Adoçante de Stevia é saudável?

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Originária da América do Sul, a stevia é uma planta com uma longa história de uso como adoçante. Os indígenas Guarani a usavam para tirar o amargor de seus remédios e adoçar sua erva mate e seu poder adoçante pode ser até 300 vezes maior que o açúcar.

Hoje a stevia é cultivada na Ásia, como também em partes do Caribe e da América do Norte e Israel, além de seu local geográfico originário.

O extrato das folhas da stevia é constantemente investigado e surgem evidências científicas dos seus benefícios em pacientes com açúcar elevado no sangue/resistência à insulina e pressão alta.1-3 Neste caso, pacientes diabéticos, e aqueles interessados em reduzir os níveis de açúcar na dieta seriam beneficiados pela substituição do açúcar pela stevia.

Para comprovar sua segurança, pesquisadores chineses buscaram avaliar em um novo estudo a toxidez do extrato da Stevia. Para testar a genotoxidade (ação nociva que afeta a integridade de uma célula de material genético) foram feitos ensaio de mutação reversa bacteriana, ensaio de micronúcleo de medula óssea e ensaio de malformação de esperma de camundongos. Para testar a toxidade subcrônica oral, foi feito um experimento de alimentação por 90 dias.4

Segundo os pesquisadores, o extrato de stevia passou em todos os testes. Ou seja, continuam recomendando a stevia como um adoçante seguro e pode ser utilizada em alimentos funcionais, bem como medicamentos,No entanto, ressaltam a importância da qualidade e procedência da matéria-prima.

Referências:

1- Ulbricht C, et al. An evidence-based systematic review of stevia by the Natural Standard Research Collaboration. Cardiovasc Hematol Agents Med Chem. 2010. Doi:10.2174/187152510791170960

2- Chatsudthipong V; Muanprasat C. Stevioside and related compounds: therapeutic benefits beyond sweetness. Pharmaco Ther. 2009. Doi:10.1016/j.pharmthera.2008.09.007

3- Goyal SK, et al. Stevia (Stevia rebaudiana) a bio-sweetener: a review. Int J Food Sci Nutr. 2010. Doi:10.3109/09637480903193049

4- Zhang Q, et al. Toxicological evaluation of ethanolic extract from Stevia rebaudiana Bertoni leaves: Genotoxicity and subchronic oral toxicity. Regulatory Toxicology and Pharmacology, 2017. Doi:10.1016/j.yrtph.2017.03.021

Suplementos Pré-Treino: Como escolher o seu!

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Levantar cedo para treinar antes de iniciar as atividades diárias ou após um longo dia de compromissos profissionais, horas de trânsito, estresse e alimentação nem sempre equilibrada, podem tornar os treinos um desafio. Nesses momentos, uma nutrição inteligente ou funcional pode ser uma grande aliada para nos mantermos motivados e, assim, alcançarmos os resultados esperados.

O que você ingere antes ou depois dos treinos ajuda a determinar de que maneira o seu corpo e mente trabalharão e como utilizarão a energia fornecida ou acumulada.

Quando os treinos são intensos, ou quando o corpo e a mente precisam de uma ajuda, alguns macronutrientes, fitonutrientes e substâncias estimulantes, conhecidos como pre-workout ou pré-treino, podem restabelecer os ânimos e contribuir com seu desempenho na atividade física.

O mercado de suplementos Pré-treino se tornou popular nos últimos anos para atender a grande demanda de pessoas que têm uma rotina atarefada e não querem abrir mão da prática do esporte ou de seus treinos regulares. No entanto, muitos desses suplementos não têm a simpatia de médicos e nutricionistas. Isso porque, em sua maioria, as fórmulas contêm, dentre seus componentes, carboidratos simples de alto índice glicêmico, adoçantes artificiais e substâncias estimulantes proibidas ou altamente prejudiciais à saúde.

Com base nisto, a dúvida que fica é: o que é um bom pré-treino? Quais são as substâncias que podem nos auxiliar de maneira segura sem causar efeitos indesejáveis?

Como escolher as que trazem os melhores resultados físicos? Aqui, detalhamos algumas das melhores opções de substâncias que podem ser utilizadas como pré-treino, seus benefícios e funcionalidades.

Palatinose

Palatinose é a isomaltulose patenteada um carboidrato que disponibiliza energia gradual e prolongada aos músculos e cérebro devido à sua lenta, mas completa metabolização. Apresenta baixo índice glicêmico (IG 32) e insulinêmico, ou seja, não gera picos de glicose e insulina no sangue.

COMO FUNCIONA: o fluxo constante de energia proporcionado pela Palatinose prevê o esgotamento antecipado das reservas de glicose durante o treino, o que pode causar fadiga repentina, perda da concentração e do desempenho. Outro benefício de grande importância é a promoção da queima de gordura corporal. De acordo com estudos clínicos, a proporção de energia proveniente da mobilização da gordura foi até 25% maior em pessoas que utilizaram Palatinose, quando comparada a das que utilizaram um carboidrato de alto IG. O pico de insulina alcançado após o consumo de carboidratos de alto índice glicêmico (como a dextrose e a maltodextrina) é um dos elementos que contribuem para o aumento do peso corporal, já que a elevada disponibilidade de insulina no sangue inibe a lipólise (queima de gordura).

PARA QUE SERVE: o uso de carboidratos de liberação lenta está indicado para manter a performance e disposição para se fazer uma atividade física por mais tempo. Pessoas que apresentam fadiga precoce após os 20 a 30 minutos de treinamento também podem se beneficiar. Atletas que fazem práticas muito prolongadas (como triatletas, maratonistas e escaladores) idealmente precisam repor carboidratos para manter a energia e evitar a fadiga.

Creatina 

creatina é um composto inicialmente produzido a partir de 3 aminoácidos (L-glicina, L-arginina e L-metionina) e armazenada predominantemente nos músculos esqueléticos (cerca de 95%). A demanda diária de creatina que o corpo precisa para manter seu pleno funcionamento varia de 1 a 3g, a qual pode ser obtida através de alimentos de origem animal, como carne vermelha, aves e ovos, ou através da produção endógena. Uma vez que as principais fontes de crea­tina são de origem animal, a sua suplementação pode ser uma importante alternativa para vegetarianos e veganos.

COMO FUNCIONA: uma vez dentro das células, a creatina é convertida em fosfocreatina que se torna uma grande reserva prontamente disponível para a produção de ATP (energia da célula). Quando os músculos utilizam esse ATP de forma rápida e intensa, a não disponibilidade de creatina pode ser um fator limitante para a produção de energia. A suplementa­ção de 20g/dia de creatina em curto prazo (5 a 7 dias) aumenta a sua reserva total em até 30% e a reserva de fosfocreatina em até 40%; além disso, estudos demonstraram que ocorre uma melhora de até 15% na força máxima, diminuição de lactato, rápida rege­neração de ATP e aumento do desempenho neuro­muscular. Sob doses de manutenção, em média de 3 a 5g/dia por tempo prolongado (60 dias), resulta em aumentos de força máxima (até 25%), massa livre de gordura, número de repetições nas séries realizadas e massa muscular.

PARA QUE SERVE: as atividades físicas de explosão ou de alta intensidade, que necessitam de energia rápida, são as que melhor se beneficiam do uso de creatina. Outro benefício reconhecido é a velocidade de recuperação muscular após um treino. A presença de níveis adequados de creatina, ou seu uso logo após um treino intensivo, faz que no dia seguinte já se tenha maior disposição energética para voltar a treinar.

D-Ribose

D-ribose é uma pentose (monossacarídeo de cinco carbonos) de zero índice glicêmico (IG). Componente fundamental na formação dos principais constituin­tes das células, como o RNA e DNA, além do ATP. É produzida por alguns órgãos do corpo como o fígado, coração, cérebro e tecidos musculares, mas apenas o suficiente para as necessidades básicas.

COMO FUNCIONA: diferentemente da Palatinose™, este carboidrato simples é de rápida absorção pelas células (95%) e passa diretamente para a corrente sanguínea, servindo assim de substrato para a produção de ATP, muito importante para os exercí­cios extenuantes.

PARA QUE SERVE: seu papel como suplemento ener­gético precursor da formação de ATP torna a D-ribose um excelente nutriente para a utilização por todas as pessoas que necessitam de um aporte rápido de energia. Estudos clínicos mostram que a sua suplementação melhora signi­ficativamente a força e a resistência física e pode diminuir o tempo de recuperação muscular, pois refaz rapidamente os níveis energéticos intracelulares, reduzindo câimbra, fadiga e dor tardia.

A D-ribose pode trazer benefícios para pacientes com fibro­mialgia e cardiopatas. Seu uso por diabéticos e por pacientes com hiperuricemia (excesso de ácido úrico no sangue) deve ser acompanhado por um médico.

MCT 

Os triglicerídeos de cadeia média (TCMs) são um tipo de gordura saturada benéfica em que os ácidos graxos têm de 6 a 12 carbonos, onde se destacam os ácidos caprílico (C8), cáprico (C10) e láurico (C12), como os componentes principais e mais importantes.

COMO FUNCIONA: por apresentarem uma cadeia de triglicerídeos menor, a digestão e absorção dos TCMs não estimula a liberação da bile (sais biliares) e não requer a ação das enzimas lipases, ou seja, diferente de outros tipos de gordura, os TCMs são facilmente absorvidos, já que atravessam a mucosa intestinal e são diretamente transportados do intes­tino para o fígado, onde são imediatamente meta­bolizados. Parte é utilizado para a termogênese e a outra parte convertidos em cetonas – fontes de energia imediata para os músculos e cérebro.

PARA QUE SERVE: o TCM proporciona energia instantâ­nea aos músculos e ao cérebro, aumentando o foco, sem produzir picos de glicose no sangue.

L-Taurina

L-taurina é um aminoácido produzido principal­mente no fígado a partir de outros dois aminoácidos: cisteína e metionina. Encontrado em todos os teci­dos do corpo humano, apresenta alta concentração no coração, músculos esqueléticos e cérebro.

COMO FUNCIONA: no coração, fortalece e estabiliza o ritmo cardíaco através da manutenção da função contrátil normal dos músculos cardíacos. Nos músculos esqueléticos, acelera a recuperação do cansaço muscular e prolonga a tolerância à exaus­tão – importante no aumento da força e consequente melhora do desempenho e diminuição do dano muscu­lar –, favorece a contração muscular, proporcionando maior resistência física e atua como antioxidante, protegendo as células contra a ação dos radicais livres produzidos durante a atividade física. No cérebro, a L-taurina atua como uma geradora de novos neurônios e neuroprotetora, restaurando a atividade das enzimas com papel crítico na regula­ção e interação de neurotransmissores (acetilcolina, GABA e glicina), melhorando assim a capacidade de aprendizagem, memória, foco e reduzindo a tensão, ansiedade e insônia. A L-taurina também atua na melhora do funcionamento do metabolismo da glicose e dos aminoácidos, estimulando a secre­ção de insulina pelo pâncreas, e auxiliando assim o anabolismo.

PARA QUE SERVE: a L-taurina tem a capacidade de reduzir a percepção do cansaço durante a atividade física, além de acelerar a recuperação da fadiga. Assim, é de grande ajuda para quem quer se esforçar mais nos exer­cícios. Quem tem sensação de cansaço logo no início do treino pode se beneficiar muito com o seu uso.

Termogênicos naturais

Substâncias termogênicas são aquelas capazes de aumentar a temperatura corporal. Esta produção de calor no organismo acelera o metabolismo, aumentando a queima da gordura e melhorando a performance.

Chá Verde 
Alguns alimentos fornecem naturalmente substâncias que atuam na termogênese, tais como o chá-verde que contém cafeína e epigalocatequinas – os quais estimulam o catabolismo lipídico e a utilização dos estoques de gordura como fonte de energia, aumentando os níveis metabólicos. Estudos em humanos apontam que a ingestão de chá verde rico em EGCG (epigalocatequina galato) associada à prática de exercícios físicos promove a oxidação de gordura e aumenta o gasto energético através da estimulação da lipólise (queima de gordura).

Gengibre
Estimula a produção de catecolaminas (dopamina, epinefrina e norepinefrina) que também estimulam a lipólise. Adicionalmente, o gengibre diminui a absorção da gordura ingerida.

Cafeína
Inibe a enzima que degrada o AMPc (substância que, através da liberação de catecolaminas, ativa a lipólise), promovendo tanto o aumento quanto o tempo da queima de gordura.

Pimenta
A pimenta contém capsaicina – vasodilatador que favorece a queima de gordura. Estudos mostram que a capsaicina e seu análogo capsiate podem aumentar o gasto energético através do aumento da oxidação de gordura, ativando a termogênese do tecido adiposo e diminuindo o apetite.

Vasodilatadores

Substâncias vasodilatadoras presentes em alimentos como a beterraba, melancia, alho, pimenta, espinafre, cacau, banana, oleaginosas e abacate podem contribuir para a melhora do desempenho durante a prática de exercícios físicos e promover uma acelerada recuperação no pós-treino, uma vez que favorecem a distribuição dos nutrientes para os músculos, criando um estado anabólico.

Um alimento vasodilatador muito conhecido por praticantes de atividades físicas é a beterraba. Rica em nitratos e L-citrulina (precursora da L-arginina), a beterraba contribui para o aumento de óxido nítrico circulante que está diretamente ligado ao relaxamento das paredes dos vasos sanguíneos, resultando em maior fluxo de sangue e oxigenação necessários à contração muscular e aporte de nutrientes para os músculos. Além do óxido nítrico, outras substâncias, tais como o potássio, a capsaicina e niacina (vitamina B3) também atuam como vasodilatadores.

PARA QUE SERVEM: para quem quer se recuperar mais rapidamente de exercícios extenuantes e que tem pressa para obter resultados com a atividade física. Os vasodilatadores fazem com que todos os nutrientes descritos anteriormente cheguem mais rápido e eficazmente nos músculos.

Mitos e fatos sobre o declínio cognitivo

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Todos nós já ouvimos piadas e comentários sobre a função cerebral e a memória irem diminuindo com o avançar da idade – tantas vezes que é muito comum pensarmos que isso é resultado natural do envelhecimento. Mas nada poderia estar mais longe da verdade.

De fato, estudos realizados por pesquisadores da Harvard Medical School mostraram que certas funções cerebrais-chave melhoram com a idade. E embora as doenças relacionadas à idade, como a doença de Alzheimer e demência são muito reais, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, apenas 5% de pessoas com idades entre 71 e 79 têm alguma forma de demência, enquanto este número sobe para 24,2% entre 80 a 89, significando que três quartos da população mais velha vai bem.

O Dr. Bruce Yankner, professor de genética e pesquisador da Harvard Medical School, reconhece que o cérebro mais velho desacelera de certa forma – as pessoas podem esquecer coisas que não costumavam esquecer, ou não ser tão rápidas ao fazer palavras cruzadas, por exemplo –, mas sua equipe de pesquisa descobriu algo mais.

“O cérebro começa a compensar o ritmo mais lento usando mais de si mesmo”, contou ele em um relatório da escola sobre sua pesquisa.

Como Yankner explica, o córtex pré-frontal, a área do cérebro usada para o raciocínio consciente, é usado de forma diferente à medida que as pessoas envelhecem. Os adolescentes, por exemplo, mostram muita atividade cerebral em um lado do córtex pré-frontal. As pessoas na meia-idade começam a usar ambos os lados. Já os adultos mais velhos, a pesquisa mostra, usam ambos os lados igualmente.

Isto, naturalmente, tem algumas desvantagens. Desde que usam de maneira mais abrangente seu cérebro em cada tarefa, pessoas mais velhas não são boas em executarem muitas tarefas ao mesmo tempo, em comparação com as mais jovens. A pesquisa também mostra que as pessoas mais velhas são capazes de gastar mais tempo sonhando acordadas, e que a realização de tarefas pode exigir a necessidade de listas e o uso de ‘truques’ para lembrar de coisas.

“A demência não é um resultado inevitável do envelhecimento. Sabemos que é possível que o cérebro humano funcione normalmente por um século ou mais.” – Dr. Bruce Yankner, professor de genética da Harvard Medical School

Mas quando se trata de funcionamento cerebral mais complexo, os adultos mais velhos têm algumas vantagens. Por exemplo, um estudo de controladores de tráfego aéreo e pilotos de companhias aéreas descobriu que, embora as pessoas com menos de 50 anos dominassem o uso de novos equipamentos mais rapidamente, aquelas com mais de 50 anos cometiam menos erros ao iniciar o uso dos equipamentos.

Alterações corporais em adultos mais velhos também afetam o funcionamento do cérebro. Um baixo nível de testosterona pode melhorar o controle de impulsos, e a estabilidade emocional pode levar a melhores tomadas de decisões. Além disso, anos de conhecimento e experiência podem ajudar a tomar boas decisões financeiras e a avaliar adequadamente novas situações.

Outras coisas que melhoram com a idade: vocabulário crescente, habilidades básicas de matemática e uma habilidade para acentuar o positivo sobre o negativo.

Finalmente, a pesquisa de Yankner sobre as causas da doença de Alzheimer e demência sugere que elas têm menos a ver com o envelhecimento do que com o misterioso mau funcionamento de um regulador genético chamado REST. Este regulador só é ativado mais tarde na vida para preservar o funcionamento adequado do cérebro. Em outras palavras, estas doenças podem ser o resultado de um erro que acontece em uma rede cerebral concebida para preservar e melhorar o funcionamento do nosso cérebro à medida que envelhecemos.

“A demência não é um resultado inevitável do envelhecimento”, explica Yankner. “Sabemos que é possível que o cérebro humano funcione normalmente durante um século ou mais. Então um robusto mecanismo deve ter evoluído para preservar a função e células cerebrais em organismos de longa vida como os seres humanos. Apenas ainda não aprendemos sobre o mecanismo.”

Fonte:http://www.lifeextension.com/News/LefDailyNews?NewsID=26606&Section=AGING

 

Níveis mais elevados de hormônio tireoidiano ajudam as pessoas a perder mais peso após a cirurgia bariátrica

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Uma nova pesquisa executada em Portugal informa que, após a cirurgia bariátrica, os pacientes que têm níveis mais altos do hormônio da tireoide tri-iodotironina (T3) perdem mais peso.

“A cirurgia bariátrica é um tratamento eficaz para a obesidade, e a função tireoidiana desempenha um papel central na regulação do peso corporal. No entanto, os preditores de perda de peso após a cirurgia permaneciam em grande parte desconhecidos”, relatou o autor principal, Dr. João Sérgio Neves.

“Nosso estudo mostra que pacientes com níveis mais elevados de T3 perdem mais peso após a cirurgia bariátrica. Nossos resultados enfatizam o potencial futuro do tratamento hormonal da tireoide relacionado à essa situação.”

A equipe de pesquisa avaliou 649 pacientes com obesidade mórbida e função tireoidiana normal submetidos à cirurgia bariátrica. No geral, 84,3% dos pacientes eram mulheres e, em média, tinham 41,8 anos de idade e índice de massa corporal (IMC) pré-operatório de 44,65 kg/m2.

Os autores excluíram os pacientes com histórico de doença tireoidiana, tratados com drogas antitireoidiana ou levotiroxina e pacientes que usavam hormônio estimulador da tireoide (TSH) ou tiroxina livre (T4) fora do intervalo de referência. Os pesquisadores descobriram que 11,4% dos pacientes cujo T3 livre era maior do que a média perderam significativamente mais do excesso de peso do que os pacientes com T3 livre normal (76,6% vs 65,4%). Nenhum paciente apresentou T3 livre abaixo da média.

Os pacientes com T3 livre alto eram mais jovens (36,6 vs 42,5 anos), mas não possuíam significativa diferença quanto ao sexo, IMC, tipo de cirurgia, diabetes, hipertensão ou estado de dislipidemia. Mesmo depois de ajustar para outros fatores, a perda de excesso de peso no grupo com alto T3 livre foi significante.

Fonte:https://knowridge.com/2017/08/higher-thyroid-hormone-levels-help-people-lose-more-weight-after-bariatric-surgery/

Andrographis paniculata (A. paniculata)

Andrographis paniculata (A. paniculata)

O QUE É?

Andrographis paniculata (A. paniculata) é uma planta herbácea da família Acanthaceae que possui uma longa história de uso na medicina ayurvédica e medicina tradicional chinesa.

Seu principal ativo, o Andrografolide, possui estudos que apontam efeitos terapêuticos em infecções do trato respiratório, febre, artrite reumatoide, disenteria bacteriana e diarreia, além dos seus efeitos na fadiga da esclerose múltipla e preventivos em gastrites e úlceras. Possui ainda efeitos antiinflamatórios bem documentados, que podem torná-la uma alternativa aos anti-inflamatórios da medicina tradicional.

COMO FUNCIONA?

Os efeitos do andrografolide são justificados pela inibição da via MAPK / ERK e, por consequência, dos mediadores inflamatórios de algumas doenças auto-imunes – COX-2, prostaglandinas e interleucinas, por exemplo. Em modelos experimentais in vitro foram observadas respostas imunomoduladoras como a redução de COX-2, PGE2, TNFalfa e IL-12 em macrófagos e microglia. Em neutrófilos foi observado a redução da produção de espécies de oxigênio reativo e a expressão de Mac-1, IL-8 e COX-2. Atua também reduzindo fatores de transcrição como o fator nuclear kappa B (NF-kB) e o fator nuclear das células T ativadas (NFAT).

ESTUDOS CIENTÍFICOS COMPROVAM SUA UTILIZAÇÃO?

Há evidências científicas para o uso de A . paniculata em infecções do trato respiratório. Um estudo clínico randomizado e duplo cego controlado com placebo foi conduzido para avaliar a eficácia de 100 mg do extrato 2 vezes ao dia, em pacientes com infecção do trato respiratório superior sem complicações. O grupo tratado apresentou redução significativa no escore geral dos sintomas em comparação com o grupo placebo. A comparação da eficácia global do grupo que tomou o extrato de A. paniculata em relação ao placebo foi 52,7% maior que o placebo.

Em um ensaio clínico, duplo-cego, controlado por placebo estudou-se o efeito da administração de 30 mg 3 vezes ao dia de extrato patenteado de A. paniculata durante 14 semanas na redução de sintomas e sinais de pacientes com artrite reumatoide ativa crônica. Os pesquisadores deste estudo concluíram que este fitoterápico foi significativamente eficaz na redução de sintomas e parâmetros sorológicos (fator reumatoide) da doença e, portanto, é útil como complemento natural no tratamento da artrite reumatoide. Uma pesquisa multicêntrica publicada no The American Journal of Gastroenterology avaliou a partir de um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo a eficácia de 1 g e 1,8 g do extrato de A. paniculata em 224 adultos com retocolite ulcerativa leve a moderada. Após 8 semanas de estudo observou-se que os grupos tratados apresentaram maior resposta clínica e maior cura da mucosa intestinal que o grupo placebo.

FOSFATIDILCOLINA

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A fosfatidilcolina é o fosfolipídio de maior presença nas membranas celulares e, a principal fonte de colina para o corpo. Sua função está envolvida em uma série de processos fisiológicos, principalmente em relação a saúde hepática e cerebral.

COMO É A ESTRUTURA QUÍMICA DA FOSFATIDILCOLINA?

Quimicamente a fosfatidilcolina é um glicerofosfolipídeo, constituído por um grupo de ácido graxo, fosfato e colina. Essa estrutura é facilmente reconhecida quando ingerida tornando-se peça chave na atividade das membranas celulares e fonte de colina para o corpo.

COMO ELA É ABSORVIDA?

A fosfatidilcolina é bem absorvida quando administrada pela via oral. Estima-se que em média 90% são absorvidos, quando em conjunto com refeições, dentro de 24 horas. As doses orais de fosfatidilcolina resultam em elevação sérica de colina com pico entre 8 a 12 horas.

COMO FUNCIONA?

Apesar das células serem capazes de sintetizar colina, a eficiência dessa produção varia de acordo com a idade, níveis hormonais e alimentação. Estudos demonstram que uma dieta deficiente em colina pode promover a carcinogênese hepática, iniciando-se com o acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática). Desse modo, a colina é considerada um nutriente essencial e indispensável para o bom funcionamento do fígado.

PROTEÇÃO HEPÁTICA

A proteção hepática proveniente do uso de fosfatidilcolina se baseia na sua capacidade de se incorporar às membranas das células hepáticas e com isso auxiliando no aumento da fluidez da membrana e transporte de substância, consequentemente, melhorando também o funcionamento das enzimas envolvidas. A fosfatidilcolina protege e auxilia na recuperação das células hepáticas expostas aos vírus, à ingestão abusiva de álcool, fármacos e a outras substâncias tóxicas, além de possuir atividade antioxidante, reduzindo os radicais livres e modulando sua resposta imune.

Em estudo pré-clínico realizado em babuínos que ingeriam etanol, durante mais de seis anos e meio, observou-se que a suplementação da dieta com extrato de lecitina poli-insaturada de feijão de soja, contendo 94% a 98% de fosfatidilcolina, preveniu o desenvolvimento de fibrose portal e cirrose. O resultado se estendeu a um grupo de homens com presença de esteatose e inflamação hepática ligada a ingestão de álcool, e àqueles que ingeriram fosfatidilcolina. Em apenas 2 semanas já foi possível verificar melhoras dos níveis séricos de medidas bioquímicas da função hepática em relação ao placebo. E, até mesmo pacientes que apresentam esteatose hepática não alcoólica também podem obter os benefícios do uso da fosfatidilcolina.

O efeito do uso da fosfatidilcolina na proteção hepática também é relatado em trabalhos utilizando como modelo indivíduos em administração contínua de medicamentos que sobrecarregam a função hepática, como por exemplo, rifampicina e ácido acetilsalicílico. O uso concomitante de fosfatidilcolina mostrou uma redução de marcadores bioquímicos hepáticos, reduzindo os danos hepáticos causados pelos medicamentos.

Resultados semelhantes de melhora nos marcadores bioquímicos hepáticos também foram observados em pacientes acometidos com Hepatite B e C quando os mesmos administraram fosfatidilcolina.

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PROTEÇÃO CEREBRAL

Assim como no fígado, a fosfatidilcolina também se incorpora na membrana das células cerebrais, exercendo uma função crítica no transporte de gordura de uma célula para outra – mecanismo vital para manter as estruturas celulares intactas.1 Em paralelo, a fosfatidilcolina fornece a substância colina, principal precursora da acetilcolina. A acetilcolina é um neurotransmissor que desempenha um papel importante em funções cognitivas como aprendizagem e memória. Sendo assim, há um grande interesse em insumos capazes de aumentar os níveis de acetilcolina cerebral, melhorando assim os processos cognitivos.

Em alguns trabalhos observou-se que após a administração contínua de fosfatidilcolina ocorre um aumento dos níveis cerebrais de acetilcolina bem como a melhora da memória e aprendizado.

PROTEÇÃO CARDIOVASCULAR

A fosfatidilcolina apresenta um importante papel na absorção intestinal de lipídios. A sua presença aumenta a solubilidade das micelas de gordura formando quilomicrons, que são considerados meios de transporte dos lipídeos entre a mucosa intestinal e as células. A formação e secreção das lipoproteínas DHL e LDL são influenciadas pela presença da fosfatidilcolina auxiliando, dessa forma, na retirada do excesso de colesterol livre das membranas celulares e do próprio endotélio, evitando assim o seu acúmulo e progressão para as placas aterosclerótica.

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Artrose – prevenção e tratamento com colágeno.

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Pare por um instante e relembre todos os movimentos que você fez hoje. Você acordou, se levantou da cama, caminhou pela casa, se sentou e levantou diversas vezes. Para executar essas tarefas cotidianas, diversas articulações precisaram estar em plena atividade.

Articulações são tão importantes quanto os ossos e músculos, que nos dão sustentação e permitem os movimentos. Fazendo uma analogia, nossas articulações móveis são como dobradiças de uma porta, funcionando para facilitar os movimentos e impedir o contato de uma madeira com a outra. Com o passar do tempo, ou se muito utilizadas, as dobradiças enferrujam ou perdem a lubrificação, rangendo e não executando a sua função de maneira correta.

O mesmo pode ocorrer com as nossas articulações durante o envelhecimento natural e por razões multifatoriais, como o desgaste excessivo ocasionado pelo movimento repetido, inflamações crônicas, fraqueza muscular, fator genético, algum trauma físico importante, exercícios de impacto, sobrepeso ou obesidade.

Estima-se que 30 a 50% dos adultos a partir dos 65 anos tenham osteoartrite, também chamada de osteoartrose ou artrose, caracterizada pelo “desgaste” das articulações.

Mas não se engane, a artrose não faz parte somente do estágio mais avançado da vida. As propriedades mecânicas da cartilagem articular atingem seu pico por volta dos 30 anos, e a partir daí, se deterioram progressivamente, principalmente na região do joelho e quadris.

Os atletas ou pessoas muito ativas, que submetem suas articulações à força e ao impacto, estão mais suscetíveis ao desenvolvimento precoce do desgaste articular.

Reconstruindo as articulações desgastadas

O tratamento da artrose é frequentemente feito com medicamentos (principalmente os anti-inflamatórios não-esteroides – AINEs – como aspirina ou ibuprofeno, ou até corticoides) que aliviam a dor e o desconforto relatado pelos pacientes, mas que deveriam ser usados com moderação. Ou seja, esses medicamentos aliviam a dor, mas não tratam a articulação, e quando usados rotineiramente podem causar efeitos colaterais. Também, ao interromper o seu uso, o paciente volta a ter dores e sofrer com uma limitada mobilidade.

Opções integrativas, como a fisioterapia, acupuntura, a perda de peso, o uso do gelo, mudanças na dieta, a natação ou exercícios físicos aquáticos e suplementos mostram positivas melhoras. Na área da suplementação, destacamos que recentes estudos clínicos confirmam que o colágeno tipo II tem produzido alívio significativo da dor, retardando a progressão da degeneração e também reduzindo a inflamação local.

O colágeno é a proteína mais abundante no nosso corpo e tem um papel estrutural fundamental, contribuindo para a arquitetura molecular, para as propriedades mecânicas e formas dos tecidos do organismo.

De maneira resumida, as articulações são formadas por cartilagem, líquido sinovial e uma cápsula articular que protege e reveste toda essa estrutura. A cartilagem presente na extremidade do osso é constituída de aproximadamente 60% de colágeno tipo II e irá funcionar como um amortecedor evitando o contato e atrito entre os ossos.

Regeneração articular através de peptídeos de colágenos

Com os anos, os níveis ideais de colágeno que nossos corpos produzem naturalmente começam a reduzir. As fibras de colágeno se quebram e não mais se regeneram, dando aquela aparência de pele flácida, envelhecida, ou sentindo também o efeito nas articulações.

Uma forma de ajudar a regeneração do colágeno do corpo é fornecer seus precursores para que o corpo produza o que foi desgastado.

A suplementação de colágeno apresenta um alto valor nutricional, pois fornece aminoácidos que não estão presentes em proteínas normalmente ingeridas como as do leite, carne, frango, peixe e vegetais.

Cientistas estão focando seus estudos no potencial do uso de peptídeos de colágeno no manejo da artrose, no intuito de não apenas cessar a dor e inflamação do paciente, mas melhorar as condições de mobilidade e qualidade de vida. Em diversas pesquisas, pode-se observar que a ingestão de peptídeos de colágeno é capaz de reduzir a percepção de dor relatada, auxiliar na síntese de colágeno e melhorar a rotina do paciente. No caso da artrose, esta suplementação mostra-se promissora não apenas como tratamento sintomático, mas também para reverter o quadro de degeneração e auxiliar na prevenção.

Regeneração articular por estímulo imunológico

Diferentemente da suplementação de peptídeos de colágeno, que fornece os aminoácidos para que o corpo reconstrua seu colágeno próprio, o fornecimento direto do colágeno tipo II na forma não desnaturada (quando sua molécula está intacta e sem quebras) tem uma ação no sistema imune. O colágeno tipo II não desnaturado possui estrutura tridimensional íntegra. Utilizando-se desta estrutura não desnaturada, comprovou-se que podemos “educar” nosso sistema imune para ignorar o colágeno tipo II das articulações e evitar a secreção de colagenases (enzimas que quebram as ligações peptídicas do colágeno). Como sua ação é imunológica, funciona com uma pequena dose diária de 20 a 40mg, e esta tolerância oral ao colágeno suprime poderosamente a inflamação e degeneração das articulações.

Diversos estudos vêm mostrando os benefícios do uso de colágeno tipo II não desnaturado em pacientes portadores de artrose, artrite reumatoide e até mesmo naqueles sem diagnóstico dessas patologias, mas que sentem dor articular após realizar um treino.

Publicado em Suplementos e Estudos Por Essential Nutrition 15/12/2017

Fitoterapia

Fitoterapia

O significado da palavra fitoterapia é grego: Therapeia = tratamento e Phyton = vegetal.

Usada há muitos e muitos anos: os chineses, em 2.500 a.C., já conheciam o poder da fitoterapia.

Mesmo sendo uma das mais antigas descobertas do homem, o estudo e uso das plantas cresce no mundo todo e o mercado de fitoterápicos está em plena ascensão. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que é a agência especializada nas questões relativas à saúde no mundo, mostrou que 80% da população mundial utiliza medicamentos obtidos através das plantas como opção para a cura das doenças. E o mais interessante: a OMS entende como saúde um estafo completo de bem-estar psicológico, físico, mental e social.

O fitoterápico não deve ser consumido indiscriminadamente, pois ele também pode apresentar contraindicação.

A fitoterapia é, hoje, uma opção terapêutica reconhecida mundialmente. Cabe ao paciente, juntamente com o seu médico ou nutricionista, escolher qual a melhor forma de tratamento para manter ou recuperar a sua saúde.

Associação entre vitamina B, sistema imune, inflamação e depressão

vitamina

Segundo uma pesquisa revisada por pares, recentemente publicada no jornal científico internacional Maturitas, a suplementação de vitaminas do complexo B melhora os sintomas de depressão. Além disso, as vitaminas desempenham um papel na regulação das respostas imunes, e desde que em pacientes com depressão são observadas respostas pró-inflamatórias, foi encontrada uma relação interligada entre a vitamina B, o sistema imune, a inflamação e a depressão.

O complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, B9, B12) é essencial para o equilíbrio saudável dos sistemas imune e nervoso (produção de neurotransmissores). A sua deficiência tem sido associada a vários distúrbios neurológicos, incluindo depressão, ansiedade, demência e doença de Alzheimer. Há interações intrincadas entre o sistema nervoso e o sistema imune, e está ficando cada vez mais claro que o último tem um papel importante na patogênese dos transtornos da saúde mental.

Uma percentagem considerável da população mundial consome menos do que a dose diária recomendada de vitamina B, sendo que mesmo deficiências marginais podem levar a doenças crônicas. Elas são necessárias para o bom funcionamento do ciclo de metilação, produção de monoamina oxidase, síntese de DNA, reparação e manutenção de fosfolipídios, como a mielina. Quando reduzida, a metilação contribui para condições crônicas, incluindo a doença de Alzheimer, distúrbios do humor e psiquiátrico e condições neurológicas adultas.

A pesquisa de revisão da literatura incluiu estudos randomizados e controlados por placebo, bem como meta-análises, executados entre os anos de 2008 a 2016. Foi analisado 8 tipos de vitamina B:

– Vitamina B1 (tiamina)

– Vitamina B2 (riboflavina)

– Vitamina B3 (niacina)

– Vitamina B5 (ácido pantotênico)

– Vitamina B6 (piridoxina)

– Vitamina B7 (biotina)

– Vitamina B9 (folato)

– Vitamina B12 (cobalamina)

Entre os achados, em particular, as vitaminas B1, B3, B6 e B12 se mostraram essenciais para a função neuronal e suas deficiências se mostraram relacionadas à depressão.

Vários estudos clínicos conduzidos com a suplementação de tiamina (B1), comparados com placebo, encontraram melhoras nos sintomas de depressão. Estudos executados com a suplementação de piridoxina (B6) mostraram resultados de redução de homocisteína nos níveis de sangue plasmáticos – um indicador de desordem de neuropsiquiatria – em pacientes com esquizofrenia. Sobre a niacina (B3), estudos futuros são necessários para solidificar a evidência observada: uma associação de baixos níveis de niacina com a depressão. Já a deficiência de cobalamina (B12) foi frequentemente observada em pacientes com depressão, e a elevação de seus níveis correlacionam-se com melhores resultados de tratamento. Interessantemente, os baixos níveis de cobalamina são concomitantes com sintomas depressivos melancólicos, mas não com sintomas depressivos não melancólicos.

Adicionalmente, os pesquisadores acharam evidência que as vitaminas B são importantes para a regulação das respostas imunes. A via imune (citocinas) tem uma poderosa influência sobre o cérebro, e, em pacientes com depressão, são observadas respostas pró-inflamatórias. “Portanto, existe uma relação interligada entre a vitamina B, o sistema imune, a inflamação e a depressão”, concluíram os pesquisadores.

Referência: Mikkelsen K, et al. The effects of vitamin B on the imune/cytokine network and their involvement in depression. Maturitas. 2017. DOI:10.1016/j.maturitas.2016.11.012

Enzimas digestivas como suplemento

enzimas digestivas

Uma nova versão da expressão “Você é o que você come” está sendo cada vez mais propagada por especialistas da saúde e nutrição: “Você é o que digere e consegue absorver”. No centro deste conceito está a saúde do sistema digestivo, sendo as enzimas digestivas extremamente importantes para este complexo processo.

Sem uma quantidade adequada de enzimas digestivas, até mesmo as dietas consideradas como extremamente saudáveis podem perder seu valor. Sem uma digestão e absorção correta dos alimentos, os nutrientes não conseguem atuar em suas mais diversas funções. Além disso, com uma quantidade menor destas enzimas, a digestão se prolonga causando a tão conhecida “sensação de peso no estômago”, e com ela uma variedade de problemas de saúde.

Ao nascer, somos dotados de maior potencial para a produção de enzimas, disponibilizando até de certa “reserva”, e, com o passar dos anos, o corpo não mais produz quantidades suficientes de enzimas – consequência do desgaste dos órgãos produtores – provocando assim alguns sintomas como indigestão, aparecimento de alergias e gases.

Segundo as últimas pesquisas, não são somente os idosos que sofrem com a diminuição da produção de enzimas: já após os 20 anos de idade, começa a ocorrer uma queda na produção enzimática, cerca de 10% por década. Assim, no momento em que se completa 50 anos, um terço das enzimas digestivas e suas respectivas funções se foram, trazendo aquela sensação de que “quando mais jovem, eu podia comer de tudo e me sentia bem”.

A necessidade do uso de auxiliares digestivos enzimáticos vem crescendo, estando eles classificados como o vigésimo suplemento nutricional dentre o ranking dos cem mais vendidos, e constituindo cerca de 4% do mercado de suplementos nutricionais nos Estados Unidos, segundo o relatório da Enzyme Technical Association (ETA).

Há muito tempo que os efeitos positivos do uso de enzimas digestivas são constatados na prática popular e clínica, e aqui trazemos esclarecimentos da razão para o seu sucesso.

A dieta adotada por grande parte da população, principalmente a ocidental, consiste basicamente de alimentos ultraprocessados ou cozidos. As enzimas contidas nos alimentos são naturalmente destruídas já que não são termoestáveis, ou seja, o calor e a industrialização as degradam.

Quando o fornecimento de enzimas digestivas através da dieta é pobre, a produção endógena precisa ser maior ainda para atender o processo de digestão dos alimentos. Mas, além da dieta moderna não priorizar os alimentos crus, não mastigamos os alimentos adequadamente (a mastigação adequada funciona como uma “pré-digestão”) e cultivamos o hábito bastante comum e prejudicial de ingerir líquidos durante as refeições. Tal ingestão dilui o suco gástrico, reduzindo a acidez estomacal e, consequentemente, o estímulo ácido que o pâncreas precisa para produzir as enzimas, posteriormente disponibilizando no intestino delgado.

Também, um grande causador de problemas digestivos é o estresse. O efeito da adrenalina (hormônio do estresse) no estômago reduz a produção de ácido clorídrico e, consequentemente, das enzimas digestivas.

O estresse é a reação de luta ou fuga, ativação do sistema nervoso simpático, que é uma atividade oposta à ativação do sistema nervoso parassimpático, o qual relaxa. O estresse crônico acaba causando problemas crônicos digestivos. Para exemplificar, é conhecida a experiência de durante as férias poder-se fazer excessos alimentares e nenhuma dificuldade digestiva ocorrer, mas, durante o estresse do dia a dia, uma pequena transgressão na dieta já pode significar desconfortos e dificuldades digestivas.

PARA QUE SERVEM AS ENZIMAS DIGESTIVAS?

Enzimas digestivas são proteínas especialmente adaptadas para quebrar os alimentos em nutrientes que seu corpo pode então prontamente absorver. O corpo humano produz cerca de 22 enzimas digestivas diferentes, e esta produção vai reduzindo ao longo dos anos.  Quando ingeridas como suplementos, potencializam a digestão e absorção dos nutrientes, eliminando a sensação de “peso” no estômago, gases e desconfortos intestinais.

ALGUNS TIPOS DE ENZIMAS:

• Amilase e amilase bacteriana: enzimas que auxiliam na quebra do amido, transformando-o em maltose e glicose;• Alfa-galactosidase: enzima que auxilia na quebra de carboidratos simples e complexos (oligossacarídeos e polissacarídeos) presentes no brócolis, ervilha, feijão, dentre outros alimentos.• Xilanase: enzima que auxilia na quebra das hemiceluloses, um dos principais componentes das paredes celulares dos vegetais;• Lactase: enzima que auxilia na quebra da lactose (açúcar do leite), transformando-a em glicose e galactose;• Celulase: enzima que auxilia na quebra da fibra insolúvel celulose (componente mais abundante da parede celular dos vegetais);• Pectinase: enzima que auxilia na quebra da pectina, um dos principais componentes da parede celular dos vegetais;• Maltase: enzima que auxilia na quebra da maltose (açúcar dos cereais), transformando-a em glicose;• Lipase: enzima que atua sobre os lipídeos, transformando-os em ácidos graxos e glicerol;• Invertase: enzima que auxilia na quebra da sacarose (açúcar refinado), transformando-a em frutose e glicose;• Hemicelulase: grupo de enzimas capaz de digerir as hemiceluloses (polissacarídeos que juntos com a celulose e a pectina formam a parede celular dos vegetais);• Glicoamilase: enzima que auxilia na quebra do amido, transformando-o em glicose;• Protease: enzima que auxilia na quebra das proteínas;• Protease ácida estável: enzima resistente ao pH ácido que auxilia na quebra das proteínas;• Bromelina: enzima que auxilia na quebra das proteínas.

Fonte: Edição 11 Revista Essentia Pharma