Curcuma longa na prevenção e tratamento do paciente oncológico

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Dados do Instituto Nacional do Câncer mostram que, em 2018, houve 300.140 novos casos de câncer em homens no Brasil, e 282.450 novos casos de câncer em mulheres, sendo o de próstata o mais prevalente em homens com 31,7% dos casos, e o de mama o mais prevalente em mulheres com 29,5% dos casos (desconsiderando Ca de pele não melanoma) (Inca, 2018).

Estimativas globais mostram que de 30 a 50% dos casos de câncer podem ser prevenidos com hábitos saudáveis de vida, incluindo as escolhas alimentares, nutrientes e compostos bioativos que optamos em oferecer pro nosso organismo (WCRF, 2018). Neste aspecto, o texto a seguir tem como objetivo promover uma revisão das diversas aplicabilidades do uso da Curcuma longa L (C. longa) na prevenção e/ou tratamento de pacientes com diferentes tipos de câncer.

Em recente revisão publicada por Mokbel e cols (2019), os autores descrevem o papel de vários micronutrientes e compostos bioativos na prevenção e tratamento do paciente com câncer de mama, destacando-se a curcumina, principal componente da planta Curcuma longa, seja como quimiopreventivo terapêutico, ou para evitar a reincidiva tumoral.

Wang et al (2019) descreve a curcumina como agente potencial preventivo de câncer, especialmente pela sua capacidade em organizar e equilibrar a expressão e a atividade de microRNAs oncogênicos e supressores de tumor. O autor reforça a importância da ingestão habitual de curcumina, que não apresenta efeitos adversos.

Uma revisão recente apresenta dados em que a curcumina foi administrada concomitantemente com medicamentos quimioterápicos, aumentando a eficácia do tratamento e/ou reduzindo efeitos colaterais e/ou aumentando a qualidade de vida dos pacientes. Segundo os autores, a curcumina poderia ser utilizada associada com paclitaxel, docetaxel, doxorubicina, cisplatina, metformina, gencitabina, celecoxibe e 5-fluorouracil, e parece indicar eficácia para tumores como próstata, hepatocelular, gástrico, linfoma de Hodgkin, bexiga, pâncreas, leucemia e câncer coloretal. As doses sugeridas ainda não são conclusivas, mas variam de 500mg/dia até 8g/dia (Tan, 2019).

O principal fator para que o suplemento de curcuma longa e seus curcuminoides tenha eficiência terapêutica é a sua baixa absorção. Desta forma, os estudos são bastante eficazes em demonstrar que a biodisponibilidade da curcumina melhora na presença de piperina, composto bioativo da pimenta do reino (Salehi B et al, 2019), bem como na presença de gordura, especificamente de fosfolipídios, tanto na formulação quanto na refeição.

Gupta (2011) demonstrou que quando a curcumina é complexada com fosfatidilcolina, sua absorção é superior quando comparada na forma isolada, além da ação protetora hepática também ser mais eficaz. Estudo realizado por Liu Y et al (2019) em ratos demonstrou que este complexo melhora a absorção do quimioterápico, reduzindo as metástases pulmonares de Ca de mama primário.

Panahi (2014) demonstrou que uma dose baixa de 180mg/dia de curcuminoides de alta absorção (curcuminoides com fosfatidilcolina), além de reduzir marcadores inflamatórios como a proteína C-reativa (PCR), promove menos efeitos colaterais e aumenta a qualidade de vida dos pacientes em quimioterapia com diferentes medicamentos e diferentes tipos de tumor.

Um dado curioso é que a curcumina parece aumentar a biodisponibilidade da epigalocatequina 3-galato, composto bioativo principal do chá verde (camellia sinesis), o que poderia gerar indicação da suplementação de extrato de chá verde associada a curcuma (Pandit et al 2019).

Nesta mesma linha, Montgomery (2016) testou os efeitos antiproliferativos da curcumina isolada, da silimarina isolada e da combinação de curcumina e silimarina usando linhagens celulares de câncer de cólon. Os autores demonstraram que a curcumina sensibiliza as células de Ca de cólon para a silimarina, o que aumenta a eficácia anticâncer quando os dois compostos bioativos são utilizados conjuntamente.

A silimarina corresponde a um conjunto de compostos bioativos encontrados na planta Cardo Mariano, especialmente a flavonolignana silibina e, em diferentes doenças oncológicas, como o Ca cervical, de próstata, bexiga, hepatocelular e pulmão, a silimarina diminui a replicação e a vitalidade das células tumorais (Haddad, 2011).

Elyasi S et al (2016) testaram a dose de 420mg de silimarina, dividida em 3 doses ao dia, e demonstraram que a administração profilática de silimarina pode reduzir significativamente a gravidade da mucosite induzida por radioterapia e atrasar sua ocorrência em pacientes com câncer de cabeça e pescoço.

Soleimani et al (2019) descreve a silimarina como agente com potencial ação anticâncer, e que doses de 700mg, 3x ao dia, são consideradas seguras, devendo os pacientes serem reavaliados quanto às funções hepáticas e renais.

Assim como a curcumina, a silimarina exige ativadores ou melhoradores de absorção para garantir sua biodisponibilidade e efeito terapêutico em humanos. Lazzeroni M et al (2016), em estudo de fase 1, conseguiu demonstrar que a silimarina na presença de fosfatidilcolina tem grande absorção e é capaz de atingir o tecido tumoral da mama. Os autores usaram 2,8g/dia do complexo silimarina/fosfatidilcolina por período de 4 semanas, sem apresentar efeitos adversos. Di Costanzo A et al (2019), reforça a importância das fontes lipídicas para garantir absorção e biodisponibilidade da silimarina, e que doses eficazes de 1.500mg/dia ou superiores também são consideradas seguras.

Pode-se concluir que o uso dos curcuminoides da curcuma longa, especialmente a curcumina, podem ser utilizados para prevenção e tratamento de pacientes oncológicos, em doses mínimas fracionadas de 180mg/dia até 8g/dia, e sempre com ativadores e carreadores de alta absorção, como a piperina (pimenta do reino) e os lipossomas de fosfolipídios (fosfatidilcolina).

O uso da curcuma longa associada a outros compostos bioativos deve ser avaliada, como por exemplo com a silimarina para hepatoproteção e redução de efeitos adversos induzidos pelo tratamento quimio/radioterápico, com doses iniciais de 1.200 a 1.400mg diariamente (fracionadas ao longo do dia), e, possivelmente com doses superiores ainda a serem determinadas, com ação apoptótica, antiangiogênica e antiproliferativa tumoral.

Referências bibliográficas:

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Astragalus membranaceus e os seus efeitos no tratamento do câncer

Astragalus Membranaceus

Astragalus Membranaceus (AM) é uma das principais ervas que são mais utilizadas com finalidade terapêutica na medicina tradicional chinesa. O AM possui diversos compostos bioativos, dentre eles estão os flavonoides e as saponinas, sendo o Astragalosídeo IV, uma saponina esteroide, o principal. Em termos gerais, o extrato da raiz do AM quando comparado com o extrato da planta inteira, contém uma maior concentração de Astragalosídeo IV. Alguns estudos têm demonstrado que esse componente é responsável por promover os efeitos benéficos do consumo dessa erva, que vão desde a reposta anti-inflamatória e antioxidante, tratamento de doenças renais, cardioproteção, prevenção dos efeitos colaterais e deletérios da quimioterapia, entre outros. O Astragalosídeo IV possui baixa biodisponibilidade após o ser consumido (via oral), digerido e absorvido pelo trato gastrointestinal (TGI). A baixa biodisponibilidade tem sido uma das principais barreiras que levam aos resultados inconclusivos dos efeitos do AM na saúde humana. Na tentativa de driblar e essa limitação, boa parte dos estudos clínicos com AM, optam por administrá-lo por via oral com doses elevadas diariamente ou por via injetável, tornando assim muitas das vezes essa replicação de conduta irreal com a prática clínica. Outra medida talvez mais real com a prática clínica do nutricionista é ofertar o AM através de suplementos alimentares com uma maior concentração Astragalosídeo (1).

O AM também é considerado como um Immune Booster, por proporcionar um efeito sobre o aumento da estimulação e ativação do sistema imunológico. Em um ensaio clínico randomizado, o consumo oral de AM (cerca de 1,23g) por um período de 7 dias quando comparado com o consumo de Echinacea Purpurea e Glycyrrhiza Glabra, foi mais eficaz em promover um efeito imunomodulador. No grupo que consumiu AM, foi observado um aumento no número de linfócitos das proteínas que são expressas nas células imunológicas, como: CD4, CD8, CD25 e CD69. Esses efeitos imunomoduladores foram observados 24 horas após o consumo de AM (2). Uma metanálise de ensaios clínicos controlados buscou avaliar o efeito da administração de uma injeção de AM no tratamento da leucopenia induzida por quimioterápico e outras causas. Ao todo foram utilizados 13 ensaios clínicos envolvendo 841 indivíduos para a construção da metanálise. Foi observado que os pacientes que receberam a injeção de AM tiveram um melhor efeito na reversão da leucopenia quando comparado com os indivíduos que não receberam a injeção de AM, demonstrando que de fato o AM parece exercer um importante efeito sobre a imunidade (3).

consumo de astragalus

Em relação ao câncer, especula-se que o AM possa ser um importante agente terapêutico no controle dos efeitos deletérios e colaterais durante o tratamento quimioterápico. Uma recente metanálise construída a partir de 27 ensaios clínicos randomizados totalizando em uma amostra de 1.843 participantes, demonstrou que o consumo de AM reduziu significantemente os sintomas de vômitos e náuseas induzidos por oxaliplatina durante a quimioterapia em pacientes portadores de câncer colorretal metastático (4). Outra metanálise envolvendo 32 ensaios clínicos randomizados e 2.224 pacientes com CCR, demonstrou que o consumo oral de AM sinergicamente com a oxaliplatina, foi eficiente na prevenção da neutropenia induzida por quimioterapia (5). Uma revisão sistemática avaliou o efeito da adição de medicamentos fitoterápicos (entre elas a base de AM) durante a quimioterapia do CCR. Um total de 13 ensaios clínicos randomizados foram incluídos na revisão sistemática. Foi observado que o AM é frequentemente utilizado durante a quimioterapia e que o seu consumo foi capaz de aumentar a taxa de sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, os pacientes que utilizaram o AM, tiveram uma redução dos efeitos deletérios induzidos pela quimioterapia, como vômitos, náuseas, neutropenia e neurotoxicidade, quando comparado com os pacientes que foram apenas submetidos a quimioterapia (6). Outra metanálise construída a partir de 19 ensaios clínicos randomizados, totalizando em uma amostra de 1.635 pacientes, avaliou o efeito da administração injetável de AM combinada com a quimioterapia a base de platina em pacientes com câncer de pulmão. O resultado da metanálise demonstrou que, quando comparado apenas com a quimioterapia isoladamente, a quimioterapia combinada com as injeções de AM teve efeitos positivos sobre o aumento da sobrevida dos pacientes, reduziu a incidência de leucopenia, aumentou a expressão de moléculas CD3, CD4, CD8 e das células natural killer (NK), além de reduzir os efeitos colaterais como vômitos e enjoo. Vale salientar que as células NK são as principais células imunológicas responsáveis pela resposta anti-tumoral (7). Em relação ao câncer de estômago, uma metanálise que incluiu 81 ensaios clínicos randomizados totalizando em uma amostra de 5.978 pacientes com câncer, demonstrou que a combinação da injeção de AM em sinergia com quimioterapia, foram eficientes na prevenção da leucopenia e das reações adversas que acometem o TGI. Outra metanálise envolvendo 3.289 pacientes com câncer de esôfago também demonstrou que a injeção de AM sinergicamente com a quimioterapia, foi capaz de melhorar a qualidade de vida desses pacientes, além de reduzir a incidência da leucopenia e sintomas como náuseas, quando comparado com os pacientes que foram submetidos apenas ao tratamento quimioterápico (8).

Apesar de observamos vários efeitos benéficos do consumo de AM sobre a imunidade e no tratamento dos efeitos colaterais induzidos pela quimioterapia no câncer, mais estudos (em especial em seres humanos) são necessários para uma confirmação mais sólida e concreta de seus efeitos, para que assim sejam criados guidelines seguros e eficazes para indicações de consumo/suplementação de AM no manejo clínico das patologias.

 

Referências bibliográficas:

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Indicações terapêuticas da suplementação de Vitamina C

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Estudos tem mostrado que manter os níveis adequados de vitamina C no corpo, com valores séricos entre 10 a 100 mmol/L, preferencialmente maior que 28 mmol/L, está associado a melhor regulação epigenética de diversas enzimas metabólicas, reduzindo por exemplo, o risco de câncer, reduzindo atrofia muscular, promovendo menor risco de diabetes, e por seu alto poder antioxidante, gera melhora na capacidade cognitiva e evita a neurodegeneração associada ao envelhecimento (ação anti-aging)1,2,3,4,5. Além disso, atualmente é possível observar carência de vitamina C na população, em especial em pacientes acometidos por patologias durante sua fase aguda, seja por redução na ingestão e/ou utilização da vitamina C nos processos metabólicos envolvidos na patogênese6. Neste aspecto, se faz importante o desenvolvimento de formas alternativas de suplementação de vitamina C que possam ajudar a manter os níveis adequados e garantir o maior número de efeitos metabólicos na prevenção e tratamento das doenças.

Podemos destacar o efeito sinérgico da associação de diferentes formas de vitamina C na suplementação. Em especial, a vitamina C na forma de palmitato de ascorbila, traz a opção da vitamina na forma lipossolúvel, com capacidade de evitar o estresse oxidativo em regiões de membrana celular, que são formados por ácidos graxos, colesterol e fosfolipídios, e que precisam de antioxidantes também lipossolúveis capazes de permear as membranas com mais facilidade. Além disso, a tecnologia inovadora de nanoemulsão, onde o palmitato de ascorbila é capaz de aumentar a biodisponibilidade de outros ativos, como por exemplo em teste realizado com astaxantina, exatamente pela facilidade de permear pelas membranas celulares, evitando sua oxidação, portanto bloqueando o envelhecimento acelerado e perda de função daquele tecido ou órgão, além de aumentar a absorção de outros nutrientes e/ou compostos bioativos7.

Algumas ações já comprovadas em literatura científica das diferentes formas de vitamina C, podem ser destacadas:

Palmitato de ascorbila

  • Aumenta eficácia do paclitaxel, medicamento utilizado no tratamento do câncer, em especial, de câncer de mama8.
  • Reduz em 82% a transaminação dos peptídios da gliadina pela transglutaminase 2 intestinal, ou seja, age como detoxificante do glúten reduzindo a sua imunogenicidade (menos alergênicos, menos reativos para pacientes sensíveis ao glúten não celíacos)9.
  • Funciona como veículo para aumentar absorção de nutrientes provenientes da alimentação, suplementação ou mesmo medicamentos10,11.
  • Em associação com ácido ascórbico tem efeito sinérgico para proteção cardiovascular, reduzindo os efeitos colaterais dos bloqueadores dos canais de sódio, cálcio e potássio, aumentando a formação de matriz extracelular, sintetizando colágeno e melhorando a fraqueza da parede arterial induzida por estes medicamentos12.
  • Uso de Palmitato de ascorbila foi recentemente associado positivamente com diversos parâmetros de longevidade, qualidade e expectativa de vida13.

Ácido ascórbico

  • Pesquisas recentes indicam que a vitamina C pode exercer ação antiiflamatória em macrófagos presentes na micróglia no SNC, reduzindo a síntese das citocinas pró-inflamatórias TNF, IL-6, e IL-1, exercendo atividade neuroprotetora14;
  • Doses de até 2,0g exercem efeito antialérgico pois tem capacidade de reduzir em até 38% os níveis de histamina em humanos15;
  • Suplementação de vitamina C em dose média de 1,0g/dia (podendo chegar até 6g/dia) é eficaz em reduzir o estresse oxidativo muscular, melhorando o metabolismo da insulina em pacientes diabéticos tipo 216;
  • Pacientes idosos hospitalizados com infecções respiratórias agudas tem recuperação acelerada com a suplementação de vitamina C comparados àqueles que não estão recebendo a vitamina17;
  • Vitamina C reduz o estresse oxidativo induzido por micropartículas, toxinas e poluentes ambientais, que aumentam as doenças respiratórias em crianças e idosos que são normalmente deficientes em vitamina C18,19,20;
  • Suplementação de até 1,6g/dia reduz em até 36% a duração da internação em pacientes com pneumonia21;
  • Suplementação de 1,0g de vitamina C melhora viscosidade sanguínea e a funcionalidade dos eritrócitos, exercendo ação cardioprotetora22;
  • Suplementação de 1,0g de vitamina C inibe a formação de derivados nitrosativos a partir do nitrato presente no suco de beterraba, reduzindo o risco de formação de substâncias potencialmente carcinogênicas23;
  • Estudo em animal mostra que suplementação de vitamina C ajuda no efeito de medicamento antineoplásico, reduzindo inclusive os efeitos colaterais deste, em Ca de mama triplo negativo. Em humanos, dose de 1,0g/dia por 4 semanas reduz marcadores inflamatórios em pacientes com adenocarcinoma de esôfago24,25;
  • Em pacientes críticos, doses de 3,0g a 10g/dia ajudam a diminuir o tempo dos pacientes em ventilação mecânica, acelerando a recuperação e reduzindo a mortalidade26
  • Uso do ácido ascórbico reverte degeneração de tendões provocado pelo uso da nicotina, importante para pacientes fumantes27;
  • Suplementação de 2,0g de vitamina C de forma aguda (4 dias no total, sendo 3 dias antes e no dia da competição) associado a vitamina E reduziram marcadores de dano inflamatório e favoreceram recuperação muscular em atletas de elite de taekwondo28;

Ascorbato de sódio

  • O uso associado de Palmitato de ascorbila e ascorbato de sódio reduzem a formação de sebo na pele, promovendo menor oleosidade, com potencial efeito para redução de acnes29;
  • Além de muito utilizado na cosmetologia como fotoprotetor, é também utilizado na odontologia, para proteção da dentina e outras aplicações por seu alto poder antioxidante30;
  • O ascorbato já se mostrou efetivo em induzir células de Ca de mama à apoptose31;
  • Estudo demonstrou que ascorbato pode ser usado na terapia do paciente com câncer de pâncreas, por bloquear a produção de ATP nestas células tumorais32;

Desta forma, pode-se destacar que a suplementação de vitamina C de 1,0g a 2,0g em média por dia, podendo chegar a doses de até 10g/dia, e a oferta de diferentes formas de vitamina C tem diversas aplicabilidades, sendo associada a prevenção e tratamento de diversas patologias, como ferramenta importante para a longevidade e qualidade de vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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29 – Khan H, Akhtar N, Ali A et al. Assessment of Combined Ascorbyl Palmitate (AP) and Sodium Ascorbyl Phosphate (SAP) on Facial Skin Sebum Control in Female Healthy Volunteers. Drug Res (Stuttg). 2017 Jan;67(1):52-58.

30 – Jung KH, Seon EM, Choi AN. Time of Application of Sodium Ascorbate on Bonding to Bleached Dentin. Scanning. 2017 Aug 13;2017:6074253.

31 – Hong SW et al. Ascorbate (vitamin C) induces cell death through the apoptosis-inducing factor in human breast cancer cells. Oncol Rep. 2007 Oct;18(4):811-5.

32 – Du J et al. Mechanisms of ascorbate-induced cytotoxicity in pancreatic cancer. Clin Cancer Res. 2010 Jan 15;16(2):509-20.

Vitafor Science News

FONTES DE PROTEÍNA EM UMA DIETA PLANT-BASED

Estamos comendo menos carne. Isso é o que nos mostram os números do Ibope, apontando que cerca de 28% da população brasileira está mudando seus hábitos alimentares e restringindo o consumo de carne no seu cardápio.

No Brasil, já são 30 milhões de pessoas adotando uma dieta vegetariana e um número significativo destes, já se diz vegano. Para suprir as necessidades de proteínas do organismo, as maiores fontes vegetais são as leguminosas, oleaginosas, grãos, cereais e sementes.

O perfil de aminoácidos de determinadas fontes vegetais apresenta grande similaridade e equivalência às fontes de origem animal e pode se tornar ainda mais completo quando há a combinação entre diferentes fontes vegetais.

Além de fornecerem os macronutrientes (proteínas, gorduras, fibras e carboidratos) que correspondem a base da alimentação humana, as plantas contêm ainda vitaminas, minerais, enzimas e inúmeros compostos bioativos.

ENTRE AS LEGUMINOSAS, A ERVILHA SE DESTACA POR APRESENTAR

  1. Rico perfil de aminoácidos essencial
  2. Boa digestibilidade
  3. Além de ser uma fonte sustentável, já que o cultivo devolve nitrogênio para o solo
  4. Promove maior efeito sacietogênico.

A ERVILHA CONTÉM:

beneficios-da-ervilha

Alta concentração proteica (em torno de 84%)
Baixas quantidades de gordura
Presença mais pronunciada de nutrientes importantes aos veganos e vegetarianos, como minerais e os aminoácidos:
L-GLICINA
L-PROLINA
L-ALANINA
Representam importante papel na adequada nutrição vegana já que participam da formação de colágeno
L-FENILALANINA
Participa da formação de neurotransmissores cerebrais importantes no humor como a dopamina, epinefrina e norepinefrina.
L-ARGININA
Aminoácido essencial na síntese de óxido nítrico – substância que promove uma função endotelial saudável através da dilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos.
Aminoácidos precursores da creatina – importante substrato do metabolismo energético.
Veganos e vegetarianos podem apresentar carência de creatina, já que sua principal fonte alimentar é a carne vermelha.
L-FENILALANINA
L-ARGININA
Promovem o aumento da saciedade
ENTRE AS OLEAGINOSAS, DESTACA-SE A AMÊNDOA. ELA FORNECE UMA COMBINAÇÃO DE MACRO E MICRONUTRIENTES
oleaginosas

Tal combinação, além de fornecer proteína, proporciona melhora do perfil lipídico, auxiliando na função cardiovascular. Este benefício é alcançado através da pronunciada quantidade do aminoácido l-arginina. Ela pode aumentar o controle glicêmico e a saciedade, tornando-se uma boa alternativa também para diabéticos e pessoas com restrição no consumo de calorias.

Pesquisas também apontam que o consumo de amêndoas pode estar ligado à redução do colesterol LDL. Isso porque alguns nutrientes presentes nas amêndoas regulam as enzimas envolvidas na produção de ácidos biliares. Assim, foi registrada diminuição da absorção e aumento da eliminação de colesterol.

Outros estudos indicam que o extrato metanólico de amêndoas possuem atividades antioxidantes, enquanto o extrato fenólico pode ser útil na prevenção ou desaceleração dos processos de várias doenças relacionadas ao estresse oxidativo.

DEMAIS BENEFÍCIOS NUTRICIONAIS DA AMÊNDOA

beneficios-adicionais

OUTRAS FONTES DE PROTEÍNA VEGETAL

Historicamente, o arroz e a soja ganharam reconhecimento como fontes de proteína vegetal. Porém, elas podem apresentar riscos. No caso do arroz, o risco potencial está no acúmulo do metal pesado Arsênio (AS) na água utilizada para imersão do cultivo. Já a soja pode ter sido gerada por sementes modificadas geneticamente, alterando a sua composição nutricional. Estudos mostram que pode haver diminuição da presença dos fitoestrógenos genisteína e daidzeína, que atuam na prevenção de doenças.

CONCLUINDO

O movimento de pessoas que estão abrindo mão do consumo de carne é global. Seja por ideologia ou estilo de vida, cada vez mais aumenta o número daqueles que se declararam veganos. Este é um comportamento tão dinâmico que fica difícil até acompanhar e mensurar o crescimento desse público.

Segundo o Google, em quatro anos, houve um crescimento de 1.000% na procura pelo termo “vegano”. Estima-se, que nos EUA, cerca de 50% dos vegetarianos se declararam veganos. Enquanto no Reino Unido este número chegue a 33%. No Brasil, até 2018, sugeria-se a existência de 7 milhões de veganos.

Diante destes dados e dos fatores de desestímulo ao consumo de carne, é possível imaginar que a tendência deste comportamento, deve continuar em forte alta nos próximos anos.
Cabe a nós, profissionais da saúde e da indústria entendermos melhor nossos clientes e sabermos como nos prepararmos para o futuro.

 

NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL

NUT materno infantil

Quem está gerando uma vida tem sempre os melhores desejos. Prover mais saúde, orientação e educação ao seu filho. Para atender ao primeiro desejo, muitas mães aumentam os cuidados com a alimentação durante a gravidez. Ampliam a dieta, buscam alimentos saudáveis e, quando necessário, suplementam com nutrientes fundamentais.

O QUE TORNA OS SUPLEMENTOS UMA OPÇÃO DURANTE A GESTAÇÃO?

Segundo os pesquisadores de King’s College, da Universidade de Londres, a gestante de hoje não recebe a mesma quantidade de nutrientes em comparação a uma gestante que vivia há 90 ou 30 anos atrás. Em 1927, esses cientistas começaram a coletar dados sobre o teor de nutrientes dos alimentos (27 variedades de vegetais e 17 de frutas, 10 cortes de carne e alguns queijos e leites). As análises foram repetidas em intervalos regulares desde então, dando-nos uma imagem única de como a composição da nossa alimentação mudou ao longo do século passado: os alimentos perderam de 20 a 60% dos seus nutrientes.

Outras pesquisas vêm indicando que as gestantes podem apresentar uma carência nutricional de vitaminas e minerais essenciais, como o magnésio, folato, vitamina E, D ou mesmo de gorduras benéficas como o DHA.

MAS QUAL É A INFLUÊNCIA REAL DA ALIMENTAÇÃO/SUPLEMENTAÇÃO NA SAÚDE DE MÃE E BEBÊ?

A ciência vem destacando o papel fundamental de alguns nutrientes para essa fase de concepção com reflexos no presente e no futuro. Veja os principais:

ÔMEGA-3

Componente do ômega-3, o DHA é transferido a taxas altíssimas da mãe para o feto e essa distribuição é crucial para uma ótima saúde do cérebro, olhos, imunidade e desenvolvimento do sistema nervoso. Estudos vêm constatando que:

  • Crianças de mães suplementadas com ômega-3 apresentam melhor processamento mental, aprendizado, memória, desenvolvimento psicomotor e coordenação mãos-olhos, bem como menor propensão ao déficit de atenção.
  • DHA é uma das principais gorduras estruturais na retina do olho, sendo responsável por até 60% do total de ácidos graxos poli-insaturados. Níveis adequados de DHA na dieta parecem ser cruciais para a construção de resiliência neuronal de longo prazo para um ótimo desempenho cerebral, além de ajudar na batalha contra doenças neurológicas. Melhor saúde gestacional e no parto. Melhor crescimento e desenvolvimento dos bebês. Devido à alta demanda do feto, pode ocorrer uma carência para a mãe deste importante nutriente e, consequentemente, ela apresentar problemas associados com essa deficiência, como: estresse e depressão pós-parto.

ÁCIDO FÓLICO

A ingestão deste nutriente durante a gravidez está relacionada à rápida proliferação celular, regulação da expressão genética, metabolismo de aminoácidos e síntese dos neurotransmissores. Também é importante para a saúde materna, podendo ajudar na prevenção ou minimização da depressão pós-parto.

Vitamina E

Essa vitamina é um importante antioxidante no período da gravidez. Estudos apontam que, mesmo sendo muito relevante durante toda a vida, níveis elevados de concentração de vitamina E durante o nascimento estão associados com melhor função cognitiva em crianças de 2 anos de idade. A carência deste antioxidante durante a gravidez é associada ao aumento de infecções, anemia, nanismo, aborto, desordens neurológicas e outras condições patológicas para a mãe e/ou bebê.

A vitamina E é dividida em tocoferóis e tocotrienóis. Suas fontes dietéticas naturais não são abundantes, sendo encontrada em algumas oleaginosas, folhas verdes, óleo de palma, farelo de arroz e óleo de cevada, entre outros.

IODO

É extremamente importante na biossíntese dos hormônios tireoidianos T3 e T4, que desempenham um papel notável no crescimento e desenvolvimento dos órgãos e, principalmente, do cérebro embrionário antes, durante e após a gravidez.

A ingestão de iodo nos níveis recomendados ajudará a evitar uma má formação cerebral e preservar a capacidade de aprendizado da criança. Mesmo uma deficiência leve pode prejudicar o desenvolvimento intelectual da criança.

Na gestação, uma deficiência de iodo pode levar a um quadro de hipotireoidismo congênito. Nesses casos, a glândula tireoide do recém-nascido é incapaz de produzir quantidades adequadas de hormônios tireoidianos. Se não receberem diagnóstico e tratamento adequados, essas crianças podem ter o crescimento e desenvolvimento mental seriamente comprometidos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), toda mulher grávida deve consumir cerca de 250mcg de iodo por dia, e isso deve ser continuado até o término do período da amamentação.

ZINCO

O zinco é um mineral com alta demanda pelo feto, pois atua na regulação do desenvolvimento cerebral durante a fase fetal e pós-natal.

Melhorar o nível de zinco pode ajudar quanto a uma possível depressão da mãe, uma vez que ele atua como um importante cofator para síntese de neurotransmissor. De fato, sob condições de grande estresse, o organismo elimina rapidamente o zinco através da urina, suor e saliva – quanto mais depressão, menor o nível de zinco.

Outro fator de proteção do zinco acontece diante da possibilidade de infecções virais, bacterianas e fúngicas. Isso porque esse micronutriente é um grande responsável pelo funcionamento do sistema imune.

COLINA

Trata-se de um nutriente essencial presente em alimentos como fígado, carnes bovinas, peixes, amendoim e gema de ovos. Oferece benefícios tanto para danos hepáticos quanto para alterações neurológicas como depressão, perda de memória, entre outros.

Um aumento de sua necessidade aparece durante a gravidez e lactação, porque a colina é necessária para a produção da lipoproteína fosfatidilcolina – componente de todas as membranas celulares -, e desempenha um papel central no desenvolvimento cerebral da criança, em especial na área do hipocampo e encéfalo frontal (regulação da memória e atenção), antes e após o nascimento.

Estudo da Universidade de Cornell aponta que o nutriente pode melhorar a maneira como a criança responde ao estresse. Outra pesquisa, desenvolvida na Universidade do Colorado, EUA, relatou um melhor funcionamento cognitivo da criança, além de uma redução no risco de desenvolver, futuramente, esquizofrenia.

FERRO

É considerado necessário para apoiar o crescimento e o desenvolvimento do feto e da placenta. Também ajuda a atender à crescente demanda por células vermelhas do sangue para transportar oxigênio.

A deficiência de ferro é a principal causa de anemia durante a gravidez. A anemia grave por deficiência de ferro tem sido associada a um risco aumentado de bebês com baixo peso ao nascer (menos que 2.500 gramas), parto prematuro e mortalidade perinatal.

Fonte: Essential Nutrition

COENZIMA Q10: PARA QUE SERVE E COMO TOMAR

coq10

A Coenzima Q10 é uma benzoquinona (C6H4O2) presente em praticamente todas as células do organismo. No entanto, por sua participação na produção de ATP, ela é mais concentrada em órgãos de grande demanda energética. Entre eles estão o coração, o cérebro, os rins e o fígado.

Também é considerado um potente antioxidante intracelular, protegendo a estrutura das células da destruição da própria parede celular causada pelos radicais livres produzidos diariamente pelo metabolismo energético. Além disso, estimula a biogênese mitocondrial – ou seja, a produção de novas mitocôndrias dentro das células.

Ela é encontrada no organismo em duas formas diferentes: ubiquinona e ubiquinol. De uma forma simples: a ubiquinona é necessária na produção de energia sob a forma de ATP e o ubiquinol tem uma ação antioxidante.

Ubiquinona ou ubiquinol, qual é a melhor forma para a CoQ10?

Nenhuma forma de CoQ10 é inferior, inativa ou menos eficaz. Ambas são necessárias no organismo, onde são constantemente convertidas uma na outra.

Quando no interior do organismo, a CoQ10 alterna entre as duas formas. Isso ocorre em um ciclo contínuo, de acordo com a necessidade do próprio corpo. Portanto, quando se toma ubiquinol, este pode mudar para ubiquinona e vice-versa.

Quando a suplementação com Coenzima Q10 pode ser recomendada:

– Pessoas que fazem uso de estatinas para combater o colesterol têm uma supressão da síntese de coenzima Q10 no corpo. Diversos estudos indicam uma relação entre a baixa concentração plasmática de coenzima Q10 e a doença arterial coronariana. Além disso, nessas pessoas há risco de prejuízos para o sistema antioxidante e para a produção de energia a nível celular.

– Estudos mostram que, com os radicais livres sob controle e com mais energia nas células, há um aumento nas chances da mulher gerar óvulos saudáveis, a fertilidade feminina é impulsionada. Verificou-se também que a redução nas concentrações de CoQ10, com o avançar da idade, coincide com um declínio na fertilidade e o aumento de alterações cromossômicas nos embriões.

– Reforçar os sistemas de defesa: Quando em situação de estresse oxidativo, há uma maior demanda pela coenzima, que tem função antioxidante. A CoQ10 também inibe o início e interfere na propagação da oxidação de lipídios e proteínas, uma propriedade não encontrada em outros antioxidantes.

Além disso, a coenzima Q10 reforça a atividade do complexo proteico NF-kB, que está envolvido na resposta celular a estímulos como o estresse, radicais livres, radiação ultravioleta, oxidação de LDL e antígenos virais e bacterianos. O NF-?B também desempenha um papel fundamental na regulação da resposta imunitária à infecção.

Potenciais benefícios da suplementação com Coenzima Q10:

– Acelerar a recuperação de cirurgias: a CoQ10 melhora a resposta ao trauma cirúrgico. Um estudo mostrou que a suplementação de coenzima Q10 pode aumentar significativamente a capacidade antioxidante e reduzir os níveis de marcadores inflamatórios em pacientes que se recuperam de uma cirurgia.

– Melhorar o desempenho esportivo: a coenzima pode aumentar a quantidade de energia disponível para os músculos. Pesquisa mostra que a administração oral de coenzima Q10 é capaz de reduzir a sensação de fadiga e aumentar o desempenho físico durante exercícios.

– Atenuar os sintomas da fibromialgia: estudo mostrou a relação entre suplementação com CoQ10 e redução dos sintomas de fibromialgia como dor, ansiedade e depressão. Também foi registrada uma diminuição em relatos de fadiga crônica e cansaço matinal.

– Controlar insuficiência cardíaca: estudos relatam que os níveis de CoQ10 tendem a diminuir no miocárdio de pacientes com insuficiência cardíaca. Testes de suplementação com CoQ10 relataram melhorias nos parâmetros funcionais do coração em pacientes com esta doença.

Efeito adicional:
Estudos apontam a CoQ10 como um agente terapêutico potente para a enxaqueca, atenuando sua duração e frequência.

Fatores que reduzem a produção de CoQ10

O nível de CoQ10 no corpo pode sofrer redução por uma série de fatores. Entre eles:

1) Declínio natural pela idade;

2) Situação de estresse oxidativo;

3) Dieta rica em carboidratos simples;

4) Tratamento com estatinas;

5) Prática esportiva intensa

A suplementação com CoQ10 pode ser recomendada para pessoas que enfrentam estes cenários.

Como tomar a Coenzima Q10?

Estudos indicam que a maioria dos efeitos benéficos são obtidos com a ingestão diária de 100mg de CoQ10.

Suplementos de CoQ10 são todos iguais?

Para que a suplementação tenha o máximo efeito, é recomendado que ela apresente uma estrutura idêntica à CoQ10 produzida naturalmente pelo organismo. Com isso, sua absorção é facilitada.

Ela pode ainda receber ingredientes que potencializam seus efeitos. A presença de tocoferóis (vitamina E) e de ômega-3 pode duplicar a biodisponibilidade da Coenzima Q10. Isso porque sua absorção se dá em meio lipofílico, ou seja, rico em gordura.

Fonte: Essential Nutrition

5 Razões para tomar enzimas digestivas

Fundamentais para a absorção dos nutrientes no nosso corpo, as enzimas digestivas podem não estar sempre em equilíbrio no organismo. Veja os casos em que a suplementação pode ser recomendada.

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“Se tivesse que escolher um suplemento apenas, escolheria as enzimas digestivas”. Essa frase, atribuída a um médico ortomolecular americano, transmite bem a importância que as enzimas têm para a saúde geral do organismo. Elas são fundamentais para a absorção dos nutrientes que compõem os alimentos que consumimos, tendo papel fundamental em qualquer dieta. Mas não apenas isso. Confira abaixo cinco razões para a suplementação com enzimas digestivas.

1. PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Ao nascer, somos dotados de maior potencial para a produção de enzimas, disponibilizando até de certa “reserva”. Mas, com o passar dos anos, e o desgaste dos órgãos produtores (como pâncreas, estômago e glândulas salivares), o corpo não mais produz quantidades suficientes, provocando assim sintomas como indigestão, aparecimento de alergias e gases.

2. FATORES EXTERNOS

Além do avanço da idade, nossa produção de enzimas pode ser prejudicada por estresse, consumo excessivo de açúcar, álcool e outras substâncias com potencial de prejudicar a absorção de vitaminas e minerais e pelo uso excessivo de medicamentos.

3. INGESTÃO DE ALIMENTOS POBRES EM ENZIMAS

A dieta adotada por grande parte da população, principalmente a ocidental, consiste basicamente de alimentos ultraprocessados ou cozidos. As enzimas contidas nos alimentos crus, que poderiam ajudar a suprir o declínio na produção natural, são destruídas pelo calor e a industrialização envolvidos.
Além disso, o hábito de ingerir líquidos durante as refeições dilui o suco gástrico, reduzindo o estímulo ácido que o pâncreas precisa para produzir as enzimas.

4. AMPLIAÇÃO DA DIETA

Pesquisas estimam que cerca de 70% dos adultos sofra com algum nível de intolerância à lactose. A restauração da capacidade de digestão da lactose (açúcar do leite), das proteínas do leite, ou mesmo do glúten, pode trazer novas opções de alimentos.

5. DIETAS ESPECÍFICAS

Na dieta ocidental moderna há um grande consumo de alimentos ricos em carboidratos, gorduras e produtos lácteos. Por isso, o ideal é que suplementos entreguem em maior quantidade as enzimas amilase, lactase e lipase, por exemplo.

Outro ponto importante é a origem das enzimas digestivas. As enzimas de origem não-animal são mais estáveis às variações de pH que ocorrem durante a digestão, o que potencializa sua atividade, e também possibilita o uso por veganos e vegetarianos.

Convencido a suplementar com enzimas digestivas? Confira aspectos a considerar para escolher a melhor opção. No momento da compra de um suplemento de enzimas digestivas, deve-se observar não apenas a variedade de enzimas ou a quantidade de cada uma, mas também qual a atividade enzimática real.

Fonte: Essential Nutrition

Enzimas digestivas: o que são e como atuam

enz digestiva

Responsáveis por digerir os nutrientes dos alimentos, as enzimas digestivas têm papel fundamental em nossa saúde. Descubra quais são as mais importantes e saiba como podem ser suplementadas.

O QUE SÃO ENZIMAS DIGESTIVAS

As enzimas digestivas são moléculas produzidas pelo nosso organismo e também disponíveis em alimentos crus, que aceleram reações químicas. Na digestão, são responsáveis pela quebra das macromoléculas presentes nos alimentos em moléculas menores, facilitando assim sua absorção pelo intestino, além de deixar os micronutrientes (vitaminas e minerais) livres e disponíveis para o processo de absorção, nutrindo e fornecendo energia às células.

ENZIMAS CONSIDERADAS FUNDAMENTAIS

• DPP-IV: tem ação sobre a caseína e o glúten, substâncias alergênicas e muitas vezes responsáveis por gases e inchaço;
• Amilase e amilase bacteriana: auxiliam na quebra do amido, transformando-o em maltose e glicose;
• Alfa-galactosidase: auxilia na quebra de carboidratos simples e complexos (oligossacarídeos e polissacarídeos) presentes no brócolis, ervilha, feijão, dentre outros alimentos;
• Xilanase: auxilia na quebra das hemiceluloses, um dos principais componentes das paredes celulares dos vegetais;
• Lactase: auxilia na quebra da lactose (açúcar do leite), transformando-a em glicose e galactose;
• Celulase: auxilia na quebra da fibra insolúvel celulose (componente mais abundante da parede celular dos vegetais);
• Bromelina: auxilia na quebra das proteínas;
• Pectinase: auxilia na quebra da pectina, um dos principais componentes da parede celular dos vegetais;
• Maltase: auxilia na quebra da maltose (açúcar dos cereais), transformando-a em glicose;
• Lipase: atua sobre os lipídios, transformando-os em ácidos graxos e glicerol;
• Invertase: auxilia na quebra da sacarose (açúcar refinado), transformando-a em frutose e glicose;
• Hemicelulase: capaz de digerir as hemiceluloses (polissacarídeos que juntos com a celulose e a pectina formam a parede celular dos vegetais);
• Glicoamilase: auxilia na quebra do amido, transformando-o em glicose;
• Protease: que auxilia na quebra das proteínas;
• Protease ácida estável: resistente ao pH ácido, que auxilia na quebra das proteínas.

Como dá pra perceber em uma leitura atenciosa, essas 16 enzimas podem ser associadas pela sua atuação. Confira a explicação de alguns desses processos:

QUEBRA DA LACTOSE

Para ser absorvida, a lactose precisa ser quebrada em componentes menores: a glicose e a galactose. Depois de absorvidos, desempenham papéis como fonte de energia e componente de glicolípidos e glicoproteínas.

QUEBRA DA PROTEÍNA

As proteínas são quebradas em aminoácidos, que têm diversas utilidades no nosso organismo. Elas estão envolvidas na reparação muscular, na produção de energia durante atividades físicas, na síntese de colágeno e elastina, na sinapse neuronal e em vários outros processos fundamentais ao organismo.

QUEBRA DE CARBOIDRATOS

Os carboidratos funcionam como o combustível do organismo. Fornecem energia para cérebro, medula e nervos periféricos, atuam na produção das células vermelhas do sangue e na articulação dos ossos, entre outras funções.

QUEBRA DO GLÚTEN

Combinação de dois grupos de proteínas (gliadina e glutenina) encontradas dentro de grãos de trigo, cevada e centeio, o glúten está presente em diversos alimentos que integram a nossa dieta, como o pães, bolos e outras massas feitas de trigo, frituras empanadas, cerveja, carnes processadas, queijos e outros.

Mas se as enzimas são tão importantes assim para o nosso organismo, por que precisamos de suplementação? Nosso corpo não as produz? Este é o assunto da nossa próxima postagem: 5 razões para tomar enzimas digestivas.

 Fonte: Essential Nutrition

Entenda como a resistência à insulina afeta o seu dia a dia

resist insulina

A insulina é um hormônio e, dentre suas funções, está o controle da quantidade de açúcar que circula no nosso sangue (glicemia). A resistência à insulina acontece quando temos uma situação de desequilíbrio entre a quantidade de insulina secretada pelo pâncreas e o correto funcionamento dela. Isso faz com que a ação do hormônio fique comprometida.

Sem a insulina, a glicose fica presa no sangue e não é captada pelas células do corpo, que a usa para gerar energia. A condição é normalmente assintomática, mas pode causar cansaço excessivo e prejudicar as atividades do cotidiano. Ela pode ser identificada pelos exames laboratoriais de rotina.

Entenda como funciona a resistência à insulina

Resistência periférica à insulina ou simplesmente resistência à insulina se refere à dificuldade do organismo de metabolizar os carboidratos consumidos. Nesses casos, a quantidade de insulina liberada no organismo tende a ser maior que a necessária em condições normais.

De início, não há problemas com o pâncreas ou com a produção do hormônio. A resistência acontece quando os receptores das células não são capazes de reconhecer a substância e, por isso, não captam a glicose em excesso no sangue. O pâncreas tenta, então, produzir cada vez mais insulina para resolver essa falha.

Pacientes sedentários e acima do peso têm uma chance muito grande de desenvolver alta resistência periférica à insulina. Quando as duas situações estão combinadas, o problema é praticamente certo.

Quem apresenta essa condição começa a sofrer com o sono excessivo e com o baixo aproveitamento físico e mental. Dessa forma, todas as atividades que dependem da capacidade física ou psíquica do indivíduo tendem a apresentar baixo rendimento.

Saiba como a resistência à insulina se relaciona com o treino muscular

A resistência periférica à insulina é um grande limitador da capacidade física por ser um fator sinalizador de fadiga precoce. Isso gera uma baixa resistência ao esforço, mas que é vencida progressivamente, conforme se ganha condicionamento físico.

Indivíduos com esse problema se beneficiam muito da prática de exercícios físicos. O treinamento constante é fundamental para diminuir não só a resistência à insulina, como a ação da substância nos núcleos cerebrais que controlam a ansiedade, a agressividade, a compulsão e a percepção de recompensa, ajudando o paciente a controlar sua alimentação.

Outro ponto importante é que, quanto maior a intensidade da atividade física, maiores são os benefícios. Isso acontece porque o pâncreas secreta menos insulina até 72 horas após a sessão de treinamento, como consequência da translocação de transportadores de glicose causada pela contração muscular.

Contudo, para ter um bom resultado, é importante associar uma reeducação alimentar ao treinamento.

Conheça a importância dos suplementos no combate da resistência à insulina

Existe uma série de fitoterápicos e medicações que apenas combatem a resistência periférica à insulina, mas não são capazes de retroceder o quadro. O único fator apropriado para revertê-lo é o controle alimentar. Por isso, é fundamental que o paciente consulte um especialista.

Em geral, as pessoas que apresentam esta condição também manifestam outras alterações metabólicas. Por esse motivo, é aconselhável que o tratamento seja realizado em conjunto com nutricionista e o nutrólogo.

Há vários trabalhos que mostram o whey protein agindo como um saciador de apetite natural. Isso acontece porque o produto contém em sua composição uma substância chamada glicomacropeptídeo — um grande liberador de elementos análogos a GLP-1, que aumenta a saciedade e auxilia no controle da fome.

Além disso, estudos em obesos e indivíduos com sobrepeso mostraram que o uso do whey protein ajuda a proteger a massa magra nos processos de perda de peso, evitando a espoliação do tecido muscular. Isso melhora a capacidade física e aumenta o efeito multiplicador que o exercício tem nos processos de perda de gordura e de melhora do metabolismo energético.

6 passos para combater a resistência à insulina

Combater e, até mesmo, reverter o quadro de resistência à insulina é possível e relativamente simples. Com a mudança de alguns hábitos diários é fácil alcançar resultados satisfatórios. Confira, a seguir, alguns passos para combater o problema.

1. Praticar exercícios físicos

Como abordamos nos tópicos anteriores, essa é a melhor forma de combater a resistência e aumentar a sensibilidade à insulina, com efeito praticamente imediato. Para quem tem pouco tempo disponível ou quer resultados ainda melhores, o HIIT (High Intensity Interval Training), ou treino de alta intensidade intervalado, é uma ótima opção.

2. Perder gordura abdominal

A gordura abdominal faz com que as células adiposas produzam quantidades elevadas de substâncias inflamatórias que aumentam o risco de desenvolver resistência periférica à insulina.

Por isso, emagrecer e perder gordura — especialmente a que está na área abdominal — ajuda a combater o problema.

3. Parar de fumar

O consumo de tabaco é um dos fatores que podem causar a resistência à insulina, além de outros problemas de saúde. Por isso, parar de fumar auxilia no controle do problema.

4. Reduzir o consumo de açúcar 

Procure reduzir o consumo de alimentos industrializados ultra processados. Eles são ricos em açúcar e ajudam a agravar o quadro. Se possível, interrompa completamente a ingestão de refrigerante, por exemplo.

5. Ter uma alimentação saudável

Seguir uma dieta equilibrada e saudável é fundamental para combater, efetivamente, a resistência à insulina. Dê preferência aos alimentos de verdade, como frutas, verduras e legumes, e procure preparar suas próprias refeições.

Não deixe de incluir o ômega 3 na sua alimentação. Esse nutriente é capaz de reduzir os níveis de triglicérides no organismo — fator que se encontra sempre elevado em pessoas com resistência periférica à insulina.

6. Dormir melhor e reduzir o estresse

Dormir pouco e mal pode afetar a sua sensibilidade à insulina. Por esse motivo, procure diminuir o estresse diário e tente dormir com mais qualidade.

A resistência à insulina é uma das principais origens da síndrome metabólica, que resulta em doenças como sobrepeso, hipertensão arterial, diabetes, entre outras. Por outro lado, o problema pode ser aliviado ou completamente revertido com mudanças simples no estilo de vida.

Fonte: Max Titanium

Spirulina e seus benefícios para os atletas

Atletas de alto desempenho são geralmente indivíduos saudáveis. No entanto, seus regimes extenuantes podem, na verdade, ter um efeito negativo sobre o sistema imunológico, resultando em um aumento da vulnerabilidade a infecções, como as do trato respiratório superior. Como a redução dos níveis de exercício não é uma opção para esses atletas, uma possibilidade para manter a imunidade pode estar no uso de suplementos.

spirulina

Pensando nisso, um grupo de pesquisadores na Polônia investigou se a spirulina – um tipo de alga azul-verde que costuma crescer tanto em água doce quanto salgada –poderia ajudar o sistema imunológico de atletas de ponta. Dezenove membros da Equipe Nacional de Remo da Polônia do sexo masculino participaram do estudo que teve duração de seis e semanas foi realizado entre março e maio, como parte de um treinamento para remadores.

A metodologia do estudo foi a seguinte:

  • Dos 19 indivíduos, dez ficaram no grupo suplemento e nove no grupo placebo/controle.
  • Os indivíduos do grupo suplemento ingeriram uma cápsula de spirulina (contendo o extrato de Spirulina platensis, fabricado por GAL) antes de cada uma das três refeições diárias.
  • Os participantes do grupo placebo ingeriram cápsulas (visualmente idênticas às de spirulina) contendo gluconato de cálcio antes de cada uma das três refeições diárias.

No primeiro dia de treinamento, antes de qualquer suplementação, cada remador realizou uma prova contrarrelógio* de 2.000 m. Amostras de sangue foram coletadas antes da prova, um minuto depois e 24 horas após a prova.

No final das semanas de treinamento, depois do término da suplementação, cada remador repetiu exatamente a mesma prova de tempo e o protocolo de amostras de sangue.

Resultados da spirulina para atletas

Os resultados, publicados recentemente no Journal of the International Society of Sports Nutrition, demonstraram a eficácia da spirulina. Ao final de seis semanas, os resultados sugeriram que o sistema imunológico do grupo suplementado ganhou proteção contra os efeitos do exercício extenuante. Isso foi baseado no fato de que as contagens de células T [glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo] relacionadas permaneceram constantes para esse grupo após o período de seis semanas, enquanto um sistema imunológico enfraquecido teria mostrado uma mudança nessa contagem. Em contraste, o grupo placebo mostrou alterações não saudáveis nas contagens de células T após o período do estudo.

A mensagem para os atletas é que a spirulina pode realmente proteger o seu sistema imunológico contra os efeitos prejudiciais do exercício extenuante. Mais pesquisas são necessárias, no entanto, antes que um endosso definitivo sobre esse suplemento possa ser feito.

*De especial importância no ciclismo, na prova contrarrelógio o tempo do atleta é medido individualmente, ao invés de medido quando dentro de um grupo (pelotão). O vencedor é aquele que corre o percurso no menor tempo.

Fonte: Essential Nutrition