Gengibre

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É muito provável que, ao estar resfriado, você já tenha recebido a seguinte orientação: “prepara um chá de gengibre” Há registros de que indicações como essa, ligadas à saúde ou então dicas culinárias que envolvam gengibre vêm sendo discutidas e disseminadas desde 200 anos antes de Cristo.

Suas origens vêm da China e Índia, onde o condimento ganhou espaço. O povo grego  Utilizava o gengibre antes de uma grande festa, eles tinham por hábito comer pão com gengibre para evitar possíveis náuseas causadas pelos “exageros” festivos. Já os marinheiros chineses costumavam ingerir gengibre para prevenir o enjoo durante as travessias.

BEM-ESTAR NO DIA A DIA

Em sua essência o gengibre é uma raiz que possui mais de 400 princípios ativos descongestionantes, expectorantes, digestivos e tônico. Resultados clínicos identificaram que sintomas como gripes, tosses, náuseas, gases, dores de estômago e enjoos podem ser minimizados com o auxílio do gengibre.

No caso do alívio de enjoos, outro ponto a favor é o fato de ele não produzir efeito sobre o sistema nervoso central, apenas sobre o sistema digestivo, ao contrário da maioria dos remédios utilizados para esse fim.

O National Institutes for Health (NIH) publicou pesquisa em relação ao auxílio do gengibre na redução das cólicas abdominais no período menstrual das mulheres. As participantes ingeriram durante três dias, quatro vezes ao dia, 250 mg de gengibre. Do total de participantes, 62% relataram que as dores foram minimizadas.

Em outro estudo foram entrevistadas pessoas com osteoartrite,doença degenerativa das articulações, e o gengibre mostrou-se mais uma vez eficaz na redução das dores. Os participantes ingeriram continuamente 250 mg de extrato de gengibre, quatro vezes ao dia, e após três meses de tratamento as dores suavizaram.

NÁUSEAS INDUZIDAS POR QUIMIOTERAPIA

Um dos efeitos colaterais mais comuns durante o tratamento quimioterápico para o câncer é a produção de náuseas. Gengibre já é conhecido como um remédio natural para náuseas por conter oleoresinas, substâncias que têm um efeito na musculatura do aparelho digestivo, além de seu efeito anti-inflamatório.

Em 2009 mais de 600 pacientes com câncer documentaram melhora da náusea induzida pela quimioterapia em 40% dos casos. Um estudo de 2012 avaliou qual a melhor dose de extrato de gengibre para ter um efeito adequado para náuseas. Neste estudo, foi dado aos pacientes 0,5 grama, 1 grama e 1,5 grama de gengibre dividido em duas vezes ao dia por 6 dias, começando 3 dias antes da infusão da quimioterapia. As doses mais efetivas foram de 0,5 a 1 grama de e!rato de gengibre, com resultados bastante significativos.

Embora os resultados com o gengibre sejam satisfatórios, há relatos de efeitos colaterais leves associados ao uso – como diarreia, azia e desconforto no estômago. Portanto, principalmente no caso de gestantes, portadores de pedras na vesícula e diabéticos, é necessário consultar um médico para avaliar se a ingestão é segura.

GENGIBRE PARA PERDA DE PESO

Conforme a publicação da Advanced Nutrition: The Macronutrients, da autora Carolyn Berdanier, o gengibre possui a capacidade de acelerar o metabolismo entre 2% e 5% e, consequentemente, queimar calorias. A substância responsável pela ação termogênica, que mantém o metabolismo acelerado para obter a maior queima calórica, é o gingerol. As propriedades termogênicas são potencializadas quando, junto ao gengibre, são acrescentados açafrão, alho, canela ou pimenta.

Naturalmente, a ingestão de gengibre auxilia na perda ou manutenção do peso, porém, para tornar-se plenamente eficaz, é necessário aliar essa estratégia à prática de exercícios físicos, sem esquecer-se de adotar hábitos alimentares saudáveis. O esforço para firmar parceria entre essas três medidas é extremamente válido, afinal o tempo para atingir o resultado esperado reduzirá significativamente.

MODOS DE USO TERAPÊUTICO DO GENGIBRE

É possível aplicá-lo e/ou ingeri-lo de variadas formas, conforme o sintoma que se pretende aliviar:

– Chá com a raiz da planta: febre, resfriado e tosse.

– Compressas quentes com óleo: sintomas de artrite, gota, cólicas menstruais, dores de cabeça e na coluna.

– Escalda-pés com raiz em pedaços: cansaço.

– Massagens com óleo: problemas de coluna e de articulações, músculos cansados e cãibras.

– Mastigar pedaços em forma de cristais: tosse, resfriado, bronquite, rouquidão, asma e inflamações na garganta.

– Extrato concentrado: náuseas de quimioterapia ou de movimento.

Referências:

1 Medline Plus. U.S. National Library of Medicine. National Institutes for Health (NIH).

2 Food.com. Disponível em: http://www.food.com/library/ginger-166

3 Mansour MS, Ni YM, Roberts AL, Kelleman M, Roychoudhury A, St-Onge MP.Ginger consumption enhances the thermic effect of food and promotes feelings of satiety without affecting metabolic and hormonal parameters in overweight men: a pilot study. Metabolism. 2012 Oct;61(10):1347-52.

4 “Advanced Nutrition: Macronutrients, Micronutrients, and Metabolism”; Carolyn D. Berdanier; 2009.

5 Live Strong. May-Jun-Jul, 2011.

Habib, S.H.M. Ginger Extract (Zingiber Officinale) has Anti-Cancer and Anti-Inflammatory Effects on Ethionine-Induced Hepatoma Rats. Clinics. 2008 December; 63(6): 807–813.

6 Brent A. Bauer, M.D. To Mayo Clinic Interview: Can taking ginger for nausea reduce or eliminate nausea and vomiting caused by chemotherapy?

  • Ryan JL, et al. Ginger (Zingiber officinale) reduces acute chemotherapy-induced nausea: A URCC CCOP study of 576 patients. Supportive Care in Cancer. In press. Accessed Aug. 5, 2011.
  • Pillai AK, et al. Anti-emetic effect of ginger powder versus placebo as an add-on therapy in children and young adults receiving high emetogenic chemotherapy. Pediatric Blood & Cancer. 2011;56:234.
  • Ginger. Natural Medicines Comprehensive Database. http://www.naturaldatabase.com. Accessed Aug. 16, 2011.
  • Ryan JL, et al. Ginger for chemotherapy-related nausea in cancer patients: A URCC CCOP randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial of 644 cancer patients. Journal of Clinical Oncology. 2009;15(suppl):9511.
  • Zick SM, et al. Phase II trial of encapsulated ginger as a treatment for chemotherapy-induced nausea and vomiting. Support Care Cancer. 2009;17:563.
  • Bauer BA (expert opinion). Mayo Clinic, Rochester, Minn. Aug. 18, 2011.

7 University of Maryland Medical Center. Disponível em: http://umm.edu/health/medical/altmed/herb/ginger#ixzz2XRrHEmdt

 

Couve não é o vegetal mais saudável do mundo

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Você já teve um membro da família que sempre parecia ofuscar todos os outros? Assim é o agrião. Não existe tal coisa como um “alimento perfeito”, mas o agrião pode ser considerado um superalimento devido ao seu alto valor nutricional.

Baseado no índice de densidade de nutrientes agregados (sigla em inglês, ANDI), uma classificação de valor nutricional por caloria, o agrião tem uma pontuação nutricional excelente. Basicamente, isto significa quanto de nutrição que um alimento pode conter, sem que afete a sua cintura. O agrião recebeu a pontuação 100, estando a frente de alimentos como couve (49) e couve-flor (25).

Aqui estão os cinco principais benefícios do agrião para a saúde:

1. Potencial de combate ao câncer

Excelente fonte de impulsionadores do sistema imunológico, vitaminas A e C, e contendo altos níveis de antioxidantes, o agrião pode diminuir a inflamação e evitar que as células cancerosas se espalhem. Contém isotiocianatos, compostos que ajudam o corpo a desintoxicar-se de produtos químicos que causam câncer.

Um estudo de 60 fumantes e não-fumantes descobriu que a adição de 1 1/2 xícaras de agrião cru em suas dietas, por dois meses, reduziu o dano ao DNA e aumentou os níveis de antioxidantes no sangue, reduzindo potencialmente o risco de câncer. Em vários estudos, foi apontado que o consumo regular de vegetais crucíferos como o agrião está ligado a um menor risco de cânceres da bexiga, pulmão, próstata e mama. O agrião também pode ajudar a prevenir danos às células saudáveis durante o tratamento do câncer.

2. Saúde Óssea

Excelente fonte de vitamina K e cálcio, nutrientes necessários para ossos fortes.

3. Saúde do Coração

O agrião pode ajudar a prevenir doenças do coração, diminuindo os níveis de triglicerídeos. É também rico em nitratos, compostos que podem reduzir a pressão arterial.

4. Prevenção e Gestão de Diabetes

Rico em um antioxidante chamado ácido alfa-lipóico (ALA), que pode ajudar a melhorar a sensibilidade das células à insulina e reduzir os níveis de açúcar no sangue, como também ajudar a diminuir a neuropatia ou dano do nervo (uma complicação comum do diabetes).

5. Saúde dos Olhos

O agrião é rico em luteína e zeaxantina, fitoquímicos que impedem a catarata e degeneração macular.

Como comprar:

Procure agrião com folhas verdes escuras (não começando a amarelar). Mantenha-o na geladeira com as hastes em um copo de água e coberto para durar mais tempo.

O agrião tem um sabor leve, picante, tornando-se uma excelente alternativa para as pessoas que não gostam do sabor amargo da rúcula ou couve. Excelente em sanduiches, saladas, vitaminas, massas, sopas ou cozidos no vapor com limão.

Considere utilizar o agrião em marinadas: ele é rico em clorofila, que pode ajudar a prevenir a formação de substâncias cancerígenas ao grelhar a carne, peixe e aves a altas temperaturas.

Fonte:http://www.huffingtonpost.ca/christy-brissette-msc-rd/the-worlds-healthiest-veg_b_9630088.html?ncid=fcbklnkushpmg00000032

Amidos resistentes melhoram as bactérias do intestino: como comer carboidratos e ainda perder peso

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Os carboidratos podem ser confusos, especialmente quando certas dietas são projetadas para bani-los. Quase metade de todos os americanos que tentam perder peso estão limitando ativamente a sua ingestão de carboidratos. Mas, de acordo com o Dr. Mark Hyman, se você escolher os carboidratos certos, eles podem mudar o seu microbioma intestinal para melhor, e assim tornar seu corpo mais saudável, mais magro.

As frutas, legumes, açúcares, pães e massas são todos carboidratos que fornecem a seu corpo energia para funcionar corretamente. Mas quando você os ingere demasiadamente, o corpo começa a armazenar a maior parte de suas calorias em vez de usá-las (queimar) como energia. Os carboidratos refinados (pães brancos e doces) são absorvidos rapidamente na corrente sanguínea, convertidos em energia, e levados para as células pelo hormônio insulina.

Por outro lado, os carboidratos resistentes são enviados diretamente para o intestino grosso. O Dr. Hyman explica que o processo mais lento de digerir esses alimentos melhora o metabolismo do corpo, estabiliza os níveis de açúcar no sangue e aumenta as bactérias intestinais saudáveis. Em última análise, as nossas células são feitas de células microbianas, que são influenciadas por aquilo que comemos. De acordo com o Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável, as bactérias que vivem em nosso trato intestinal prosperam a partir de alimentos coloridos saudáveis, e nos ajudam a lutar contra a obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, doenças autoimunes, e certas formas de câncer.

“Considere o amido resistente como sendo adubo para as suas bactérias intestinais saudáveis (microbioma intestinal), as quais estão profundamente conectadas a quase todas as partes da sua saúde”, Hyman, diretor médico do Centro Clínico de Medicina Funcional de Cleveland, escreveu em um editorial do Huffington Post. “À medida que o amido resistente entra em seu intestino, centenas de espécies de bactérias digerem ou o fermentam. A partir desse processo, esses microscópicos aliados criam muitos compostos benéficos.”

Adicione amido resistente à sua dieta

Comer carboidratos complexos em abundância, tais como brócolis, berinjela, abobrinha, feijão verde, bananas, alcachofras, cebola, alho, alho-poró e aspargos, pode ajudar a alimentar as bactérias boas e matar de fome as bactérias más. Para aqueles que não conseguem ficar sem comer batatas, massas e arroz, a conversão do amido através de seu reaquecimento pode ajudar.

Em 2015, investigadores apresentaram um método novo, mais saudável para cozinhar arroz que corta a quantidade de absorção de calorias pelo corpo em 50 a 60%, por meio do aumento da concentração de amido resistente. Os investigadores testaram 38 diferentes tipos de arroz – alimento básico para mais da metade da população mundial – e descobriram que quando cozidos com óleo de coco por 40 minutos e, em seguida, refrigerados por 12 horas, o processo aumentava o conteúdo de amido resistente.

Esta técnica também pode ser usada para batatas ou massas, por exemplo. Uma vez que o amido esfria imediatamente após seu cozimento, ele começa a agir mais como uma fibra do que um carboidrato refinado, o que impede picos nos níveis de açúcar no sangue. Depois de comer amidos resistentes regularmente, Hyman diz que as boas bactérias do intestino vão se tornando máquinas ideias de processamento de nutrientes no organismo.

“Quando suas bactérias prosperam, elas podem replicar, produzindo vitaminas, regulando os seus hormônios, excretando toxinas e criando compostos de cura que mantêm o seu intestino saudável e funcionando corretamente”, escreveu. “Por outro lado, as bactérias maléficas e o crescimento de levedura sobrecarregam o sistema com toxinas que posteriormente provocam inflamação, resistência à insulina, pré-diabetes e, finalmente, o ganho de peso.”

Fonte:http://www.medicaldaily.com/eat-healthy-fruits-and-vegetables-video-game-385419

Entenda o que são aminoácidos e como funcionam as proteínas

proteínas

Muito tem se falado sobre o uso de proteínas e aminoácidos como forma de suplemento para ganho de massa muscular e otimização da função imune. Mas quando paramos para pensar nos vem aquela infinidade de dúvidas e curiosidades de como que meu corpo utiliza essas proteínas em prol do seu benefício.

Dê uma maneira análoga podemos comparar nossas proteínas a uma construção. Cada parede dessa construção chamaremos de proteína e cada tijolo denominaremos aminoácidos. Acontece que os tijolos dessa grande construção você conseguiu de 2 maneiras: ou você comprou (aminoácidos essenciais – provenientes de dieta) ou você herdou, tendo-os consigo desde quando você nasceu (aminoácidos não essenciais – sintetizado pelo corpo). Ao todo você tem milhares de tijolos disponíveis para construção, porém de distintas marcas. Dos tijolos que você herdou você tem 13 marcas (aminoácidos) disponíveis: alanina, ácido aspártico, ácido glutâmico, arginina, asparagina, glutamina, glicina, ornitina, prolina, serina, taurina, cisteína e tirosina. Já dos tijolos que você comprou você tem 9 diferentes marcas (aminoácidos): histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina.

Então vamos à construção! Tijolo após tijolo será colocado formando uma parede. Mas as marcas dos tijolos estão misturadas, o que significa que uma parede não será exatamente como a outra. Cada parede terá uma ordem de tijolos diferentes. No corpo as coisas acontecem muito semelhantes. É possível formar uma diversidade de proteínas com todos os aminoácidos citados, com funções, tamanhos, formas, composições e números de aminoácidos distintos. Levando-se como regra que para se obter uma proteína é necessário no mínimo 50 aminoácidos (abaixo dessa quantidade chamamos de peptídeos), mas essa estrutura pode chegar a ter mais de 30.000 aminoácidos.

O corpo recebe os aminoácidos essenciais provenientes da alimentação e suplementação e irá montar uma estrutura proteica junto com os aminoácidos não essenciais de acordo com sua necessidade. Retirando a água do nosso corpo, praticamente 75% da nossa massa é constituída de proteínas/aminoácidos e elas são indispensáveis para crescimento e reparação de tecidos como músculo, pele, cabelos, ossos.Então dá para ter uma noção a grandiosidade e importância que se tem as proteínas. Elas são fundamentais para nosso crescimento e desenvolvimento e estão presentes na grande maioria dos nossos processos endógenos.

Quando nos exercitamos ocorrem microlesões no músculo e para repará-las o corpo utiliza-se dos aminoácidos proveniente das proteínas para corrigir a lesão e promover o ganho de massa muscular.Na falta de aminoácidos para repor essas lesões ou em casos de uma dieta muito restritiva seu corpo retira os aminoácidos dos músculos e você perde massa magra (catabolismo muscular). Acontece também do nosso corpo perder massa muscular num processo natural denominado sarcopenia, que aumenta gradativamente conforme a idade, justificando a importância da ingestão de proteínas, seja por meio da alimentação como pela suplementação.

Mas como mencionado, os aminoácidos não estão focados apenas na reparação e construção muscular. No sistema imune, por exemplo, a formação de anticorpos dependem dos aminoácidos. Ainda podemos destacar a importância dos aminoácidos na produção de neurotransmissores como serotonina, na síntese de hormônios, na formação de óxido nítrico a partir da arginina entre tantas outras funções.

Assim como uma grande construção necessita de tijolos em abundância e de qualidade, o corpo precisa de aminoácidos para exercer sua plena atividade. Esses aminoácidos podem ser provenientes de uma dieta balanceada ou de suplementações proteicas, como whey Protein, proteína da carne, proteína vegetal ou até mesmo a ingestão de aminoácidos livres como a glutamina, leucina, BCAA entre outros. Por isso não deixe sua obra ser embargada por falta de tijolos.

EFEITOS DE DOSES ELEVADAS DE VITAMINA D3 NO INTESTINO ASSOCIADO AO MICROBIOMA DA MUCOSA INTESTINAL E AVALIADO EM DIVERSAS PORÇÕES DO TRATO GASTROINTESTINAL HUMANO

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AUTORES: Mina Bashir, Barbara Prietl, Martin Tauschmann, Selma I. Mautner, Patrizia K. Kump, Gerlies Treiber, Philipp Wurm, Gregor Gorkiewicz, Christoph Högenauer, Thomas R. Pieber
REVISTA: European Journal of Nutrition – Julho/2015

Objetivo
A vitamina D já é bastante conhecida pelos seus efeitos na mineralização óssea mas também tem sido destacadas as suas propriedades imunomoduladoras. Ela influencia positivamente a saúde humana, mas dados in vivo que descrevam os efeitos da vitamina D sobre o microbioma intestinal humano são escassos. Nosso objetivo foi investigar os efeitos da suplementação oral de vitamina D3 no microbioma, mucosa intestinal e fezes humanas, bem como sua influencia nas células T CD8+, em voluntários saudáveis.

Métodos
Esse foi um estudo piloto de intervenção open-label. Dezesseis voluntários saudáveis (7 mulheres, 9 homens) foram endoscopicamente examinados para avaliar um total de 7 locais. Foram amostrados estômago, intestino delgado, cólon e fezes antes e após 8 semanas de suplementação de vitamina D3. A composição bacteriana foi avaliada por pirosequenciamento do gene de rRNA 16S (V1-2), e as contagens de células T CD8 + foram determinados por citometria de fluxo.

Resultados
A suplementação de vitamina D3 mudou o microbioma intestinal no TGI superior (corpo gástrico, antro e duodeno). Encontramos uma diminuição relativamente abundante da Gammaproteobacteria incluindo Pseudomonas spp e Escherichia / Shigella spp e aumento das bactérias benéficas. Não ocorreram alterações significativas no íleo terminal, orifício do apêndice, cólon ascendente, cólon sigmoide e ou nas fezes, mas a fração de células T CD8 + foi significativamente aumentada no íleo terminal.

Conclusão
A vitamina D3 modula a microbiota intestinal do TGI, o que pode explicar a sua influência positiva sobre as doenças gastrointestinais, tais como doença inflamatória do intestino ou infecções bacterianas. Os efeitos locais da vitamina D demonstram diferenças regionais acentuadas na resposta do microbioma gastrointestinal a fatores externos, que devem ser considerados em futuros estudos que investigam o microbioma humano.

A SUPLEMENTAÇÃO DE GINGER NA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA: UM ESTUDO PILOTO RANDOMIZADO, DUPLO-CEGO, CONTROLADO POR PLACEBO

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AUTORES: Mehran Rahimlou, Zahra Yari, Azita Hekmatdoost, Seyed Moayed Alavian, Seyed Ali Keshavarz
REVISTA: Journal Hepatitis Monthly – janeiro/2016

Contexto
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma das doenças hepáticas crônicas mais comuns em todo o mundo. A patogênese da doença está intimamente associada à obesidade e resistência à insulina. Gengibre pode ter efeitos hipolipemiantes e antioxidante, e agir como um sensibilizador de insulina.

Objetivos
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da suplementação de gengibre na DHGNA.

Pacientes e Métodos
Em um estudo duplo-cego, clínico randomizado, controlado por placebo, 44 ??pacientes com DHGNA foram selecionados para ingerir duas gramas por dia de suplemento de gengibre ou placebo, durante 12 semanas. Em ambos os grupos, os pacientes foram orientados a seguir uma dieta modificada e programa de atividade física. Os parâmetros e indicadores de lesão hepática metabólica foram medidos no início do estudo e após as 12 semanas.

Resultados
A suplementação com gengibre resultou numa redução significativa da alanina aminotransferase (ALT), ?-glutamil transferase (Gama-GT), citocinas inflamatórias, bem como no índice de resistência à insulina e grau de esteatose hepática em comparação com o placebo. Não foi encontrado qualquer efeito significativo da ingestão de suplementos com gengibre na fibrose hepática e no índice de aspartato aminotransferase (AST).

Conclusões
Doze semanas utilizando dois gramas de suplementação com gengibre mostrou efeitos benéficos sobre DHGNA. Estudos adicionais são recomendados para avaliar os efeitos da suplementação em longo prazo.