BENEFÍCIOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE L-CARNITINA EM PATOLOGIAS E ATIVIDADE FÍSICA

A carnitina é um dipeptídio formador de enzimas associadas à captação e queima de gordura (Carnitina Palmitoil Transferase 1 e 2 – CPT 1 e CPT2 respectivamente), com melhora da função mitocondrial e indicada no tratamento da obesidade e doenças neurológicas (1,2,3).

A carnitina também apresenta propriedades antioxidantes, com ação redutora de amônia muscular inclusive (4,5,6,7). Sua suplementação tem sido associada a redução de danos musculares na atividade física, importante para pacientes diabéticos tipo 2 (melhorando a sensibilidade a insulina) e para pacientes com doenças cardiovasculares (redução de 65% em arritmias ventriculares, redução de 40% nos sintomas de angina com 27% de redução na mortalidade por todas as causas) (8,9,10).

Estudo recente mostrou que a suplementação de 2g/dia de L-carnitina em homens submetidos a treinamento físico resistido por período de 9 semanas, é capaz de aumentar significativamente a força, com redução dos níveis séricos de lactato e melhor no perfil antioxidante (11).

A suplementação de carnitina pode ter efeito ainda melhor quando administrada conjuntamente com creatina (0,3g/Kg/dia) e ômega-3 (2g a 5g / dia) especialmente na melhora de pacientes com miopatias. Importante frisar que o consumo de carnitina a partir da dieta varia de 20mg a 300mg / dia na população, portanto para exercer ação terapêutica, é necessária a suplementação de 1g a 3g / dia (12).

Referências Bibliográficas:

1- Pooyandjoo M, Nouhi M. The effect of (L-)carnitine on weight loss in adults: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Obes Rev. 2016 Oct;17(10):970-6. / 2- Z. Binienda, B. Przybyla-Zawislak, A. Virmani, and L. Schmued, “L-carnitine and neuroprotection in the animal model of mitochondrial dysfunction,” Annals of the New York Academy of Sciences, vol. 1053, pp. 174–182, 2005. / 3- C. Mancuso, R. Siciliano, E. Barone, and P. Preziosi, “Natural substances and Alzheimer’s disease: from preclinical studies to evidence based medicine,” Biochimica et Biophysica Acta, vol. 1822, no. 5, pp. 616–624, 2012. / 4- I. Gülçin. Antioxidant and antiradical activities of L-carnitine. Life Sciences, vol. 78, no. 8, pp. 803–811, 2006. / 5- R. J. Bloomer and W. A. Smith, “Oxidative stress in response to aerobic and anaerobic power testing: influence of exercise training and carnitine supplementation,” Research in Sports Medicine, vol. 17, no. 1, pp. 1–16, 2009. View at Publisher · View at Google Scholar · View at Scopus. / 6- H. Casas, B. Murtra, M. Casas et al., “Increased blood ammonia in hypoxia during exercise in humans,” Journal of Physiology and Biochemistry, vol. 57, no. 4, pp. 303–312, 2001. View at Publisher · View at Google Scholar · View at Scopus. / 7- M. L. Parolin, L. L. Spriet, E. Hultman, M. G. Hollidge-Horvat, N. L. Jones, and G. J. F. Heigenhauser, “Regulation of glycogen phosphorylase and PDH during exercise in human skeletal muscle during hypoxia,” American Journal of Physiology: Endocrinology and Metabolism, vol. 278, no. 3, pp. E522–E534, 2000. / 8- M. A. / Giamberardino, L. Dragani, R. Valente, F. di Lisa, R. Saggini, and L. Vecchiet, “Effects of prolonged L-carnitine administration on delayed muscle pain and CK release after eccentric effort,” International Journal of Sports Medicine, vol. 17, no. 5, pp. 320–324, 1996. / 9- Ringseis, J. Keller, and K. Eder, “Role of carnitine in the regulation of glucose homeostasis and insulin sensitivity: evidence from in vivo and in vitro studies with carnitine supplementation and carnitine deficiency,” European Journal of Nutrition, vol. 51, no. 1, pp. 1–18, 2012. / 10- J. J. Di Nicolantonio, C. J. Lavie, H. Fares, A. R. Menezes, and J. H. O’Keefe, “L-carnitine in the secondary prevention of cardiovascular disease: systematic review and meta-analysis,” Mayo Clinic Proceedings, vol. 88, no. 6, pp. 544–551, 2013. / 11- Koozehchian MS, Daneshfar A, Fallah E, et al. Effects of nine weeks L-Carnitine supplementation on exercise performance, anaerobic power, and exercise-induced oxidative stress in resistance-trained males. J Exerc Nutrition Biochem. 2018 Dec 31;22(4):7-19. / 12- D’Antona G, Nabavi SM, Micheletti P. Creatine, L-carnitine, and ?3 polyunsaturated fatty acid supplementation from healthy to diseased skeletal muscle. Biomed Res Int. 2014;2014:613890.

Fonte: Vitafor

INTENSO PRÉ-TREINO E DESEMPENHO ESPORTIVO

Uma das classes de suplementos que mais cresce em termos de consumo e inovação são os populares “pré-treino” ou “pre-workouts”. Dentre os objetivos mais comuns para justificar o consumo estão: melhora de cognição (foco, estado de alerta, raciocínio, etc.), emagrecimento/perda de gordura corporal (o tão chamado efeito termogênico) e desempenho esportivo (força, tolerância ao esforço, etc.). Neste contexto, observa-se uma confusão de valores entre o que é de fato um efeito ergogênico (performance) e estético (composição corporal). Embora possa haver relação entre composição corporal e performance, o mais correto seríamos separar o que de fato é um suplemento com composição e finalidade de aumento de capacidade física e cognitiva (pré-treino), e o que é um suplemento termogênico, voltado primariamente para mudança de composição corporal. Além disso, suplementos pré-treino e termogênicos usualmente são blends (misturas) heterogêneos, abrangendo desde estimulantes (por exemplo, a cafeína) até aminoácidos e compostos nitrogenados (BCAAs, creatina, nitrato, etc.). Tal heterogeneidade dificulta a interpretação dos resultados obtidos nos estudos acerca do potencial ergogênico de um determinado ingrediente ou da combinação de ingredientes como um todo. Portanto, é mais factível entendermos os resultados apresentados abaixo como produto final da mistura de componentes.

Podemos dividir as evidências científicas em estudos agudos (1 dose) e crônico (dias ou semanas de suplementação). No tocante aos estudos agudos, Wylie et al. (2013) avaliaram os efeitos de 3 doses de nitrato sobre o desempenho esportivo em ergômetro. Os autores testaram as dosagens de 70, 140 e 280 ml de suco de beterraba (18, 73 e 290 mg de nitrato, respectivamente) 2 horas e meia antes da sessão de exercício realizada até a exaustão. O consumo feito 2 horas e meia antes do exercício tem seu racional fundamentado no fato que este é o tempo necessário para que os metabólitos do óxido nítrico (nitrato e nitrito) atinjam o pico plasmático. Os resultados demonstraram aumento do tempo de exaustão frente ao consumo de 73 mg de nitrato no pré-treino. Em ensaio randomizado, duplo cego, cross-over e controlado por placebo.

Jagim et al. (2015), também de forma randomizada, duplo cega, cross-over e controlada por placebo utilizaram um blend a base de carboidrato, creatina, beta-alanina, betaína e taurina (dentre outros ingredientes) 30 minutos antes de uma sessão de exercício anaeróbio (sprint) em jogadores de futebol americano. Foi observado aumento significativo da potência média gerada dentro da sessão (1397 ± 257 vs 1468 ± 304 W), indicando a eficácia ergogênica da suplementação. O mesmo grupo avaliou posteriormente o impacto desta mistura, na mesma população, sobre o sistema nervoso central e volume de treinamento. Os autores observaram que o tempo de reação dos jogadores de futebol americano diminuiu significativamente após a suplementação. Além disso, o número de repetições executadas no leg press a 75% da força máxima aumentou de modo significativo no grupo suplementado. Juntos, esses dois estudos mostram que a partir de uma combinação de ingredientes, é possível obter efeitos ergogênicos centrais e periféricos otimizando capacidades físicas que são pilares dentro da modalidade. Em estudos agudos, composição corporal não é tratada como desfecho em função da limitação de tempo. Porém, há estudos crônicos que consideram, além do efeito ergogênico, o impacto da suplementação sobre medidas de composição.

O’Bryan et al. (2019) avaliaram recentemente, de modo meta-analítico e sistemático, 35 ensaios randomizados que utilizaram suplementos com múltiplos ingredientes por pelo menos 6 semanas em associação ao treinamento de força. A intenção dos autores foi avaliar os ganhos em termos de massa e força muscular. A análise de “qualidade de evidência” demonstrou que os resultados dos estudos não foram influenciados por falhas metodológicas. Como conclusão, o consumo crônico de suplementos com múltiplos ingredientes, em associação ao treinamento de força, promove aumento de massa livre de gordura, força muscular e pode auxiliar na redução da perda de quantidade e qualidade muscular em idosos.

Os estudos apresentados servem de embasamento acerca de eficácia e segurança da suplementação e direcionamento para nossas condutas. Como conclusão geral, suplementos pré-treino não são necessariamente termogênicos. Suplementos pré-treino são destinados a aumento de capacidades físicas, principalmente o aumento do volume de treinamento. Portanto, é fundamental que a suplementação seja aplicada naqueles que realizam suas sessões de treinamento com consciência corporal e já possuem certo grau de maturidade muscular e experiência dentro da modalidade esportiva que pratica, uma vez que o efeito do suplemento depende do aumento de volume de treino. Por fim, embora possam ser híbridos, suplementos pré-treino podem não ter ação termogênica, o que não anula sua eficácia e aplicabilidade.

Fonte: Vitafor

SUPLEMENTAÇÃO EFETIVA NA VIDA CORRIDA DA MULHER MODERNA!

A rotina da mulher, atualmente, requer cuidados estratégicos para conciliar suas múltiplas tarefas, tanto em âmbitos pessoal e familiar como profissional. O Ministério do Trabalho do Brasil aponta o crescimento da ocupação feminina em cargos formais de trabalho de 40,8%, em 2007, para 44% em 2016. Esse cenário mostra a importância da manutenção de hábitos de vida equilibrados no público feminino a fim de garantir mais energia, disposição e foco nas atividades diárias.

Alimentação integrada

A alimentação integrada com a suplementação desempenha um papel essencial nesses cuidados com a mulher. Para isso, o aporte de nutrientes adequados que atuem na modulação do sistema nervoso central e no aumento da produção de energia corporal faz-se necessário. Dentre esses nutrientes e componentes ativos, podemos citar a cafeína, a taurina e a coenzima Q10. Todas possuem eficácia comprovada por estudos científicos, no aumento da performance física e mental, com destaque à melhora da disposição, concentração e foco, além de ajudar na amenização das condições de estresse.

Taurina para a rotina de mulheres ativas!

A taurina é um aminoácido que promove diferentes benefícios ao organismo. Uma recente revisão (2018) avaliou os estudos que indicavam o papel da taurina como coadjuvante do tratamento de doenças relacionadas ao músculo, sistema nervoso central e sistema cardiovascular, abordando suas principais funções, como regulação antioxidante, metabolismo energético, expressão de genes, redução do estresse oxidativo e neuromodulação. Os estudos mais recentes evidenciaram os novos mecanismos responsáveis pela citoproteção mediada pela taurina, caracterizada pelo conjunto de processos que mantém a integridade das estruturas celulares.

No cérebro, a taurina tem a capacidade de ativar os receptores GABA – um neurotransmissor que promove o relaxamento, aumentando seus níveis. Assim, atua na desaceleração da atividade cerebral e gera benefícios como redução do estresse, aumento do foco cerebral e desaceleração do envelhecimento cerebral.

Eficácia da coenzima Q10 na performance mental

A disfunção mitocondrial e o estresse oxidativo são dois fatores considerados os principais contribuintes para o declínio cognitivo e a fisiopatogênese de doenças neurodegenerativas, que acometem frequentemente as mulheres em idades mais avançadas. Os estudos propõem que a melhoria do funcionamento mitocondrial desempenha reduções no dano oxidativo e, portanto, na disfunção cognitiva relacionada à idade.
A suplementação de coenzima Q10 é considerada uma estratégia eficiente e que apresenta resultados positivos na melhora da função cerebral.

O desempenho cognitivo sofre influência da exposição ao estresse crônico. O cérebro é dependente de fornecimento de energia para manter as membranas elétricas ativas e as suas atividades de sinalização. Impedimento ou interrupção do fornecimento de energia neural, que pode acontecer em situações estressantes, compromete o funcionamento do cérebro, por meio de um possível rompimento da estrutura mitocondrial, semelhante ao que acontece na doença de Parkinson e Alzheimer. Sendo assim, a taurina tem a capacidade de promover propriedades anti-inflamatórias e aumentar a neurogênese, melhorando a plasticidade sináptica responsável pelas atividades cognitivas, memória e controle do humor.

Sua associação com a coenzima Q10 potencializa os efeitos no cérebro, visto que esse componente é essencial no metabolismo energético e antioxidante, apresentando efeitos neuroprotetores. Na rotina da mulher, os dois suplementos possuem eficácia para modulação neuronal e, também, para melhorar a produção de energia que proporciona mais disposição.

Fonte: Vitafor

LONGEVIDADE CELULAR: A NUTRIÇÃO COMO FATOR ESSENCIAL NO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL!

O avanço progressivo da ciência tem gerado um aumento positivo da expectativa de vida em países com maior desenvolvimento. Projeta-se que, em 2050, mais de um terço da população em países de alta renda apresentará idade de 60 anos ou mais. A grande preocupação por parte da saúde pública e dos profissionais envolvidos no atendimento integrado do paciente é o risco elevado de desenvolvimento de doenças crônicas, redução da produtividade e da qualidade de vida, despertando, assim, um alto interesse em iniciativas de prevenção e reversão do processo de envelhecimento funcional.

Diferentes teorias são atribuídas aos mecanismos associados ao envelhecimento, visto que esse processo é objeto de estudo na literatura científica. Ao nível molecular, a primeira teoria do envelhecimento é associada ao encurtamento dos telômeros, extremidades de cromossomos que determinam a expectativa de vida. Outros fatores moleculares como instabilidade genômica e alterações epigenéticas também estão ligados à senescência. Tais aspectos se manifestam ao nível fisiológico, que resulta em inflamação crônica, disfunção de organelas, mudanças no metabolismo corporal e função neuronal.

Uma condição clínica que pode comprometer a qualidade de vida ao longo do envelhecimento é a sarcopenia, caracterizada pelo rápido declínio na massa musculoesquelética e função física, prejudicando processos metabólicos vitais. Os baixos níveis de aptidão física, que pode ocorrer também pela insuficiência da ingestão proteica na alimentação, acarretam distúrbios como fraqueza, incapacidade e aumento da hospitalização nesses pacientes.

Por isso, é essencial destacar o papel da nutrição individualizada em associação a um programa de treinamentos físicos para se alcançar a longevidade de forma saudável. O aporte extraproteico é indispensável na dieta após os 40 anos. Além do processo sarcopênico, a inflamação corporal decorrente de alterações patológicas e na microbiota intestinal, por exemplo, elevam a degradação proteica muscular, gerando um comprometimento físico maior. Por isso, torna-se essencial a suplementação de proteínas de qualidade nessa fase da vida.

O microbioma intestinal como regulador da longevidade celular!

O papel do intestino como órgão regulador da homeostase corporal é comprovado nos estudos da ciência mais recentes. A típica composição bacteriana pode variar de indivíduo para indivíduo, contudo determinados filos constituem, de forma generalizada, 40 a 70% da composição da microbiota humana, com destaque aos Firmicutes.

Com o envelhecimento populacional, a prevalência de doenças metabólicas também se elevou. A disbiose no microbioma intestinal e nos metabólitos microbianos induz modificações na integridade da barreira do intestino, aumentando a passagem de componentes patogênicos para a corrente sanguínea, efeito que desencadeia ativação de processos inflamatórios. Alterações no microbioma intestinal ao longo do envelhecimento também exercem impacto no eixo do intestino-cérebro, dificultando os sinais neurais, endócrinos e imunológicos entre o intestino e o cérebro.

As biomoléculas produzidas endogenamente por micróbios comensais no trato gastrointestinal exercem diferentes funções na homeostase corporal, especialmente com capacidade imunomoduladora. Essas biomoléculas incluem vitaminas, hormônios e produtos de fermentação como ácidos graxos de cadeia curta e exopolissacarídeos. O ácido colânico é um dos exopolissacarídeos secretados extracelularmente por bactérias, assim, sendo capazes de promover a fissão mitocondrial e aumentar a resposta proteica mitocondrial sob condições de estresse, condição que pode favorecer a longevidade.

Uma prática chinesa que vem sendo estudada nos últimos anos, em busca de recuperação da saúde da microbiota do intestino, é o Transplante de Microbiota Fecal (TMF), usado majoritariamente para tratamento de episódios recorrentes e refratários de infecções gastrointestinais. O TMF é feito através da introdução da microbiota de um doador saudável para recuperar a composição bacteriana e melhorar parâmetros imunológicos e metabólicos. Apesar de ser uma intervenção antiga, ainda é preciso de mais trabalhos na literatura científica que comprovem sua real eficácia e viabilidade na prática clínica para ser usada como estratégia futura.

O envelhecimento saudável pode ser alcançado com a modulação da dieta e a suplementação eficiente, que são capazes de regular positivamente o metabolismo e favorecer a saúde da microbiota intestinal.

Fonte: Vitafor

Performance esportiva

A melhora da performance esportiva com auxílio da suplementação inteligente de substâncias naturais.

A qualidade do desempenho físico está associada ao condicionamento e estrutura mental do praticante de atividade física e pode ser influenciada por uma série de substâncias que atuam de diferentes formas no organismo.

Isso porque a performance esportiva desencadeia uma série de reações e substâncias no nosso organismo. Com o entendimento aprofundado dessa dinâmica, é possível identificar e aprimorar processos com o objetivo de otimizar estas reações antes, durante e após a prática de exercícios.

Algumas substâncias podem ter as mais diversificadas finalidades, como:

1. Proteger o corpo do desgaste e estresse oxidativo.
2. Aumentar a velocidade de recuperação dos danos causados pela atividade física.
3. Aumentar o próprio desempenho esportivo.
4. Estimular a produção de energia.
5. Otimizar a termogênese e emagrecimento.

Além de benefícios, é importante também compreender outros efeitos no organismo, como as consequências do estresse oxidativo resultantes da atividade muscular intensa:

 Decréscimo na concentração de vitaminas antioxidantes.
 Ativação da peroxidação lipídica.
 Redução da glutationa e antioxidantes endógenos.
 Aumento do conteúdo de MDA e da xantino-oxidase.
 Fenômeno isquemia/reperfusão.

Por todas estas razões, as suplementações e os antioxidantes podem ser importantes aliados para a performance, e principalmente para a saúde, dos praticantes de atividades físicas.

 Fonte: Essential Nutrition

COMO INDIVIDUALIZAR O ATENDIMENTO DO ATLETA COM BASE NA NUTRIGENÔMICA ESPORTIVA?

A individualização do tratamento nutricional é uma estratégia cada vez mais comprovada como assertiva para qualquer paciente. E isso se expande também aos atletas, uma vez que a performance esportiva depende do funcionamento adequado do organismo e das respostas adaptativas ao esporte.

O desempenho atlético é considerado um fenótipo complexo, multifatorial e influenciado pela nutrição. As variantes genéticas afetam a forma como absorvemos e metabolizamos os nutrientes e compostos ativos, na qual as interações gene-dieta modificam as vias metabólicas relevantes para o rendimento esportivo e a saúde como um todo. Longe de ser um conceito novo, a nutrição personalizada baseada no genótipo individual do atleta é a conduta mais eficiente para trazer resultados positivos na prática esportiva.

A avaliação genética mais fidedigna está relacionada aos efeitos biológicos que determinados genes podem alterar as medidas como massa magra, resistência muscular e densidade óssea, além de minimizar a ocorrência de lesões decorrentes dos treinamentos e competições. Sendo assim, estudos genéticos identificaram alguns genes que contribuem para a modulação esportiva.

O uso da cafeína como recurso ergogênico é vantajoso para potencializar o desempenho esportivo, mas deve ser incluso na rotina de atletas de acordo com as características individuais e genéticas. Um recente trabalho (2018), feito com 101 atletas masculinos, avaliou os efeitos que a suplementação de cafeína promoveria no desempenho esportivo, de acordo com as variantes genéticas e a resposta do corpo em relação aos genes avaliados e o esporte. Dos participantes, incluíram maratonistas, ciclistas, triatletas, esportes mistos (futebol, basquete e natação), levantamento de peso, entre outros. Em uma intervenção randomizada, os voluntários receberam doses de cafeína (0, 2 e 4 mg/kg) ou placebo submetidos a um teste contrarrelógio de 10km. Os autores avaliaram a presença ou ausência do polimorfismo no gene CYP1A2, com a seguinte classificação: metabolizadores rápidos da cafeína (genótipo AA); metabolizadores lentos heterozigotos (genótipo AC) e metabolizadores lentos homozigotos (genótipo CC).

Ao avaliar de forma isolada, os achados do trabalho demonstraram que metabolizadores rápidos de cafeína (genótipo AA) otimizaram o desempenho em aproximadamente 5% com a menor dose de cafeína, no valor de 2mg/kg e de 6,8% com a dose de 4mg/kg. Já atletas que foram classificados com metabolismo lento (genótipo AC) não obtiveram nenhum benefício ergogênico. Por fim, nos participantes com genótipo AC de metabolização lenta, houve uma diminuição do desempenho em 13%. A suplementação de cafeína, portanto, deve ser avaliada de forma individual na prática esportiva.

Um estudo (2015) investigou o DNA genômico de jogadores de futebol americano e a presença de polimorfismo específico que poderia melhorar ou prejudicar o desempenho atlético. O perfil genético de DNA preditivo para o desempenho foi utilizado com intuito de elaborar programas personalizados de treinamento e nutrição. A importância de se considerar a genética dos atletas foi comprovada no estudo, no qual se apontaram evidências de que é preciso avaliar o perfil genético para maximizar o desempenho dos jogadores.

Em qualquer tipo de atendimento nutricional, seja para atletas ou para pessoas com condições clínicas específicas, um programa dietético bem-estruturado deve considerar o perfil genético a fim de traçar condutas assertivas e promissoras para obter os resultados esperados. Os avanços da ciência e da tecnologia vêm permitindo com mais facilidade esse tipo de avaliação na prática do nutricionista.

Fonte: Vitafor

Carotenoides

Os carotenoides são uma grande família de substâncias derivadas da vitamina A e de aparência laranja, vermelha e amarela, que desempenham papéis antioxidantes. A concentração de carotenóides na pele depende da ingestão ou suplementação dietética, além de sua biodisponibilidade. Após a absorção no intestino e o transporte para a pele, os carotenoides se acumulam principalmente na epiderme.

Estudos indicaram efeitos fotoprotetores de muitos carotenoides, particularmente betacaroteno, mas também licopeno, luteína, astaxantina e zeaxantina. Além das propriedades diretas de absorção de luz, os carotenoides fornecem fotoproteção endógena e contribuem para a prevenção de danos por ultravioleta. Isso se dá por seus efeitos antioxidantes bem conhecidos:

  • eliminação de espécies reativas de oxigênio que levariam à fotoinativação de enzimas antioxidantes e

  • Inativação da peroxidação lipídica e da indução de danos ao DNA.

Além disso, os carotenoides interferem na expressão gênica induzida pela luz ultravioleta, modulam a sinalização dependente do estresse e suprimem as respostas celulares e teciduais, como inflamação.

Dosagem e duração

Os efeitos fotoprotetores sistêmicos dessa pró-vitamina dependem da dose e da duração do tratamento. Na maioria dos estudos de intervenção com carotenoides, a fotoproteção foi observada somente após um mínimo de 10 semanas de ingestão alimentar ou suplementação, com doses superiores a 12 mg / dia.

Confira algumas descobertas sobre os carotenoides:

Betacaroteno

Em estudo com 30 mulheres saudáveis com mais de 50 anos, a suplementação com betacaroteno melhorou as rugas faciais e a elasticidade. Outros efeitos positivos também foram observados, mas tiveram variação de acordo com a dosagem administrada. Os níveis de mRNA do procolágeno tipo I, por exemplo, aumentaram significativamente apenas no grupo de dose baixa (30mg/dia), contra um crescimento discreto no grupo que ingeriu 90mg/dia.

Fig. 1. Alterações nas rugas faciais medidas pelo Visiometer em cada grupo de tratamento. Os valores do Visiometer R1, R4 e R5 no grupo de dose baixa tiveram redução significativa após 3 meses de suplementação de betacaroteno. Os valores do Visiometer R1-R5 diminuíram no grupo de alta dose, mas sem significância estatística.

Fig. 3. Expressão de mRNA do procolágeno tipo I em cada grupo de dose. Os níveis de mRNA de procolágeno I foram medidos por RT-PCR em tempo real, antes e após a suplementação oral de betacaroteno.

Astaxantina

Pesquisa publicada em Nutrients analisou os efeitos da suplementação de 4mg/dia de astaxantina ao longo de 10 semanas. O estudo, duplo-cego controlado por placebo, contou com a participação de 23 japoneses saudáveis.

O grupo da astaxantina apresentou dose mínima de eritema aumentada, em comparação com o placebo. Além disso, o grupo da astaxantina teve uma menor perda de hidratação da pele na área irradiada. As condições subjetivas da pele para “melhora da pele áspera” e “textura” em áreas não irradiadas foram significativamente melhoradas pela astaxantina.

Segundo os pesquisadores, a astaxantina parece proteger contra a deterioração da pele induzida por UV e ajuda a manter a pele saudável em pessoas saudáveis.

Fig. 4. Alterações na escala visual analógica (EVA) para “melhora da pele áspera” (a) e “textura” (b) na área não irradiada, nos grupos placebo (preto) e astaxantina (vermelho).

Licopeno

Estudo randomizado, realizado na Universidade de Manchester, analisou os efeitos na pele após 12 semanas de ingestão de 16mg de licopeno (55g de molho de tomate) por dia. Participaram do estudo 20 mulheres saudáveis, com idade média de 33 anos (faixa de 21-47).

A análise dos dados destacou que o molho de tomate rico em licopeno possui propriedades protetoras significativas contra a resposta eritematosa induzida por raios ultravioleta e indicadores agudos de fotodano do tecido na pele.

Fig. 5. Radiação ultravioleta aguda (UVR) induz expressão da metaloproteinase de matriz (MMP) e isso é interrompido pela dieta com suplementação de molho de tomate. Fotomicrografias representativas da coloração de MMP-1da pele pré-suplementada na linha de base (não irradiado) e 24 h pós-UVR mostrando uma indução desta enzima.As setas destacam as células coradas positivamente.

Fig. 7. Esquema ilustrando a via oxidativa de fotodano iniciado por radiação ultravioleta (UVR) e proteção veiculada pelo licopeno. ROS: espécies reativas de oxigênio; mtDNA: DNA mitocondrial; AP-1: proteína ativadora-1; MMP: metaloproteinase de matriz; ECM: matriz extracelular.

 Fonte: Essential Nutrition

Suplementação de spirulina no esporte para a redução do estresse oxidativo

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O estresse oxidativo corporal é uma condição comum na prática esportiva. É caracterizado como um desequilíbrio entre a produção de radicais livres e o sistema de defesa antioxidante endógeno, levando ao acúmulo de danos oxidativos, bem como ativação de vias de sinalização associadas ao estresse e desenvolvimento de condições patológicas, principalmente doença cardiovascular, resistência à insulina e disfunção no metabolismo lipídico.

 

No decorrer do exercício físico, a captação de oxigênio aumenta, em torno de 10 a 20 vezes para os músculos esqueléticos ativos, mecanismo responsável por gerar maior produção de espécies reativas de oxigênio (EROS) e radicais livres. Esses componentes interagem de forma negativa com as macromoléculas biológicas, especialmente DNA, ácidos graxos poli-insaturados, aminoácidos e proteínas ativas. O aumento da taxa metabólica e o consumo de oxigênio pelas fibras musculares, além da diminuição do pH intramuscular durante o exercício, podem acelerar essa produção de radicais livres. Os principais locais de geração de EROs nos músculos são mitocôndrias, xantina oxidase, fosfato de nicotinamida adenina dinucleotídeo (NADPH) oxidase, processos dependentes de fosfolipase A2 e algumas células imunológicas, incluindo macrófagos, monócitos, eosinófilos e neutrófilos. Outros mecanismos também são associados a produção de EROS no esporte, como o aumento dos níveis de catecolaminas, liberação de metamioglobina do músculo lesado e a interação da metamioglobina e da meta-hemoglobina com os peróxidos de hidrogênio.

O papel dos antioxidantes dietéticos na contribuição para equilibrar o sistema antioxidante corporal e prevenir danos provocados pelo excesso de radicais livres durante a prática esportiva é identificado em recentes pesquisas cientificas. É preciso ressaltar que investigações mais atuais relatam que a produção de EROS mitocondrial no músculo durante o exercício é programada e essencial para as principais vias de sinalização associadas à adaptação muscular ao exercício. Contudo, o excesso desses radicais pode levar ao comprometimento celular em longo prazo, por isso, a adequação nutricional se faz necessária.

Dentre as funções investigadas dos antioxidantes exógenos, destacam-se a proteção contra lesões mediadas por radicais livres, tanto por ação direta, quanto por indução na produção de antioxidantes endógenos. Essas funções incluem a conversão de EROS em moléculas menos ativas e a indução de algumas enzimas antioxidantes importantes, como glutationa peroxidase e superóxido dismutase.

Estudos comprovam a eficácia antioxidante dos fitoquímicos presentes na spirulina, alga verde-azulada composta por moléculas funcionais, como a ficocianina, o ?-caroteno, o tocoferol, o ácido ?-linolênico e compostos fenólicos. Para comprovar sua eficácia, um estudo avaliou os efeitos da suplementação de spirulina na prevenção de danos ao músculo esquelético, em um modelo de teste físico. A amostra foi composta por 16 estudantes suplementados com Spirulina platensis, além de sua dieta normal por 3 semanas. Foram coletadas amostras de sangue após o término do exercício de esteira incremental, antes e após o tratamento. Os resultados mostraram que as concentrações plasmáticas de malondialdeído (MDA) foram significativamente diminuídas após a suplementação com spirulina. Além disso, a atividade da enzima superóxido dismutase sanguínea aumentou de forma significativa. Outro efeito observado com a suplementação foi um maior tempo até a exaustão, sugerindo que os benefícios antioxidantes desencadeados pelos componentes nutricionais da alga demonstraram efeito preventivo do dano muscular durante o exercício total.

A modulação antioxidante no esporte é uma estratégia eficiente para prevenir efeitos deletérios musculares desencadeados pelo excesso de produção de radicais livres. Contudo, deve ser feita de forma cuidadosa e planejada, visto que uma quantidade significativa de radicais é esperada para adaptação do músculo durante o exercício físico. O equilíbrio nutricional é a chave para garantir máximo desempenho esportivo.

Fonte: Blog científico NE

 

REFERÊNCIAS

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Consumo de fruta na prática esportiva: o que a ciência diz?

A importância e os benefícios de incluir frutas na dieta | Receita de Vida | MSD

Uma dieta balanceada é essencial para alcançar melhor desempenho esportivo e para promover e manter a saúde do atleta. Durante o exercício, ocorre o esgotamento dos estoques de glicogênio muscular, a desidratação e os danos musculoesqueléticos que podem comprometer os resultados na prática.

Em exercícios de alta intensidade, os atletas passam por ciclos regulares de estresse fisiológico acompanhados por inflamação transitória, estresse oxidativo e alterações imunológicas, bem como crescentes influências nutricionais. As medidas mais eficazes, especialmente, quando consideradas a partir de uma perspectiva metabolômica, incluem a modulação no consumo de carboidratos e alimentos fontes de polifenóis. O consumo de carboidratos, seja por alimentos ou por suplementos, pode reduzir os níveis de hormônios relacionados ao estresse pós-exercício, a inflamação e a mobilização e oxidação de ácidos graxos. Uma forma eficiente, neste caso, é adequar a ingestão de frutas que, além de contribuir com o aporte de carboidratos, oferece alta concentração de polifenóis e metabólitos com benefícios para a capacidade oxidativa e imunomoduladora.

Um estudo comparou o efeito agudo da ingestão de banana ou de uma bebida composta por carboidratos a 6% (CHO), em 75 km de desempenho cíclico, a fim de avaliar a inflamação pós-exercício, parâmetros de estresse oxidativo e função imunológica inata, utilizando perfis tradicionais e metabolômicos. Para isso, 14 ciclistas treinados completaram dois testes de tempo de ciclagem de 75 km, em modelo randomizado e cruzado. As amostras de sangue pré, pós e 1 hora pós-exercício foram analisadas em relação à presença de glicose, fagocitose de granulócitos (GR) e monócitos (MO) e perfis metabólicos. Dos 103 metabólitos detectados, 56 apresentaram efeitos no tempo de exercício e apenas um (a dopamina) teve padrão de mudança que diferiu entre os dois grupos.  O grupo que ingeriu bananas apresentou maior concentração de dopamina, além de uma produção aumentada de glutationa e utilização de substratos em diferentes vias metabólicas.

A frutose é um tipo de carboidrato com algumas peculiaridades em relação ao consumo. Por oferecer baixo índice glicêmico, metabolismo independente de insulina e rápida absorção hepática, apresenta características que suportam sua indicação como suplemento pré-exercício, principalmente, com o intuito de melhorar o desempenho e prolongar o tempo até a exaustão em exercícios de endurance. Contudo ressalta-se que a forma recomendada de ingestão da frutose deve ser aquela encontrada naturalmente nas frutas, uma vez que sua combinação com a glicose (na fruta) potencializa as respostas metabólicas durante o exercício de força e favorece seu metabolismo imediatamente após o esforço, resultados comprovados em um modelo experimental com homens treinados.

REFERÊNCIAS

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NASCIMENTO, M. et al. Effect of a Nutritional Intervention in Athlete’s Body Composition, Eating Behaviour and Nutritional Knowledge: A Comparison between Adults and Adolescents. Nutrients, v. 8, n. 535, p. 1-14, 2016.

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NIEMAN, D; MITMESSER, S. Potential Impact of Nutrition on Immune System Recovery from Heavy Exertion: A Metabolomics Perspective. Nutrients, v. 9, b. 513, p. 1-23, 2017.

ROSSET, R. et al. Postexercise repletion of muscle energy stores with fructose or glucose in mixed meals. Am J Clin Nutr., v. 105, n. 3, p. 609-617, Mar. 2017.

SÁ, C; FERNADÉZ, J; GRIGOLETTO, M. Respostas Metabólicas à Suplementação com Frutose em Exercício de Força de Membros Inferiores. Rev Bras Med Esporte, v. 16, n. 3, p. 176-181, Mai/Jun. 2010.

SHARMA, S. et al. Paradoxical Effects of Fruit on Obesity. Nutrients, v. 8, n. 633, p. 1-16, 2016.

A importância da alimentação para pessoas com doenças raras

Como retardar o amadurecimento das frutas: saiba mais

O Brasil tem mais de 13 milhões de pessoas com doenças raras, aquelas que afetam até 5 pessoas a cada 10 mil. Tem-se conhecimento, no país, de cerca de 7 de mil dessas doenças, sendo a maioria de origem genética.

Difíceis de diagnosticar, por apresentarem particularidades e sintomas parecidos com doenças comuns, são capazes de gerar danos à saúde do paciente. Um meio de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas é por meio da nutrição e alimentação, que representa um papel essencial à elas.

A alimentação e a nutrição são indispensáveis a quem tem essas patologias. Podendo ser crônicas, progressivas e degenerativas, dar conforto e segurança aos diagnosticados com essas doenças é primordial e a alimentação pode ser um vetor desse processo.

Os alimentos precisam ser prescritos de forma adequada à individualidade de cada pessoa. No Pequeno Cotolengo, a refeição é um momento muito esperado pelos pacientes, como em qualquer família, afinal eles moram lá. Cada refeição é um momento de descobertas, de saborear muito mais que o alimento, de fortalecer vínculos e a identidade. Aprendem-se gestos, se vivem emoções, se proporciona autonomia. O afeto fortalece e gera força motriz para existir no mundo, reconhecer beleza e enfrentar desafios e obstáculos”.

A ideia é que a alimentação seja um momento prazeroso e possa ser uma experiência satisfatória independente do estado da comida, seja sólida, pastosa ou liquidificada, levando cores e sabores novos a cada refeição.

Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras

O Brasil apresenta legislação para dar assistência às pessoas com doenças raras desde 2014. A Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), institui incentivos financeiros de custeio aos necessitados.

Entre doenças raras conhecidas estão a Doença de Crohn, uma síndrome inflamatória do trato gastrointestinal e que ganhou notabilidade no meio da internet por acometer o influenciador Felipe Neto, o Lúpus, doença autoimune, a atrofia muscular espinhal (AME), causadora de problemas nos neurônios motores, o hipopituitarismo (deficiência do hormônio do crescimento), entre outros.

Fonte: CRN-8