A leptina reverte as quedas na sensação de saciedade em humanos obesos que apresentam redução de peso

 

Indivíduos apresentando redução de peso ou deficiência de leptina possuem um menor gasto energético combinado a uma maior sensação de fome e/ ou saciedade atrasada,em comparação com indivíduos sem redução de peso. Devido ao fato de que a leptina exógena inibe a alimentação em humanos com deficiência congênita de leptina, a sinalização reduzida de leptina pode diminuir a expressão do controle da ingestão alimentar em seres humanos. Este estudo objetivou-se a testar a hipótese de que a redução da sinalização da leptina pode reduzir a expressão de saciedade em seres humanos, através da examinação dos efeitos da reposição da leptina sobre o comportamento alimentar após a perda de peso. Assim, dez indivíduos obesos (4 homens, 6 mulheres) participaram deste estudo e, hospitalizados, receberam a administração de uma fórmula líquida para manutenção de peso. A saciedade foi estudada através da mensuração da ingestão e classificações das disposições de apetite, relacionados 3 horas após a ingestão de 300 kcal da fórmula líquida. Os participantes foram estudados em cada um dos períodos de tempo de 3 horas: 1) enquanto mantiveram o seu peso usual (P inicial) e, em seguida, após a redução de peso e estabilização de 10% abaixo do peso inicial e enquanto receberam 5 semanas da fórmula ou placebo; 2) duas vezes ao dia quando receberam a administração de injecções de placebo (Pi-10% para o placebo); ou 3) “doses de reposição” de leptina (Pi-10% de leptina) em um estudo cruzado duplo-cego com um período de 2 semanas entre os tratamentos. O gasto energético também foi medido em cada período de estudo. Foi encontrado que tanto o gasto de energia e a pontuação na escala analógica visual que refletem saciedade foram significantemente menores nos participantes recebendoplacebo Pi-10%, do que aqueles do grupo 1 e 2. Os autores concluem que os resultados são consistentes com a hipótese de que a ausência de sinalização da leptina após a perda de peso podem atenuar a expressão da inibição da alimentação em seres humanos.

Referência bibliográfica:

KISSILEFF, H.R.; THORNTON, J.C.; TORRES, M.I.; et al. Leptin reverses declines in satiation in weight-reduced obese humans. Am J Clin Nutr; 95: 2 309-317, 2012.

Modulação nutricional do aumento da massa muscular através de alimentos e fitoterápicos

As taxas de síntese muscular proteica (SMP) são reguladas de acordo com os níveis de atividade física, a disponibilidade de nutrientes e o estado de saúde do indivíduo. O exercício de resistência e a ingestão de proteína são conhecidos estimuladores desse processo em humanos. Dentre os componentes proteicos envolvidos na SMP, os aminoácidos essenciais (AAE) destacam-se por estimular o processo sem afetar a proteólise. A insulina, por sua vez, reduz a degradação proteica com pequeno ou nenhum efeito significativo na SMP. Dentre os AAE, a leucina é o representante mais potente. Fontes dietéticas ricas em leucina (carne, leite, ovos, peixe) são capazes de aumentar a concentração de AAE plasmáticos, provocando uma forte resposta anabólica na SMP. A ação dos aminoácidos se dá, provavelmente, de maneira dose-dependente. Indivíduos com alto consumo de proteínas têm uma eficiência de utilização proteica reduzida. Desta forma, não há benefícios na ingestão de grandes quantidades desse nutriente na tentativa de aumentar o ganho de massa muscular. Diferentes tipos de proteínas (rápidas e lentas) podem modular diferentemente a resposta anabólica. O whey protein é digerido rapidamente e leva a um aumento grande, mas transitório, das proteínas sanguíneas, estimulando a SMP. Por outro lado, a caseína é considerada uma proteína lenta e não estimula a SMP, mas suprime a proteólise. Outros nutrientes como a creatina e o ômega-3 também têm demonstrado efeitos positivos no anabolismo do músculo esquelético. Estudos que confirmam a aplicação de fitoterápicos como o Tribulus terrestris no ganho de massa muscular são escassos ou não comprovam sua utilização.

Fonte: Revista Brasileira de Nutrição Funcional – 2012

Obesidade: Doença Inflamatória

A obesidade, principalmente a adiposidade visceral, está associada com uma inflamação crônica sistêmica de baixo grau, indicada pelo aumento dos marcadores inflamatórios. Indivíduos obesos apresentam níveis elevados desses marcadores quando comparados com indivíduos magros.

A inflamação sistêmica está relacionada com um aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 na obesidade. Estudos epidemiológicos mostram que a inflamação persistente é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares, derrame cerebral, diabetes e outras causas de mortalidade.

Os distúrbios metabólicos associados com a obesidade e a síndrome metabólica podem ser conseqüências da produção de citocinas pelos adipócitos. A inflamação crônica pode representar o gatilho da origem da síndrome metabólica: super-nutrição, inatividade física e o envelhecimento podem promover a hipersecreção de citocinas e eventualmente levar à resistência a insulina e diabetes em indivíduos geneticamente predispostos. O tecido adiposo é um órgão secretório ativo, que produz moléculas inflamatórias e imunes que podem estar envolvidas nas complicações relacionadas com a obesidade.

A perda de peso, alcançada por meio de uma dieta hipocalórica, melhora o perfil inflamatório de indivíduos obesos por meio da diminuição dos fatores pró-inflamatórios e aumento das moléculas anti-inflamatórias.

Considerando-se a ação das substâncias pró-inflamatórias, condições patológicas associadas à inflamação, como as alergias alimentares, podem estar envolvidas na patogênese da obesidade em indivíduos predispostos, já que os imunocomplexos alergênicos IgG e IgM potenciaizam o ambiente inflamatório.

Assim, o controle do processo inflamatório parece ser fundamental para a melhora da qualidade de vida de indivíduos obesos. Nesse contexto a Nutrição Clínica Funcional tem um papel fundamental na prevenção da síndrome metabólica, já que pode agir diretamente nos indicadores inflamatórios encontrados em pacientes obesos, melhorando principalmente os estados inflamatórios associados com as alergias alimentares.

Anuário Nutrição Clínica Funcional

Ano 6 – Edição nº27 – Outubro de 2005

Estresse Oxidativo, Contaminação Ambiental e Infertilidade Masculina

A infertilidade é definida como a incapacidade de um indivíduo conceber, ainda que mantendo relações sexuais sem proteção, durante 1-2 anos, e sua prevalência varia de forma significante em diferentes partes do mundo. A infertilidade afeta mais pessoas em países em desenvolvimento devido, primariamente, a doenças infecciosas que danificam o aparelho reprodutor. Mas, nas últimas décadas, a alteração do estilo de vida, com aumento do uso do cigarro, álcool e maior prevalência de obesidade, interferiu na fertilidade dos indivíduos, contribuindo para a redução da qualidade do sêmen, como alteração de motilidade e diminuição na contagem dos espermatozoides. As causas da infertilidade masculina ainda não estão completamente claras, e a maior parte dos estudos tem como amostra homens com infertilidade idiopática. No entanto, a hipótese mais estudada se relaciona com estresse oxidativo, seguida de contaminações ambientais. Nos mamíferos, para que os espermatozoides exerçam sua função fisiológica, é gerada uma variedade de espécies reativas de oxigênio (EROs), as quais, imagina-se, têm função durante a capacitação do esperma, a reação acrossômica e a fusão de oócitos. No entanto, quando a geração de EROs é maior que a capacidade de defesa antioxidante, ocorre o estresse oxidativo. O estresse oxidativo seminal apressa uma grande variedade de patologias, como a oligospermia (baixa concentração de espermatozoide), astenospermia (diminuição da motilidade dos espermatozoides) e teratospermia (alteração na morfologia dos espermatozoides), que podem interferir na função reprodutiva dos espermatozoides. Com base nisso, as principais recomendações nutricionais para o tratamento da infertilidade residem na utilização de substâncias antioxidantes e que atuam sobre a cadeia respiratória mitocondrial, visando diminuir os danos celulares e o DNA e melhorar o metabolismo energético. Nutrientes como Se, Zn, vitamina E, CoQ10, NAC e L-carnitina têm mostrado bons resultados no tratamento de homens com alteração na motilidade, morfologia e concentração de espermatozoides.

Revista Brasileira de Nutrição Funcional

Ano 11 – Edição nº45 – Junho de 2010

 

Constipação Crônica

Constipação Intestinal é um problema populacional um tanto difícil para definir, pois é necessário para isso, estabelecer os fatores etiológicos e patogênicos e, em seguida, os padrões fisiológicos dessa desordem. A definição mais aceita desde 1999, é a que define/diagnostica a constipação englobando parâmetros de freqüência evacuatória, consistência das fezes e dificuldade na evacuação. Diversos fatores, como causas nutricionais, medicamentosas, condições relacionadas ao ciclo da vida, fatores psicológicos e comportamentais, ignorar o reflexo de evacuação, entre outros, podem ser caracterizados como fatores responsáveis por esse sintoma, já que não se trata de uma patologia. Podendo ser classificada, a constipação intestinal crônica pode ser separada em constipação de trânsito intestinal normal, constipação com trânsito intestinal lento e desordens defecatórias, excluindo as causas endócrino-metabólicas, neurológicas e medicamentosas.

Para o tratamento deste estado, sugere-se o seguimento do programa terapêutico, chamado Programa dos 4R’s, que envolve 4 etapas básicas: remover, recolocar, reinocular e reparar, etapas estas que têm a finalidade de aliviar os sintomas e restaurar o aumento da permeabilidade intestinal.Estratégias terapêuticas como a Utilização de fibras dietéticas, Uso de prébioticos, probióticos e simbióticos, Destoxificação, Detecção de hipersensibilidade alimentar e eliminação dos alérgenos, Exclusão dos auto-medicamentos (laxantes), e outros tratamentos como hidrocolonterapia, atividade física e massagens abdominais são muito importantes no tratamento individual.

Contudo, houve avanços no entendimento das causas da constipação.Sendo mais importante, o reconhecimento dos diferentes processos fisiopatológicos e de que síndromes clínicas diferentes requerem terapêuticas diferentes.

Anuário Nutrição Clínica Funcional

Ano 7 – Edição nº33 – Abril de 2007

Nutrição Funcional e Câncer: Uma Abordagem Preventiva

A presença do câncer da humanidade é conhecida há milênios. Porém, aumentos constantes nas taxas de câncer começaram a ser observados após o século XIX, com a industrialização. Aproximadamente 35% dos diversos tipos de câncer ocorrem em razão de dietas inadequadas. Outros fatores tais como o tabagismo, a obesidade, a atividade física e a exposição a tipos específicos de vírus, bactérias e parasitas, além do contato freqüente com algumas substâncias carcinogênicas, como produtos de carvão e amianto, também podem ser citados. Vários estudos demonstram a efetividade da prevenção do câncer através da incorporação de hábitos alimentares, assim como agentes alimentares funcionais e fitoquímicos. Para a avaliação dos hábitos alimentares, é necessário realizar um inquérito alimentar habitual do paciente, além da realização de uma abordagem mais complexa do indivíduo abrangendo o seu histórico familiar e de doenças, exposição a agentes carcinogênicos, fatores antropométricos, físicos, emocionais e alimentares/ suplementares. Sendo assim, deve-se corrigir o consumo de alguns nutrientes e adequar a dieta às recomendações nutricionais vigentes. O emprego inadequado de alguns métodos de conservação de alimentos também pode ser considerado um fator de risco, principalmente, para os cânceres de estômago e de esôfago, como conservas, picles e defumados, contento grandes quantidades de nitratos e nitritos, ao serem consumidos rotineiramente. Estudos recentes apresentaram que a suplementação com betacaroteno ou com betacaroteno mais vitamina A foi prejudicial para indivíduos submetidos a alto risco para câncer de pulmão. No entanto, outro estudo mostrou que a suplementação com antioxidantes em baixas doses reduziu significativamente a incidência de câncer e a mortalidade em homens, porém, não em mulheres. Alguns autores concluíram que a relação ômega3/ ômega 6 pode reduzir significantemente a incidência de câncer. Há relatos de que a curcumina possui potente efeito anticarcinogênico. Os benefícios proporcionados das modificações do estilo de vida, incluindo as modificações dietéticas estão amplamente documentados, assim, a adoção de hábitos saudáveis, incluindo a alimentação constitui fator de prevenção contra o desenvolvimento de vários cânceres.

Nutrição Clínica Funcional

Ano 8 – Edição nº37 – Junho de 2008

Nutrição para Crianças Fisicamente Ativas

As crianças e adolescentes estão em fase de desenvolvimento, necessitando de nutrientes em qualidades e quantidades adequadas para este fim. Porém, quando essas crianças praticam uma atividade física, regularmente, há a necessidade de um maior cuidado com a alimentação afim de suprir todas as necessidades. Uma dieta adequada junto com a atividade física, otimiza todo o potencial genético de crescimento e desenvolvimento da criança, mas não incrementam ou diminuem significativamente os valores de estatura. A atividade física é importante não apenas para o bom crescimento e desenvolvimento, mas também para o jovem desenvolver sua coordenação motora e relação social, interagindo com o grupo, aprendendo limites com vitórias e derrotas. Assim é fundamental que o profissional Nutricionista estabeleça uma ingestão adequada dos macronutrientes (proteínas, carboidratos e lipídios) e dos micronutrientes (vitaminas e minerais) como cálcio e ferro fundamentais para o crescimento, além da correta hidratação, pois a criança ainda não têm o mecanismo termorregulatório muito bem adaptado como o adulto. Dentro deste contexto, é importante que o profissional possua parâmetros adequados para a avaliação do crescimento, do estado maturacional, da avaliação antropométrica e avaliação das necessidades energéticas, objetivando uma conduta dietoterápica adequado para essa faixa etária.

Nutrikids

Ano 3 – Edição nº11 – Junho de 2001

4 motivos para você comer abacate

Exterminador de gordura: o abacate é rico em gordura e, consequentemente, tem muitas calorias (160 em 100 gramas). Por isso nem pense em exagerar. Você deve, sim, incluí-lo no cardápio com frequência e em doses moderadas, sozinho ou em receitas leves. Esse é o segredo para ajudar a secar a barriga – poder que vem (adivinha!) da gordura, segundo estudo da faculdade de medicina da Universidade Harvard. Formada basicamente de ácido oleico (a mesma substância anti-inflamatória do azeite de oliva), a gordura do abacate reduz o risco de síndrome metabólica – desordem no metabolismo capaz de desencadear diabetes e ganho de peso.

Redutor de cortisol: outro componente da fruta que favorece o emagrecimento é a glutationa. “Essa substância, presente naturalmente no organismo, é reforçada pelo o abacate. Resultado: maior controle nos níveis de cortisol, o hormônio do stress que, em excesso no organismo, dificulta a perda de peso”, explica o nutricionista Sérgio Rosa, de São Paulo. Pior: faz você acumular gordura especialmente na barriga. A glutationa ainda tem ação detox – ou seja, contribui com o fígado na eliminação das toxinas.

Bloqueador de inflamação: mais uma substância do fruto do abacateiro, o beta-sitosterol age como um anti-inflamatório, fazendo com que as células do organismo exerçam melhor suas funções. Isso não só facilita a dieta como diminui o aparecimento de rugas precoces e celulite. A pele também fica mais bonita porque o abacate tem substâncias antioxidantes como as vitaminas A, C e E.

Inibidor de apetite: a gordura da fruta ainda aumenta a sensação de saciedade e adia a fome. Para obter esse efeito (lembre-se!), basta uma porção moderada – uma fatia fina na salada, por exemplo. Quando você acrescenta o abacate na refeição tem mais uma vantagem: aumenta a absorção do licopeno, famoso antioxidante presente principalmente no tomate. E quanto mais suprir seu organismo dessas substâncias, mais fácil aparece o resultado da dieta – e mais chapada fica a barriga!

Alergia Alimentar Tardia: Revisão de uma Realidade pouco Conhecida

O alimento é provavelmente a maior carga antigênica à qual um indivíduo está exposto ao longo da vida. Na prática clínica observa-se grande número de indivíduos que apresentam melhora em sintomas crônicos após a eliminação de alimentos específicos da dieta habitual.

As hipersensibilidades alimentares incluem qualquer reação anormal resultante da ingestão de um alimento. As alergias alimentares ocorrem de duas formas diferentes: reações fixas, imediatas e anafiláticas ou reações cíclicas, tardias e crônicas. As alergias alimentares tardias ocorrem com significativa freqüência, mas seguem insuspeitas devido à natureza tardia de sua manifestação clínica, não sendo corretamente diagnosticada e tratada. As hipersensibilidades alimentares aparecem em indivíduos geneticamente predispostos quando a tolerância oral cede ou falha em seu desenvolvimento normal.

Há duas principais hipóteses que podem explicar as manifestações locais e sistêmicas das alergias alimentares: Hipótese da absorção-deposição e Hipótese da resposta imune.

Diversas patologias de diferentes sistemas estão associadas com as hipersensibilidades alimentares: doença do refluxo esofágico em lactentes após a introdução do leite de vaca; Constipação intestinal crônica; Síndrome de enterocolite induzida por proteína alimentar; Síndrome do Intestino Irritável; urticária aguda; angioedema; dermatite herpetiforme; tosse; rouquidão; secreção na garganta; congestão nasal; asma; cefaléia sinusal; distúrbios de ansiedade e síndrome do pânico. Esclerose múltipla, diabetes mellitus tipo 1 (auto-imune), artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico são doenças com envolvimento de auto-imunidade e parecem estar associados à reação contra antígenos alimentares.

O diagnóstico da alergia alimentar fundamenta-se em três pontos: Suspeita diagnóstica de acordo com as manifestações clínicas; realização da dieta de eliminação dos alimentos suspeitos com desaparecimento das manifestações clínicas; teste de desencadeamento positivo.

Na dieta de eliminação, os alimentos suspeitos são eliminados por duas semanas, ou até que os sintomas desapareçam. Caso isso não ocorra, dietas mais restritivas podem ser implementadas. Os alimentos a serem eliminados são aqueles que comumente apresentam maior incidência de reações alimentares tardias. Todos os alimentos são eliminados de forma simultânea, por um período mínimo de 30 dias e, que via de regra, não necessita ser superior a 60 dias. Após o período de eliminação, deve-se realizar novo exame físico e clínico, para então se iniciar a reintrodução dos alimentos. Os alimentos podem ser reintroduzidos em grupos ou individualmente, sendo que cada um deve ser consumido pelo menos três vezes no mesmo dia, seguido por um período de três dias de exclusão, observando a ocorrência de sinais e sintomas.

A difusão do conhecimento da alergia alimentar tardia, e suas conseqüências, entre os profissionais de saúde e a população torna-se, por sua relevância, missão dos nutricionistas.

Anuário Nutrição Clínica Funcional

Ano 6 – Edição nº27 – Outubro de 2005

Papel Antioxidantes no Controle do Estresse Oxidativo e Inflamação na Insuficiência Cardíaca

A insuficiência cardíaca (IC), mesmo que retardada após os avanços dos tratamentos de paciente com hipertensão e que sofreram infarto do miocárdio, se tornou umas das principais causas de morbimortalidade na atualidade. Com isso, estudos evidenciam que mecanismos imunológicos, inflamatórios e estresse oxidativo apresentam um papel significante na patologia e progressão da IC. Porém poucos estudos discutem a modulação dos mediadores de estresse oxidativo e inflamação através de nutrientes, via dieta ou suplementação.E, pacientes com IC apresentam um aumento das necessidades nutricionais, uma vez que a maioria destes são idosos, ou seja, mais propensos a problemas nutricionais.

O estresse oxidativo- inflamação torna- se um ciclo vicioso já que toda vez que existe uma inflamação ocorre à ativação do sistema imune. Desta forma, a principal função do sistema de defesa antioxidante é inibir ou reduzir os danos causados às células.

Em outros estudos realizados com a suplementação de micronutrientes com função oxidante em pacientes com IC, houve uma melhoram função ventricular e um aumento do escore de qualidade de vida. Entretanto, é muito importante conhecer a cascata de interação entre os antioxidantes e o limite máximo de segurança com a sua utilização, para não ter como resultado da não efetividade dos mesmos ou ainda, efeitos prejudiciais. 

Contudo, sabendo que a IC apresenta um aumento no estresse oxidativo favorecendo um estado pró-inflamatório, a restauração de uma ingestão adequada de antioxidantes como estratégia terapêutica não medicamentosa é de grande importância e deve ser atingida através de acompanhamento nutricional,desmistificando consensos de que o papel da Nutrição em pacientes com IC limite-se ao controle da ingestão de sal ou água ou  ao valor calórico da dieta.

Anuário Nutrição Clínica Funcional

Ano 7 – Edição nº33 – Abril de 2007