

5. HORIGUCHI, T.; ISHIGURO, N.; CHIHARA, K.; et al. Inhibitory effect of açaí (Euterpe oleracea Mart.) pulp on IgE-mediated mast cell activation. J Agric Food Chem; 59(10): 5595-601, 2011.

Coenzima Q10

A Coenzima Q10, é uma benzoquinona lipossolúvel encontrada nas mitocôndrias de todas as células, principalmente aquelas de alto turnover como o coração, rins, fígado e cérebro. Dentre os alimentos de maior concentração: sardinha, cavala, carnes suínas, bovina e de aves, pistache, nozes, grãos de soja, feijão azuki, brócolis, óleos de soja, gergelim, algodão e de milho.

Atua:

Na transferência de elétrons nas membranas mitocondriais durante o processo de respiração aeróbica; No aumento do Óxido Nítrico; Possui atividade Antioxidante e Antiinflamatório;

Interações nutrientes / nutrientes

Interage com a vitamina E regenerando a sua forma oxidada tocoferil a tocoferol, formando uma rede antioxidante que envolve a vitamina C, vitamina E e glutationa.

Interações drogas / nutrientes

Drogas que inibem a síntese de Coenzima Q10: Estatinas (inibidores da HMG-CoA redutase); Beta – Bloqueadores; Hidroclorotiazida; Metildopa; Antidepressivos tricíclicos; Estatinas.

A suplementação de CoQ10 antes do exercício extenuante:

Diminui o estresse oxidativo (? hidroxiperóxidos,  ? 8-OHdG, ? isoprostanos, ? catalase e  ? capacidade antioxidante total) ;Impediu a sobre-expressão do TNF-? após o exercício; ? Produção de creatinina.

Aplicações Clínicas

Aumento dos níveis de energia e de resistência aos esforços; Suporte a função cardíaca; Redução dos níveis de pressão arterial; Melhora da saúde cardíaca global; Doenças neurodegenerativas (Parkinson, Huntington, Alzheimer); Enxaqueca.

Doses diárias de 50mg a 100mg são bem toleradas.

Para aumentar sua biodisponibilidade é necessário:

Associar um veículo ou excipiente lipídico; Utilizar junto às refeições com algum conteúdo de gordura.

Tapioca

A tapioca, prato típico do nordeste, tem tido adeptos em todos os pontos do Brasil. A massa da tapioca é feita à base de polvilho e água. Para se adaptar a todos os paladares, a variação quando se fala em tapioca está no sabor, que pode ficar a gosto de cada um. Por ter um sabor neutro e suave, fica agradável tanto com recheios salgados, quanto doces. Além disso, como é proveniente da mandioca, mantém suas propriedades energéticas e alguns minerais como cálcio, ferro e fósforo e vitaminas do complexo B.

A tapioca pode ser feita tanto com a goma própria para tapioca, como com polvilho doce. Veja abaixo a receita e se delicie com esta maravilha!!!

PREPARO DA TAPIOCA

Ingredientes:

Goma de tapioca para hidratar OU Polvilho doce.
Modo de fazer:
Colocar aproximadamente 500g da goma de tapioca em um recipiente. Acrescentar água aos poucos e ir amassando/esfarelando, até ficar uma farinha úmida (mas não muito molhada). O ponto é quando a consistência da farinha úmida ao amassar, fica semelhante a uma paçoca. Passar a farinha úmida (em punhados) em uma peneira de tamanho médio. A farinha obtida após passar na peneira, deve ser colocada em uma frigideira antiaderente BEM QUENTE (não precisa untar) até formar a tapioca.
OBSERVAÇÃO: Para fazer uma tapioca, colocar de 2 a 3 colheres grandes (de servir) da farinha obtida no centro da frigideira bem aquecida e espalhar rapidamente para os lados, até preencher toda a frigideira. Imediatamente formará uma massa e a tapioca estará pronta para ser recheada.

IMPORTANTE: A farinha obtida nesse processo não precisar ser consumida no mesmo dia, pode ser guardada na geladeira em recipiente fechado e ser consumida nos próximos 3 a 4 dias seguintes.

Várias opções de recheio, apenas lembre-se de não exagerar nos ingredientes calóricos….

1) Banana com canela

2) Tomate, Cebola, Orégano, Azeitonas Picadas, Champignon, Mussarela e Peito de  Peru picados

3) Atum, Tomate, Cenoura ralada

4) Carne de Sol com Queijo Coalho

5) Ovo cozido, Rúcula, Tomate

 Várias opções, abuse da sua criatividade!!!

Dicas para Ressaca

O álcool em excesso provoca ressaca, sede, dor de cabeça e náuseas, além de outras conseqüências mais sérias acarretando prejuízos de estômago, fígado, hipertensão arterial, perda de memória entre outros. Além disso, o álcool provoca efeito diurético que pode ser agravado com o aumento da sudorese durante a folia. Sem contar que, quanto maior o teor alcoólico de uma bebida, mais calorias ela apresenta. Se beber, modere na quantidade e capriche na ingestão de água e alimentos fonte de potássio, como por exemplo damasco seco, leite desnatado, cacau, abacate, banana, germe de trigo e caldo de carne para compensar. Além disso, não descuidar na ingestão de carboidratos ameniza os sintomas de ressaca, recomenda o nutricionista Sérgio Rosa ( www.sergiorosa.com.br).

Os sucos mais recomendados para os casos de retenção hídrica são aqueles fontes de potássio (pois este mineral ajuda a contra atacar os efeitos do sódio na retenção de água), magnésio (pois este mineral é perdido com a diurese e deve ser reposto) e vitamina b6 ( que quando deficiente diminui a capacidade dos rins em excretar sódio). exemplos são os sucos de: salsa, acelga, espinafre, brócolis, couve, cenoura, aipo, folhas de nabo, pimentão doce, melancia, pepino, uva, alface, melão cantalupo (com sementes).

Para os casos de enjôo, os sucos mais recomendados são aqueles que contenham vitamina b6, c e k. exemplos de sucos benéficos são: de gengibre, couve, espinafre, pimentão doce, folhas de nabo, brócolis, repolho, morango.

Confira as calorias das principais bebidas alcoólicas:

1 dose de uísque: 240 calorias
1 taça de vinho branco doce: 176 calorias
1 lata de cerveja : 147 calorias
1 taça de vinho tinto: 110 calorias
1 taça de vinho branco seco: 107 calorias
1 taça de champagne: 90 calorias
1 cálice de licor: 68 calorias

Sucos para ressaca

Receitas sugeridas:

Brisa de verão:

1 laranja, sem casca, com a pele branca
1 cacho médio de uvas verdes
2 xícaras de pedaços de melancia com casca
1 ramo de hortelã para enfeitar
passe a laranja, as uvas e a melancia pela centrífuga. despeje o suco num copo com gelo e enfeite com a hortelã.

Suco desintoxicador do corpo

½ pepino
1 beterraba
½ maçã, sem sementes
4 cenouras, sem folhas
passe tudo pela centrífuga e está pronto para beber.

Sucos para enjôo:

Receitas sugeridas:

Espuma de gengibre

1 fatia fina de raiz de gengibre
1 maçã sem sementes
água mineral com gás
passe o gengibre pela centrífuga com a maçã. despeje o suco num copo com gelo. encha o copo até a borda com a água mineral com gás.

Batida de morango

½ litro de morangos
½ pêra rígida
1 banana madura
1 colher de sopa de levedo de cerveja
passe os morangos e a pêra peal centrífuga. coloque o suco, a banana e o levedo no liqüidificador ou processador e misture até ficar cremoso.

Beterraba

Hoje vou falar de uma raiz que é encontrada o ano todo, fornece alta dose de energia, com baixa calorias e muitos nutrientes. Ela faz bem para o #cérebro, #pele, #coração, #veias, #artérias, #articulações, #fígado e #intestino.

Ela também aumenta a #energia utilizada pelo organismo, melhora a #concentração, #antioxidante, #prevenção do #câncer e do #envelhecimento #precoce. Possui atividade #anti-inflamatória, auxilia o #sistema #imunológico, #reduz a #pressão #arterial.

Ela contém, betaina, fósforo, potássio, manganês, magnésio, vitamina B9, vitamina C e fibras.

1 beterraba cozida possui 3 x mais magnésio que 1 batata cozida. ½ beterraba cozida possui mais fibras que 2 colheres das de sopa de arroz branco.

E 1 beterraba crua ou cozida possui mais potássio que 1 banana prata. A beterraba pode ser utilizada em pratos como acompanhamento, saladas e no preparo de sucos e patês.

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Banana

Vou falar de uma fruta conhecidas de todos: a banana.

Fornece energia, regula o funcionamento do intestino, ajuda no combate a insônia, diminui o estresse e a irritabilidade da TPM, ajuda na redução do tabagismo, rica em vitaminas do complexo b, fibras alimentares, vitamina A, magnésio, ferro, potássio, triptofano.

É relaxante muscular natural, equilibra as funções cerebrais e excelente para os ossos. A banana tem 5 x mais magnésio que o alface, menos açúcar que o cereal matinal, e 60% mais fibras que uma barra de cereais.

Uma dica interessante: ela aquecida com canela pode proporcionar uma excelente noite de sono.

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Cromo

O cromo é um componente do “Fator de Tolerância a Glicose” (GTF), substância que trabalha com a insulina para facilitar a entrada da glicose nas células, regulando os níveis glicêmicos. A molécula de GTF contém vitamina B3 (niacina), cromo e os aminoácidos glicina, ácido glutâmico e cisteína. A presença da vitamina B3 é importante para a resposta aos suplementos de cromo. A deficiência de cromo é comum nos diabéticos não insulino dependentes (DMNID).
Baixos níveis de cromo no sangue ou no mineralograma sugerem deficiência na ingesta e/ou má absorção; podem estar relacionados à idade avançada, gravidez, alta ingesta de carboidratos refinados, alteração no metabolismo de proteínas e/ou depleção de reservas por consumo metabólico excessivo. A carência de cromo induz à redução na atividade da insulina, deficiência no metabolismo de açúcares (tolerância à glicose diminuída), deficiência no metabolismo de gorduras (especialmente colesterol), podendo também ser indicador de depressão. A deficiência de cromo pode causar aumento da placa de ateroma, elevação do colesterol LDL, aumento da dependência à insulina (em diabéticos), alteração da resposta ao estresse e opacidade da córnea.
O metabolismo da glicose pode ser avaliado no sangue ou também através do mineralograma, pelos níveis de cromo(juntamente com zinco, vanádio e manganês); baixos níveis sugerem alteração no metabolismo da glicose. O cromo é o primeiro dos minerais a ter sua absorção diminuída, à medida que a idade avança; o lítio é o segundo, pois sua absorção é facilitada pelo cromo.
A suplementação de cromo picolinato em atletas mostrou ser capaz de acelerar a redução da gordura corporal em 12,2% após 30 dias de suplementação (200mcg, 2 vezes ao dia). A deficiência de cromo é muito comum nos EUA e no Brasil. O exame de confirmação pode ser feito no sangue. Atualmente, 90% dos americanos com mais de 50 anos têm deficiência de cromo, devido à ingesta diária de apenas 50mcg (Richard Anderson e Adrianne Kozlovsky – Academia Nacional de Ciências – EUA). Nos brasileiros, a deficiência é semelhante. No diabetes mellitus, a associação de cromo, manganês e zinco ajuda no controle dos níveis glicêmicos. Diabéticos que requerem de 60-80U/dia de insulina, podem reduzir para 30-40U/dia com o auxílio de cromo GTF. O aporte diário de cromo nos países nórdicos também está abaixo das necessidades mínimas diárias. O cromo atua em sinergismo com a insulina, glicose,magnésio, vitamina B6, zinco, vitamina B3, glicina, cisteína e ácido glutâmico. Suplementos de cromo devem ser tomados por quem pratica exercícios físicos, por pessoas que se alimentam de produtos refinados (cujo processo industrial expolia o cromo) e por indivíduos idosos (o processo de envelhecimento costuma cursar com carência de cromo). Todos os diabéticos e pré-diabéticos têm deficiência de cromo. O cromo, necessariamente, precisa ser administrado sob forma de quelado. Os sais de cromo inorgânico (como o cloreto) têm baixa absorção (1%) e são tóxicos. O diabetes mellitus é a terceira causa mortis nos EUA. A dieta americana, atualmente, é tremendamente deficiente em cromo. O diabetes mellitus atinge 7,6% dos brasileiros com mais de 30 anos; dentre outros fatores, a história familiar, o excesso de peso e o sedentarismo colaboram para o seu desenvolvimento. Várias plantas medicinais são utilizadas no controle das taxas glicêmicas (pata de vaca, pau ferro, carqueja, jambolão), sendo o alto teor de cromo e manganês o traço comum entre elas. São fontes de cromo: levedo de cerveja (a melhor fonte), cereais integrais, condimentos (pimenta preta, tomilho), carnes, fígado, ostras, mexilhões, ovos, queijos, cogumelos. Os alimentos refinados apresentam teores mais baixos. No melaço puro encontramos 0,26mcg/g de melaço, 0,16mcg/g no açúcar não refinado e somente 0,02mcg/g no açúcar refinado. A farinha integral contem 1,75mcg/g , a farinha branca 0,60mcg/g e o pão branco 0,14mcg/g.
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Batata Doce

Batata doce, conheça todos Benefícios!
Existem diversar variedades da batata doce, as quais se distinguem pelo tamanho, forma, sabor, textura e cor do tubérculo, sendo as mais comuns de cor Branca, creme, amarela, laranja e roxa.

Batata doce e seus Nutrientes:
Ela é rica em vitamina e minerais muito importantes para o corpo humano:
Vitamina A (7100UI/100g), que a torna uma ótima alternativa no combate ao Câncer,
Acido ascórbico (Vitamina C), ajudando na imunidade e agindo como antioxidante,
Tiamina (Vitamina B1), importante para o bom funcionamento do coração, sistema nervoso e contração muscular,
Riboflavina (Vitamina B2), importante para a saúde dos olhos, pele, boca e cabelos,
Fósforo, ajuda a formar e manter ossos e dentes, melhora disposição corporal e auxilia no metabolismo das proteínas.
Ferro, essencial para a imunidade e disposição e
Cálcio, importante para a formação dos ossos.

É muito rica também em Antocianinas, substâncias ativas no combate ao Câncer, e com ação mais antioxidante que as Vitaminas C e E. As Antocianinas encontram em maior quantidade nas Batatas Doces mais escuras (Roxas).

Batata doce e a Fome:
Além disso, batata doce é um carboidrato complexo de baixo índice glicêmico, o que significa que sua absorção é mais lenta, liberando glicose na corrente sanguínea aos poucos e sem estimular muito o hormônio chamado insulina (responsável pelo aumento da fome e pelo acúmulo de gorduras). Ou seja, ajuda a emagrecer!!!

Batata doce e Atividade Física:
Ela é uma ótima alternativa de consumo entre Uma a Duas horas antes de alguma atividade física, principalmente Anaeróbica (musculação, por exemplo), por ter baixo índice glicêmico é lentamente absorvida, e proporcionará energia constante durante a atividade.

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Ingestão de oleaginosas e saúde humana: uma abordagem científica

Dentre as estratégias nutricionais para a prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, inclui-se aumentar a ingestão de ácidos graxos insaturados, antioxidantes e outros compostos bioativos, além da redução de gordura saturada. Evidências apontam que as oleaginosas trazem benefícios à saúde por minimizar o risco de desenvolvimento de doenças ateroscleróticas, hipertensão, diabetes, câncer, hipercolesterolemia e síndrome metabólica. Assim, o objetivo desta revisão é apresentar resultados de estudos que incluam em seus protocolos ingestão de amêndoa, amendoim, avelã, macadâmia e pistache. Ensaios clínicos indicam que as oleaginosas possuem efeito protetor ao incremento ponderal mesmo havendo aumento da ingestão energética. Apesar de serem escassos os estudos que avaliam a digestibilidade e biodisponibilidade dos ácidos graxos presentes nas oleaginosas, pode-se verificar que parte das calorias que estas fornecem é eliminada nas fezes. Ademais, como poucos estudos avaliam o metabolismo energético, não há como concluir se estes também constituem mecanismos pelo qual as oleaginosas exercem seus efeitos metabólicos. Resultados sugerem as amêndoas e o amendoim podem elevar o gasto energético de repouso. As oleaginosas apresentam efeitos favoráveis à redução do colesterol total, LDL-c, triglicerídeos e dos índices aterogênicos além de elevar a concentração de HDL-c. Em relação à pressão arterial, glicemia e insulinemia, parece que as oleaginosas não produzem grandes impactos, tampouco parece haver grandes efeitos sobre o processo inflamatório sub-clínico. Por outro lado, os efeitos destas sobre os marcadores oxidativo são amplos. A influência da ingestão de oleaginosas sobre marcadores de inflamatórios e oxidativos, hormônios relacionados ao balanço energético e da homeostase glicêmica devem ser investigados em estudos futuros.

Revista Brasileira de Nutrição Funcional JAneiro / 2014

Fitoterápicos com ação antifúngica

A utilização de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e prevenção de doenças é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. Atualmente, com o desenvolvimento da tecnologia, e com o aumento da resistência a medicamentos tradicionais, o valor terapêutico das ervas vem sendo pesquisado e seu uso diário dentro das preparações ou na forma de chás vêm sendo incentivado. Outro ponto positivo de fitoterápicos com ação antifúngica é que eles apresentam menor custo quando comparados a medicamentos tradicionais e menos efeitos colaterais, como alterações gastrointestinais e hepatotoxicidade.

O uso de fitoterápicos é amplamente aplicado baseando-se na sabedoria popular. Esta é uma área de pesquisa que ainda carece de trabalhos científicos que comprovem a eficácia e a dosagem das “plantas medicinais” conhecidas.

Nesse sentido, o objetivo principal desse artigo será a abordagem da atividade antifúngica de alguns fitoterápicos através de uma revisão de artigos científicos. O conceito antifúngico é amplo, engloba qualquer substância capaz de produzir uma alteração na estrutura da célula fúngica e que consiga inibir seu desenvolvimento, alterando sua capacidade de desenvolvimento. A atividade antifúngica observada em extratos vegetais é, muitas vezes, atribuída a compostos orgânicos. As espécies vegetais possuem, simultaneamente, substâncias inertes e princípios ativos, cuja concentração dá-se, preferencialmente, nas flores, raízes ou folhas, e, em menor proporção, nos frutos e nas cascas. A concentração destes princípios também não é uniforme durante seu ciclo de vida, sendo influenciada pelo solo, habitat, colheita e preparação.

Diversos fitoterápicos têm sido utilizados no tratamento de fungos, sendo identificados: Alecrim, Orégano, Cravo, Óleo de coco, Óleo de melaleuca, Echinacea, Pau d’ arco, Alho, Gengibre.

Alecrim – Rosmarinus officinalis – Planta nativa da região mediterrânea, cultivada principalmente em países de clima temperado. A parte da planta utilizada são as folhas. Dentre os principais componentes ativos estão: ácido fenólico como o ácido rosmarínico, óleos essenciais (canfeno, pineno, cineol, borneol, cânfora) e taninos. O óleo essencial de alecrim inibe o desenvolvimento micelial de fungos. O alecrim é usado na forma de chás (infusos) e tinturas (extrato hidroalcoólico) preparados com as folhas secas ou frescas. A atividade antifúngica do óleo essencial de Rosmarinus officinalis L. tem sido objeto de estudo de várias pesquisas1-5.

Orégano – Origanum Vulgare – Planta perene que tem origem da região do Mediterrâneo. Os principais constituintes ativos, 90% deles encontrados no óleo, são dois agentes fenólicos, o carvacrol e o timol, responsáveis pelos efeitos antifúngicos e antimicrobianos. As partes da planta utilizadas são as folhas e flores. O carvacrol possui a propriedade de inibir o crescimento da Cândida albicans e o timol estimula a resposta imune. Em pesquisas in vitro, a concentração de 0,25 mg/ml foi capaz de inibir completamente o desenvolvimento da C. albicans. Já em estudos in vivo, com ratos, foi observado que administração de carvacrol a 8.66 mg/kg de peso corporal foi suficiente para cura em 80% dos casos (resultado similar ao medicamento Amphotericin B)7. Estudos mostram a ação dos principais componentes do óleo essencial, como timol e carvacrol frente à Aspergillus, Fusarium, Penicillium, Trichosporum beigelli, Trichophyton rubrum e Trichophyton mentagrophytes. Pode ser utilizado no tempero de massas, no pão, vegetais, diretamente na salada, na sopa, deixar na mesa e colocar na comida6-10.

Cravo- Syzygium aromaticum – é uma planta pertencente à família das Myrtaceas da qual é usada o botão floral seco, o qual contém cerca de 15% de óleo essencial cujo principal componente é o eugenol, um alilbenzeno, composto fenólico volátil, que também está presente na canela, por exemplo. O potente efeito bactericida e fungicida atribuído ao óleo de cravo é derivado do composto eugenol. Estudos têm mostrado sua eficácia no tratamento da candidíase11-12.

Óleo de coco – rico em ácido cáprilico (cerca de 7% da gordura do coco) e ácido láurico (cerca de 50% da gordura do coco) que tem como metabólito a monolaurina, uma das substâncias com ação antifúngica, e que não afeta as bactérias da flora intestinal probiótica. Estudos mostram sua ação contra Candida albicans13, F. oxysporum, P. piricola e M. arachidicola14.

Óleo de melaleuca – Melaleuca alternifólia – extraído de uma árvore nativa da Austrália apresenta propriedades antifúngicas e antibacterianas, pois contém Terpinenol-4, responsável por essa ação. A composição química do mesmo consiste basicamente em monoterpenos cíclicos onde o principal responsável pela propriedade antimicrobiana é o Terpinenol-4 e em trabalho realizado mostrou ter potente efeito sobre Candida albicans. Infelizmente, não há ensaios clínicos usando-se o óleo como tratamento da candidíase e a verdadeira prevalência dos efeitos colaterais ainda é desconhecida15-22. A atividade antifúngica do óleo de Melaleuca está mais que comprovada nos trabalhos in vitro, o que sugere um possível efeito positivo quando administrados em humanos, no tratamento da candidiase, entretanto também requer mais estudos para esta aplicação15.

Echinacea – Echinacea purpurea – Planta nativa da região mediterrânea, cultivada principalmente em países de clima temperado. Partes utilizadas: Raiz e rizoma, que também contém os princípios ativos. O chá da erva Echinacea é utilizado para ajudar a prevenir a recorrência de infecções vaginais. De acordo com a instrução normativa n. 05 da ANVISA, esse fitoterápico exige prescrição médica.

Pau d’arco – Tecoma curialis – Conhecido como ipê, é uma árvore oriunda das regiões do cerrado. Têm propriedades antifúngicas devido ao seu princípio ativo chamado lapachol, presente tanto nas cascas do caule como na serragem da madeira. Tomá-lo como um chá (2 colheres de sopa cozido em 1 litro de água;. 3?–?6 xícaras por dia).

Alho – Allium sativum – é usado como fitoterápico há muito tempo, sendo mencionado em 1500AC em uma receita egípcia. Possui ação fungicida, sendo um ótimo aliado contra a Candida, porém deve ser consumido cru. Muitos estudos têm sido desenvolvidos buscando aplicações práticas do alho, baseadas em sua capacidade de inibição de crescimento e lise bacteriana, sendo seus maiores componentes inibitórios a alicina e os tiosulfonatos. Uma dica é colocar o alho (depois de fazer cortes com uma faca) em uma garrafa de cor escura e preencher com azeite de oliva extra virgem. A alicina, um líquido de coloração amarelada, forma-se quando o alho é mastigado ou cortado, rompendo-se as células do bulbo23-26.

Gengibre – Zingiber officinale – o gengibre pode ter efeito bactericida e fungicida. Possui vários constituintes ativos: o gingerol é o principal deles, obtido do rizoma, sendo recomendável usá-lo cru, pois há indícios de que o calor inativa o gingerol, responsável por esta ação. Quanto menor for o tempo de exposição a altas temperaturas mais preservada se encontrará a sua atividade terapêutica. Usado em doses orais de até 2 g/dia, o gengibre é bem tolerado27.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) PANIZZI, L. et al. Composition and antimicrobial properties of essential oils of four Mediterranean Lamiaceae. Journal of Ethnopharmacology; 39(1): 167-70, 1993.
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3) MANGENA, T.; MUYIMA, N.Y. Comparative evaluation of the antimicrobial activities of essences oils of Artemisia afra, Pteronia incana and Rosmarinus officinalis selected bacteria and yeast strains. Letters in Applied Microbiology; 28 (1): 291-296, 1999.
4) DAFERERA, D.J.; ZIOGAS, B.N.; POLISSIOU, M.G. Analysis of essential oils from some Greek aromatic plants and their fungitoxicity on Penicillium digitatum. Journal of Agricultural and Food Chemistry; 48 (1): 2576-2581, 2000.
5) FENNER, R. et al. Plantas utilizadas na medicina popular brasileira com potencial atividade antifúngica. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; 42(3): 369-94, 2006.
6) LAMPERT, R. J. W.; SKANDAMIS, P.N.; COOTE, P. J. A study of the minimum inhibitory concentration and mode of action of oregano essencial oil, thymol and carvacrol. J Appl Microb; 91:453-462-2001.
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*Texto elaborado pela nutricionista Ivania Patrícia Cansi