Edu Santana, participante do Concurso Garoto Garota Fitness Brasil 2012, fala de sua alimentação

Dr. Sérgio Rosa: Em relação a sua alimentação qual a diferença que sentiu após passar em consulta com o nutricionista oficial do concurso garoto garota fitness Dr. Sérgio Rosa?

Edu Santana: Antes minha alimentação era praticamente a mesma durante a semana inteira, ficando cada vez mais difícil sentir prazer ao comer. Após me consultar com o Dr. Sérgio Rosa, notei uma enorme diferença no cardápio, com mais alimentos do meu agrado e uma maior variedade de opções para substituir caso ficasse repetitiva. Além disso, ele ficava a disposição 24h via telefone ou e-mail em caso de qualquer dúvida, passando muita confiança para alcançar meus objetivos.

Dr. Sérgio Rosa: Depois de quanto tempo sentiu alguma mudança em seu corpo em relação a definição, ganho de massa muscular?

Edu Santana: Por comer com prazer as coisas que gosto, inclusive com mais disposição para treinar, logo no primeiro mês quando verificamos as medições e através de fotos, notei que ganhei massa magra e perdi gordura localizada. Notei que minhas roupas estavam mais folgadas principalmente na cintura.

Dr. Sérgio Rosa: Está satisfeito com os resultados obtidos?

Edu Santana: Com certeza, adorei os resultados e continuo com o Dr. Sérgio Rosa, no intuito de manter a saúde e melhorar cada vez mais meus resultados.

Alessandra Vaz, fala sobre sua alimentação

Alessandra Vaz, paciente do Dr. Sérgio Rosa (Nutricionista Esportivo oficial do Concurso Garoto Garota Fitness), e participante do Garoto Garota Fitness Brasil 2012, responde:

Dr. Sérgio: Em relação a sua alimentação qual a diferença que sentiu após se consultar com o Dr. Sérgio Rosa?
Alessandra: Com a minha alimentação balanceada melhorou minha imunidade, me tornei uma pessoa mais disposta para fazer os meus treinos, melhorou minha pele, cabelo, unha. Uma alimentação saudável é mais eficiente do que qualquer salão de beleza… kkkk … Aprendi que, o que funciona mesmo não são dietas malucas e sim uma alimentação saudável.

Dr. Sérgio: Depois de quanto tempo sentiu alguma mudança em seu corpo em relação a definição, ganho de massa muscular?
Alessandra: Logo na primeira semana me senti menos inchada e sem olheiras.

Dr. Sérgio: Está satisfeita com os resultados obtidos?
Alessandra: Estou completamente satisfeita com os resultados, e continuo seguindo o cardápio.

Suplementos X Alimentos

Pesquisas recentes demonstram que muitos suplementos são utilizados tanto por atletas como pela população em geral, sendo que a prevalência do uso por atletas não é muito maior do que a de indivíduos não atletas. A suplementação pode superar a ingestão diária recomendada de diversos nutrientes e substâncias, muitas vezes com alguns efeitos desejáveis e outros colaterais. O mercado de suplementos nutricionais oferece uma série de produtos com funções específicas ao organismo, sendo divididos em:

a) Ergogênicos: são aqueles que podem promover aumento do desempenho físico além da capacidade fisiológica.

b) Repositores: são aqueles utilizados em determinadas fases para garantir a reposição dos nutrientes perdidos por alguma situação específica.

O consumo de suplementos muitas vezes é feito por indivíduos com baixo consumo alimentar, apenas corrigindo o déficit nutricional, o que poderia ser alcançado tranqüilamente através da alimentação caso este indivíduo estivesse disposto a mudar seus hábitos. Ao pensarmos neste consumo é preciso ter em mente que este somente é justificável quando a ingestão de alimentos não conseguir alcançar as necessidades, ou mesmo se estas forem muito aumentadas, o que vai depender da freqüência dos treinos e da atividade em questão. Outro ponto é a tentativa de elevar o consumo de um determinado nutriente para aumentar o desempenho na modalidade praticada.

É fundamental que a suplementação seja indicada e acompanhada por um profissional qualificado, pois o efeito pode ser contrário ao esperado e ainda, pode trazer conseqüências sérias e irreversíveis. Também é importante conhecer a composição e a indicação do produto e ter consciência de que todo suplemento deve ser fabricado dentro de certos padrões de qualidade para que sejam preservados suas características e garantir sua eficácia e inocuidade.

A fim de diminuir o risco de saúde no consumo de suplementos nutricionais com a atividade física, o Ministério da Saúde regulamenta estes produtos de acordo com sua finalidade, dando assim uma característica de necessidade, consumo e até mesmo estabelecendo quantidades. Assim, o consumidor pode avaliar a real necessidade no uso destes produtos, como descritos abaixo:

– Energéticos – são especialmente desenvolvidos para repor ou fornecer energia aos treinamentos. São basicamente formulados à base de carboidratos e podem ser consumidos em pó (misturados em água) ou saches em gel. Aqui podem ainda ser consideradas as barras à base de cereais que fornecem basicamente carboidratos.

– Protéicos – Basicamente proteínas, em pó ou em forma de barras, produzidas a partir da proteína do ovo (albumina) do leite (caseína ou whey) ou isolados de soja.

– Compensadores – Pós que enriquecem sucos ou leite e são formulados com todos os nutrientes necessários a uma dieta. Acrescentam calorias, proteína, carboidratos, vitaminas e minerais, de acordo com a necessidade calórica –

– Repositores – São bebidas esportivas com o objetivo de repor água, sais e carboidratos (glicose) de forma mais rápida, evitando a desidratação de uma atividade intensa e/ou longa, ou ainda causada pela temperatura elevada do ambiente.

– Aminoácidos – Deste grupo, todas as formas de aminoácidos isolados (partes de proteínas) estão excluídos da classificação de suplementação alimentar, sendo que penas os BCAAs são permitidos como suplemento. Até o momento o Ministério da Saúde entende que altas dosagens de aminoácidos não são seguras suficientes para o consumo generalizado.

Sabendo sobre a função e a classificação destes produtos, todos os atletas e esportistas podem manter bom rendimento com mais segurança. Além disto, o uso adequado e orientado por profissionais especialistas (médico/ nutricionista) levam aos melhores resultados no controle de peso corporal, ganho de massa muscular e melhora no desempenho. Sendo sempre, o uso de suplementos, uma conduta posterior à adequação da dieta, de acordo com as necessidades individuais.

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D-Ribose

A D-Ribose é um monossacarídeo que para fins ergogênicos, tem sua indicação baseada no seu potencial papel de aumentar os componentes energéticos e também de poder promover uma melhora na performance durante a realização do exercício. Teoricamente, auxiliaria na rápida ressíntese de estoques de ATP. (Dodd et al, 2004; Schwirring, L , 2011).

Relacionado a benefícios cardiovasculares, a D-Ribose mostrou aumentar a função ventricular, na recuperação pós-cirurgica de pacientes cardíacos, na redução do estresse do miocárdio após atividades extenuantes, na recuperação do ATP e adenina nucleotídeo do miocárdio após infarto, no aumento da tolerância a exercícios de pacientes com doença coronariana instalada e angina moderada. (Pauly, D.F. et al, 2000).

Em mulheres grávidas em fase de amamentação devem evitar a suplementação de D-Ribose, pois, pode causar a hipoglicemia, aumentar os níveis de ácido úrico. (Oslszewer & Jaldin, 2007).

Em altas doses pode causar efeitos adversos como a hiperglicemia, hiperuricemia, diarréia, hiperuricosúria, náusea e dor de cabeça. Não há toxicidade e reações adversas, desde que sejam seguidas as recomendações e posologia.

Pode ser usado de 1-5g/dia, podendo ser associado com outros princípios ativos. Sua administração pode ser feita antes e/ou após os treinos ou a critério do Nutricionista.

Todos os mecanismos de produção de energia envolvendo a suplementação de D-Ribose são muito promissores e dados não indicam nenhuma razão para que a suplementação de D-Ribose possa prejudicar o rendimento esportivo.

Estresse Oxidativo e Inflamação no Esporte

O exercício físico regular possui, sem dúvida, diversos efeitos benéficos à saúde1. Porém, dependendo da intensidade, carga do treinamento e nível de exaustão do indivíduo, promove um aumento na síntese de radicais livres, levando ao estresse oxidativo, que pode ocasionar lesão muscular, fadiga e inflamação2-5. A resposta inflamatória ao exercício é um processo fisiológico normal e adaptativo, porém, se for excessiva, implica em prejuízo no desempenho, cansaço e overtraining.5,6. Como proteção aos danos causados pelo estresse oxidativo induzido pelo exercício, o nosso organismo possui um sistema de defesa antioxidante, que atua de forma a promover a homeostase entre pró e antioxidante3,7.

Estresse oxidativo induzido pelo exercício e resposta inflamatória

O elevado consumo de oxigênio no exercício físico está relacionado com o aumento do estresse oxidativo devido ao aumento da formação de espécies reativas de oxigênio (EROs)1,2,8,14, que podem ocasionar injúrias na membrana lipídica celular, proteínas e DNA, fadiga e estresse muscular, diminuição da performance e overtraining3,4,9,10,13-15.

Os exercícios podem provocar estresse oxidativo por mecanismos como: isquemia-reperfusão, ativação da via da xantina oxidase pela interrupção temporária das bombas de ATP dependentes de cálcio, aumento da atividade da enzima óxido nítrico sintase3,10,14, oxidação dos componentes da hemoglobina e mioglobina, catecolaminas, elevação da temperatura corporal e o ácido lático3,4,10.

Outro mecanismo, mais discutido neste trabalho, é a resposta inflamatória no exercício, que inclui sinais de resposta de fase aguda, ativação de leucócitos, liberação de mediadores inflamatórios, dano tecidual e infiltrado celular, produção de radicais livres, ativação do sistema complemento e cascatas de coagulação e fibrinolíticas11,12.

Quando o tecido é lesionado, os miócitos e outras células liberam citocinas como TNF-a, IL-1ß e IL-611,16,17. Desta forma, os neutrófilos são mobilizados para reparar o dano muscular induzido pelo exercício e fagocitam a fibra muscular lesada por meio da ativação do sistema enzimático nicotinamida adenina dinucleotídio fosfato-oxidase (NADPH) e liberação de enzimas proteolíticas a partir dos seus grânulos intracelulares que, também contribuem para um burst respiratório e subsequente liberação de EROs5,16. A síntese das citocinas pró-inflamatórias, como TNF-a e IL-1ß, estimula a síntese de IL-6 que, por sua vez, estimula a produção hepática de proteínas de fase aguda, como a proteína C reativa (PCR) e inibidores de proteases. A IL-6 modula a extensão da resposta inflamatória por aumentar a síntese de citocinas anti-inflamatórias5,12,18,19.

A gradativa elevação na produção de EROs promovida pela realização de exercícios físicos é capaz de disparar adaptações em resposta a uma maior produção destes radicais livres20. Porém, indivíduos que se submetem a treinos muito intensos ou exaustivos estão expostos a estresse oxidativo crônico, graves lesões musculares, consequente processo inflamatório crônico, implicando em prejuízo no desempenho e, possivelmente, overtraining5,6,21.

Barquilha et al.22 demonstraram que o treinamento de força não linear (que possui alterações constantes de volume e intensidade durante um período de treinamento) aumentou a força muscular e induziu lesão em atletas de Hockey in line, sem causar inflamação sistêmica, o que pode ter significado fisiológico na via de sinalização do músculo esquelético, promovendo a adaptação.

Os programas atuais de treinamento alternam períodos de treino intenso seguido de período pré-competição, caracterizado por redução na carga de treinamento com o objetivo de modular o estresse oxidativo e otimizar a performance23,24.

Defesa antioxidante e suplementação

O sistema antioxidante atua como proteção aos danos causados pelo estresse oxidativo, promovendo o equilíbrio entre pró e antioxidante7. Abrange o sistema enzimático, que inclui enzimas como superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase; o sistema não enzimático, que inclui compostos endógenos como a glutationa, transferrina, ferritina, hemoglobina, ácido úrico, bilirrubina, ceruloplasmina e os provenientes da dieta, como ácido ascórbico, a-tocoferol, ß-caroteno e compostos fenólicos3,4,9,10.

O treinamento físico é conhecido por induzir uma resposta adaptativa bioquímica que pode exigir um aumento na ingestão e/ou na absorção de micronutrientes. Como o estresse oxidativo não pode ser evitado, o desequilíbrio entre oxidantes e antioxidantes pode ser atenuado a fim de minimizar os danos oxidativos24.

A suplementação com vitamina E, creatina e glutamina podem atenuar o estresse oxidativo ou reduzir a quantidade de lesões celulares decorrentes de exercícios físicos exaustivos. A vitamina C pode ter pouco ou nenhum efeito de suplementação; todavia, a redução de seus estoques corporais pode contribuir para o aumento do estresse oxidativo21.

Mastaloudis et al.25 demonstraram, em um estudo com atletas de exercício de ultramaratona de 50Km, que a resposta inflamatória induzida pelo exercício não foi influenciada pela suplementação de antioxidantes. Esta resposta inflamatória é importante, pois estimula a recuperação do exercício por induzir a regeneração do tecido danificado e o recrutamento da proliferação de células satélite, não inibindo a adaptação muscular da atividade física26.

Embora os suplementos de nutrientes antioxidantes sejam amplamente utilizados pelos atletas, observa-se que os estudos ainda são controversos com relação à suplementação, objetivando a redução do estresse oxidativo2,27,28,29. Há evidências que nutrientes por si só podem evitar os danos oxidativos, como também causar efeitos adversos ou limitar o efeito endógeno de adaptação do treinamento. Altas doses de suplementos podem provocar efeitos pró-oxidantes se não adequadas às necessidades individuais27.

A suplementação de nutrientes pode ter benefícios em um período de deficiência do atleta, porém não substitui uma nutrição equilibrada advinda da dieta30. Desta forma, a modulação com antioxidantes deve ser realizada de acordo com a intensidade do treinamento e necessidades individuais, visto que a suplementação com antioxidantes pode provocar diminuição da performance e força muscular devido à interferência na adaptação das células musculares ao estresse31.

O uso de polifenóis como proteção ao  estresse oxidativo

Substâncias como polifenóis, que representam um dos maiores grupos de fitoquímicos, também têm sido estudadas em atletas e podem atuar como proteção ou atenuar os danos oxidativos promovidos pelo exercício27,32-35,41. A tabela 1 apresenta os principais estudos que avaliaram os efeitos dos polifenóis.

A utilização da quercetina tem sido estudada baseada em resultados de experimentos com ratos, que demonstraram uma melhora na capacidade oxidativa muscular e endurance37. Alguns estudos com indivíduos treinados38 e não treinados39 não resultaram em aumento da performance, nem diminuição do estresse oxidativo. MacRae et al.40 observaram melhora do desempenho utilizando um coquetel contendo quercetina, taurina, niacina, cafeína, vitamina C e outras vitaminas; porém, não ficou claro se houve diferença significativa na performance na comparação entre grupos com e sem quercetina. Portanto, ainda há controvérsias nesta questão, havendo a necessidade de estudos complementares, pois é possível que as adaptações mitocondriais ocorram com a suplementação de quercetina em humanos, mas com uma dose diferente de quercetina e/ou duração do tratamento, comparados ao protocolo estudado em ratos.

Panza et al.41 investigaram os efeitos do consumo do chá verde em marcadores de estresse oxidativo e dano tecidual em um grupo de homens jovens submetidos a um protocolo de exercício resistido. O chá verde diminuiu os valores pós-esforço de hidroperóxidos lipídicos e aumentou a concentração de glutationa reduzida e a capacidade antioxidante do plasma, sendo que os valores de TBARS permaneceram inalterados; ainda, inibiu a elevação das enzimas CK e AST promovida pelo exercício. Além disso, a ingestão de chá verde diminuiu a concentração de hipoxantina e de ácido úrico, antes e após o exercício, e inibiu a elevação da atividade da xantina oxidase induzida pelo exercício. Os resultados do estudo sugerem que o consumo regular de chá verde melhora os mecanismos de defesa antioxidante em praticantes de exercício resistido, conforme avaliado pelos marcadores plasmáticos.

Os mecanismos de mediação dos benefícios biológicos da suplementação com polifenóis de frutas ainda não são claros, mas podem estar relacionados à atenuação do estresse oxidativo e da inflamação36.

Considerações Finais

Exercícios físicos estão associados ao aumento do estresse oxidativo que leva à inflamação, com objetivo de reparar o tecido lesado. Na maioria dos casos, essas respostas inflamatórias locais resultam em processo de recuperação da lesão, o que tem sido considerado um processo de adaptação ao exercício. Porém, exercícios muito intensos e extenuantes estão associados ao aumento do estresse oxidativo, levando a uma resposta inflamatória exacerbada que poderá ocasionar consequências fisiopatológicas para os indivíduos, aumento de lesão tecidual, fadiga, diminuição da performance e, possivelmente, overtraining.

Do ponto de vista nutricional, deve-se ressaltar a importância da avaliação individualizada do atleta com relação às suas necessidades nutricionais e ao nível de atividade física, promovendo uma alimentação equilibrada e variada em nutrientes antioxidantes com objetivo de prevenir ou minimizar os danos causados pelo estresse oxidativo, induzido pelo exercício físico.

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Papel das Proteínas na Atividade Física

Existe a argumentação de que a proteína é utilizada apenas num grau limitado como combustível energético durante o exercício (apenas 5 a 10 % da energia total).

Na verdade, elas são utilizadas para proporcionar os blocos formadores de aminoácidos para síntese tecidual, mas estudos demonstram que há aumento da concentração de uréia plasmática, o que está acoplado a uma elevação dramática da excreção de nitrogênio no suor, evidenciando o aumento da utilização de proteína durante o exercício. Esses estudos também mostram que a essa utilização é maior em estados de depleção de glicogênio. Isso enfatiza o papel importante dos carboidratos como poupadores de proteínas e demonstra a importância da manutenção desses estoques durante o exercício.

A fase inicial de um programa de treinamento com exercícios impõe uma demanda maior de proteínas corporais em virtude da lesão muscular e das demandas metabólicas. Porém não se sabe se esse efeito é transitório ou se há aumento em longo prazo das necessidades preconizadas pelo RDA.

Como as proteínas são utilizadas

Certas proteínas não podem ser utilizadas prontamente para obtenção de energia. Esse processo envolve processos bioquímicos descritos a seguir:

Ciclo da alanina

Os aminoácidos dentro do músculo são transformados em glutamato, e a seguir, em alanina. A alanina liberada pelos músculos ativos é transportada até o fígado, onde é desaminada (processo onde se retira da molécula o nitrogênio, restando o esqueleto de carbono). O esqueleto de carbono restante é transformado em glicose (gliconeogêse) e a seguir, é lançado no sangue e transportado até os músculos ativos.

Os fragmentos de carbono provenientes dos aminoácidos que formam a alanina podem ser oxidados, a seguir, para a obtenção de energia dentro da célula muscular específica. Após 4 horas de exercício contínuo de baixa intensidade, a produção hepática de glicose derivada da alanina pode ser responsável por 45% da glicose total liberada pelo fígado. A energia derivada desse ciclo pode atender de 10 a 15% da necessidade total do exercício.