Probióticos e suas indicações

probiotico

Muito em alta, os probióticos são os microrganismos vivos que quando consumidos adequadamente conferem bene­fícios à saúde do indivíduo, tais como integridade do organismo e a melhoria da função e do revestimento intestinal, mas eles não são todos iguais.

As cepas bacterianas (conjuntos de espécies de bactérias que compartilham, ao menos, uma característica)  mais conhecidas e utilizadas são Lactobacillus, Bifidobac­terium, Enterococcus e Streptococcus, mas existem muitas outras.  Cada uma delas tem uma função específica no organismo e vem sendo estudadas de uma maneira isolada dentro de uma patologia específica.

Abaixo reunimos em uma tabela resumida as principais cepas bacterianas e suas indicações ou patologias nas quais determinada cepa apresentou destaque. Ressalta-se que esta tabela foi construída baseada nos artigos científicos supra citados e que não necessariamente limita o seu uso apenas nas doenças listadas.

 

Cepa bacteriana Aplicação
Lactobacillus casei Envolvido na inibição de bactérias nocivas, tratamento de diarreia, alergia, imunomodulação, redução do colesterol e glicemia, doença inflamatória intestinal. Possui estudos também mostrando efeito anti-hipertensivo e antiobesidade, como adjuvante para erradicação do H. pylori e também para a prevenção de infecções comuns em atletas
Lactobacillus acidophilus Tratamento e prevenção de diarreia associada ao antibiótico,síndrome de intestino irritável, redução do colesterol, triglicerídeo e aumento do HDL
Lactobacillus plantarum Reduz colesterol, glicose e peso
Lactobacillus rhamnosus Tratamento de diarreia causada por Clostridium e por antibióticos, terapia adjuvante para erradicação do H. pylori,redução dos sintomas de ansiedade e depressão, aumento da sensibilidade à insulina, redução de peso corporal
Bifidobacterium lactis Aumenta a resposta imune
Bifidobacterium bifidum Reduz a frequência de episódios de diarreia
Bifidobacterium infantis Alivia alguns sintomas da síndrome de intestino irritável
Bifidobacterium animalis Alivia a constipação intestinal

Aumenta a sensibilidade à insulina 

Bifidobacterium longum Redução dos sintomas de ansiedade
Lactobacillus gasseri Perda de peso
Lactobacillus reuteri Prevenção da perda óssea, redução de cólicas do recém-nascido, terapia adjuvante para erradicação do H. pylori, redução da glicose
Lactobacillus paracasei Tratamento de diarreia aguda e rinite alérgica
Lactobacillus helveticus Redução dos sintomas de ansiedade
Saccharomyces boulardi Tratamento de diarreia causada por Clostridium e por antibióticos; terapia adjuvante para erradicação do H. pylori
Streptococcus thermophilus Reduz a frequência de episódios de diarreia e os sinais associados com a má digestão da lactose. Alivia alguns sintomas da síndrome de intestino irritável
Enterococcus faecium Tratamento de diarreia aguda e causada por antibiótico

Fonte: Revista Essentia Edição 10 http://essentia.com.br/revista/

 

Whey Protein no café da manhã: benefícios !!!

whey

Um estudo realizado em Israel aponta que um café da manhã que contenha Whey Protein pode ajudar a gerenciar o diabetes tipo 2.

“Uma estratégia de sucesso para a perda de peso pode ser através de um café da manhã rico em proteína, um almoço de tamanho médio e um pequeno jantar, que mostrou melhorar a saciedade e reduzir picos de glicose ao longo do dia em pessoas com obesidade e diabetes tipo 2”, relatou a autora do estudo Daniela Jakubowicz, MD, professora de medicina na Universidade de Tel Aviv.

“No entanto, os benefícios de elevado teor de proteínas no café da manhã também dependem da sua fonte e qualidade”, disse Jakubowicz. “A proteína em pó do soro de leite (whey protein), induziu maior saciedade e redução de picos de glicose após as refeições, em comparação com outras fontes de proteínas, tais como ovos, soja ou atum.”

Jakubowicz e seus colegas investigaram se, em pessoas com sobrepeso e obesas com diabetes tipo 2, o whey protein seria mais eficaz do que outras proteínas para a perda de peso, saciedade e redução dos picos de glicose e níveis de HbA1c (hemoglobina glicada).

Eles distribuíram aleatoriamente 48 participantes com sobrepeso e obesos com diabetes tipo 2 (em média, 59 anos de idade) para uma das três dietas do estudo que continham o mesmo número de calorias.

Os participantes ingeriram um café da manhã de tamanho grande, um almoço de tamanho médio, e um pequeno jantar, sendo que o que diferenciava os grupos era a composição, quantidade e fonte das proteínas do café da manhã.

Um grupo se alimentou, na maioria, com whey protein durante o café da manhã através de shakes(vitaminas). As proteínas do segundo grupo vieram através de ovos, soja ou atum. O terceiro grupo ingeriu carboidratos ou amidos.

Após 12 semanas, o grupo whey protein perdeu mais peso: 7,6 kg, em comparação com 6,1 kg para aqueles do grupo outras proteínas, e 3,1 kg para o grupo carboidratos.

Os participantes do grupo whey protein se sentiam mais saciados durante todo o dia, apresentavam picos mais baixos de glicose após as refeições, em comparação com as outras duas dietas, e maior redução dos níveis de HbA1C.

“A dieta com whey protein suprime significativamente o hormônio da fome ‘grelina’. A bebida é facilmente preparada e oferece as vantagens de um café da manhã rico em proteínas para a perda de peso, redução da fome, picos de glicose e HbA1c”, afirmou Jakubowicz.

A Fundação para a Investigação Científica do Centro Médico Wolfson, em Holon, Israel, apoiou o estudo.
Fonte:http://www.newswise.com/articles/large-whey-protein-breakfast-may-help-manage-type-2-diabetes

 

Leucina o que é?

leucina

Leucina?

Quando falamos de ganho de massa muscular, não há dúvida em dizer que uma oferta maior de proteínas e planejamento nutricional sejam necessários. A composição além da quantidade são importantes serem observadas, ou seja, o perfil de aminoácidos que compõe essa proteína. Já foi demonstrado através da ciência que uma proteína rica em aminoácidos de cadeia ramificada BCAA’s (leucina, isoleucina e valina), se torna mais eficiente na sinalização da síntese proteica. Em especial a leucina tem essa capacidade de estimular a síntese proteica e ganhou atenção por ser um aminoácido capaz de estimular uma molécula conhecida como MTOR (mammalian target of rampamycin) responsável pela regulação na sinalização da síntese proteica e com isso, o aumento da massa muscular.

Através de pesquisas, a maior responsividade na síntese proteica ocorre quando se ingere em torno de 1,7g a 3,5g de leucina nas refeições seguintes aos treinamentos. O interessante é que 30g de proteína do soro do leite ou 170g de carne vermelha possui em torno de 3g de leucina. Logo , quando se tem o consumo desses alimentos na quantidade ideal, não é necessário a suplementação. Porém, onde se é consumido uma quantidade pequena de proteína,  a adição de leucina pode restabelecer a sinalização ótima da síntese proteica.

Apesar da leucina mostrar essa capacidade de amplificar a sinalização no ganho de massa muscular, os estudos falham quando se consome a leucina de forma isolada. Para que ocorra uma adequada sinalização da leucina, é necessário que ela seja ofertada na presença de outros aminoácidos contidos em uma proteína.

Importante frisar que o excesso de leucina não traduz em anabolismo. Sendo assim, a suplementação de leucina deve ser acompanhada por um nutricionista, que ao elaborar o plano alimentar, cardápio e distribuir as fontes proteicas ao longo do dia, identificará a real necessidade e quantidade de leucina a ser suplementada.

Gengibre

gengibre

É muito provável que, ao estar resfriado, você já tenha recebido a seguinte orientação: “prepara um chá de gengibre” Há registros de que indicações como essa, ligadas à saúde ou então dicas culinárias que envolvam gengibre vêm sendo discutidas e disseminadas desde 200 anos antes de Cristo.

Suas origens vêm da China e Índia, onde o condimento ganhou espaço. O povo grego  Utilizava o gengibre antes de uma grande festa, eles tinham por hábito comer pão com gengibre para evitar possíveis náuseas causadas pelos “exageros” festivos. Já os marinheiros chineses costumavam ingerir gengibre para prevenir o enjoo durante as travessias.

BEM-ESTAR NO DIA A DIA

Em sua essência o gengibre é uma raiz que possui mais de 400 princípios ativos descongestionantes, expectorantes, digestivos e tônico. Resultados clínicos identificaram que sintomas como gripes, tosses, náuseas, gases, dores de estômago e enjoos podem ser minimizados com o auxílio do gengibre.

No caso do alívio de enjoos, outro ponto a favor é o fato de ele não produzir efeito sobre o sistema nervoso central, apenas sobre o sistema digestivo, ao contrário da maioria dos remédios utilizados para esse fim.

O National Institutes for Health (NIH) publicou pesquisa em relação ao auxílio do gengibre na redução das cólicas abdominais no período menstrual das mulheres. As participantes ingeriram durante três dias, quatro vezes ao dia, 250 mg de gengibre. Do total de participantes, 62% relataram que as dores foram minimizadas.

Em outro estudo foram entrevistadas pessoas com osteoartrite,doença degenerativa das articulações, e o gengibre mostrou-se mais uma vez eficaz na redução das dores. Os participantes ingeriram continuamente 250 mg de extrato de gengibre, quatro vezes ao dia, e após três meses de tratamento as dores suavizaram.

NÁUSEAS INDUZIDAS POR QUIMIOTERAPIA

Um dos efeitos colaterais mais comuns durante o tratamento quimioterápico para o câncer é a produção de náuseas. Gengibre já é conhecido como um remédio natural para náuseas por conter oleoresinas, substâncias que têm um efeito na musculatura do aparelho digestivo, além de seu efeito anti-inflamatório.

Em 2009 mais de 600 pacientes com câncer documentaram melhora da náusea induzida pela quimioterapia em 40% dos casos. Um estudo de 2012 avaliou qual a melhor dose de extrato de gengibre para ter um efeito adequado para náuseas. Neste estudo, foi dado aos pacientes 0,5 grama, 1 grama e 1,5 grama de gengibre dividido em duas vezes ao dia por 6 dias, começando 3 dias antes da infusão da quimioterapia. As doses mais efetivas foram de 0,5 a 1 grama de e!rato de gengibre, com resultados bastante significativos.

Embora os resultados com o gengibre sejam satisfatórios, há relatos de efeitos colaterais leves associados ao uso – como diarreia, azia e desconforto no estômago. Portanto, principalmente no caso de gestantes, portadores de pedras na vesícula e diabéticos, é necessário consultar um médico para avaliar se a ingestão é segura.

GENGIBRE PARA PERDA DE PESO

Conforme a publicação da Advanced Nutrition: The Macronutrients, da autora Carolyn Berdanier, o gengibre possui a capacidade de acelerar o metabolismo entre 2% e 5% e, consequentemente, queimar calorias. A substância responsável pela ação termogênica, que mantém o metabolismo acelerado para obter a maior queima calórica, é o gingerol. As propriedades termogênicas são potencializadas quando, junto ao gengibre, são acrescentados açafrão, alho, canela ou pimenta.

Naturalmente, a ingestão de gengibre auxilia na perda ou manutenção do peso, porém, para tornar-se plenamente eficaz, é necessário aliar essa estratégia à prática de exercícios físicos, sem esquecer-se de adotar hábitos alimentares saudáveis. O esforço para firmar parceria entre essas três medidas é extremamente válido, afinal o tempo para atingir o resultado esperado reduzirá significativamente.

MODOS DE USO TERAPÊUTICO DO GENGIBRE

É possível aplicá-lo e/ou ingeri-lo de variadas formas, conforme o sintoma que se pretende aliviar:

– Chá com a raiz da planta: febre, resfriado e tosse.

– Compressas quentes com óleo: sintomas de artrite, gota, cólicas menstruais, dores de cabeça e na coluna.

– Escalda-pés com raiz em pedaços: cansaço.

– Massagens com óleo: problemas de coluna e de articulações, músculos cansados e cãibras.

– Mastigar pedaços em forma de cristais: tosse, resfriado, bronquite, rouquidão, asma e inflamações na garganta.

– Extrato concentrado: náuseas de quimioterapia ou de movimento.

Referências:

1 Medline Plus. U.S. National Library of Medicine. National Institutes for Health (NIH).

2 Food.com. Disponível em: http://www.food.com/library/ginger-166

3 Mansour MS, Ni YM, Roberts AL, Kelleman M, Roychoudhury A, St-Onge MP.Ginger consumption enhances the thermic effect of food and promotes feelings of satiety without affecting metabolic and hormonal parameters in overweight men: a pilot study. Metabolism. 2012 Oct;61(10):1347-52.

4 “Advanced Nutrition: Macronutrients, Micronutrients, and Metabolism”; Carolyn D. Berdanier; 2009.

5 Live Strong. May-Jun-Jul, 2011.

Habib, S.H.M. Ginger Extract (Zingiber Officinale) has Anti-Cancer and Anti-Inflammatory Effects on Ethionine-Induced Hepatoma Rats. Clinics. 2008 December; 63(6): 807–813.

6 Brent A. Bauer, M.D. To Mayo Clinic Interview: Can taking ginger for nausea reduce or eliminate nausea and vomiting caused by chemotherapy?

  • Ryan JL, et al. Ginger (Zingiber officinale) reduces acute chemotherapy-induced nausea: A URCC CCOP study of 576 patients. Supportive Care in Cancer. In press. Accessed Aug. 5, 2011.
  • Pillai AK, et al. Anti-emetic effect of ginger powder versus placebo as an add-on therapy in children and young adults receiving high emetogenic chemotherapy. Pediatric Blood & Cancer. 2011;56:234.
  • Ginger. Natural Medicines Comprehensive Database. http://www.naturaldatabase.com. Accessed Aug. 16, 2011.
  • Ryan JL, et al. Ginger for chemotherapy-related nausea in cancer patients: A URCC CCOP randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial of 644 cancer patients. Journal of Clinical Oncology. 2009;15(suppl):9511.
  • Zick SM, et al. Phase II trial of encapsulated ginger as a treatment for chemotherapy-induced nausea and vomiting. Support Care Cancer. 2009;17:563.
  • Bauer BA (expert opinion). Mayo Clinic, Rochester, Minn. Aug. 18, 2011.

7 University of Maryland Medical Center. Disponível em: http://umm.edu/health/medical/altmed/herb/ginger#ixzz2XRrHEmdt

 

Couve não é o vegetal mais saudável do mundo

agriao

Você já teve um membro da família que sempre parecia ofuscar todos os outros? Assim é o agrião. Não existe tal coisa como um “alimento perfeito”, mas o agrião pode ser considerado um superalimento devido ao seu alto valor nutricional.

Baseado no índice de densidade de nutrientes agregados (sigla em inglês, ANDI), uma classificação de valor nutricional por caloria, o agrião tem uma pontuação nutricional excelente. Basicamente, isto significa quanto de nutrição que um alimento pode conter, sem que afete a sua cintura. O agrião recebeu a pontuação 100, estando a frente de alimentos como couve (49) e couve-flor (25).

Aqui estão os cinco principais benefícios do agrião para a saúde:

1. Potencial de combate ao câncer

Excelente fonte de impulsionadores do sistema imunológico, vitaminas A e C, e contendo altos níveis de antioxidantes, o agrião pode diminuir a inflamação e evitar que as células cancerosas se espalhem. Contém isotiocianatos, compostos que ajudam o corpo a desintoxicar-se de produtos químicos que causam câncer.

Um estudo de 60 fumantes e não-fumantes descobriu que a adição de 1 1/2 xícaras de agrião cru em suas dietas, por dois meses, reduziu o dano ao DNA e aumentou os níveis de antioxidantes no sangue, reduzindo potencialmente o risco de câncer. Em vários estudos, foi apontado que o consumo regular de vegetais crucíferos como o agrião está ligado a um menor risco de cânceres da bexiga, pulmão, próstata e mama. O agrião também pode ajudar a prevenir danos às células saudáveis durante o tratamento do câncer.

2. Saúde Óssea

Excelente fonte de vitamina K e cálcio, nutrientes necessários para ossos fortes.

3. Saúde do Coração

O agrião pode ajudar a prevenir doenças do coração, diminuindo os níveis de triglicerídeos. É também rico em nitratos, compostos que podem reduzir a pressão arterial.

4. Prevenção e Gestão de Diabetes

Rico em um antioxidante chamado ácido alfa-lipóico (ALA), que pode ajudar a melhorar a sensibilidade das células à insulina e reduzir os níveis de açúcar no sangue, como também ajudar a diminuir a neuropatia ou dano do nervo (uma complicação comum do diabetes).

5. Saúde dos Olhos

O agrião é rico em luteína e zeaxantina, fitoquímicos que impedem a catarata e degeneração macular.

Como comprar:

Procure agrião com folhas verdes escuras (não começando a amarelar). Mantenha-o na geladeira com as hastes em um copo de água e coberto para durar mais tempo.

O agrião tem um sabor leve, picante, tornando-se uma excelente alternativa para as pessoas que não gostam do sabor amargo da rúcula ou couve. Excelente em sanduiches, saladas, vitaminas, massas, sopas ou cozidos no vapor com limão.

Considere utilizar o agrião em marinadas: ele é rico em clorofila, que pode ajudar a prevenir a formação de substâncias cancerígenas ao grelhar a carne, peixe e aves a altas temperaturas.

Fonte:http://www.huffingtonpost.ca/christy-brissette-msc-rd/the-worlds-healthiest-veg_b_9630088.html?ncid=fcbklnkushpmg00000032

Amidos resistentes melhoram as bactérias do intestino: como comer carboidratos e ainda perder peso

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Os carboidratos podem ser confusos, especialmente quando certas dietas são projetadas para bani-los. Quase metade de todos os americanos que tentam perder peso estão limitando ativamente a sua ingestão de carboidratos. Mas, de acordo com o Dr. Mark Hyman, se você escolher os carboidratos certos, eles podem mudar o seu microbioma intestinal para melhor, e assim tornar seu corpo mais saudável, mais magro.

As frutas, legumes, açúcares, pães e massas são todos carboidratos que fornecem a seu corpo energia para funcionar corretamente. Mas quando você os ingere demasiadamente, o corpo começa a armazenar a maior parte de suas calorias em vez de usá-las (queimar) como energia. Os carboidratos refinados (pães brancos e doces) são absorvidos rapidamente na corrente sanguínea, convertidos em energia, e levados para as células pelo hormônio insulina.

Por outro lado, os carboidratos resistentes são enviados diretamente para o intestino grosso. O Dr. Hyman explica que o processo mais lento de digerir esses alimentos melhora o metabolismo do corpo, estabiliza os níveis de açúcar no sangue e aumenta as bactérias intestinais saudáveis. Em última análise, as nossas células são feitas de células microbianas, que são influenciadas por aquilo que comemos. De acordo com o Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável, as bactérias que vivem em nosso trato intestinal prosperam a partir de alimentos coloridos saudáveis, e nos ajudam a lutar contra a obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, doenças autoimunes, e certas formas de câncer.

“Considere o amido resistente como sendo adubo para as suas bactérias intestinais saudáveis (microbioma intestinal), as quais estão profundamente conectadas a quase todas as partes da sua saúde”, Hyman, diretor médico do Centro Clínico de Medicina Funcional de Cleveland, escreveu em um editorial do Huffington Post. “À medida que o amido resistente entra em seu intestino, centenas de espécies de bactérias digerem ou o fermentam. A partir desse processo, esses microscópicos aliados criam muitos compostos benéficos.”

Adicione amido resistente à sua dieta

Comer carboidratos complexos em abundância, tais como brócolis, berinjela, abobrinha, feijão verde, bananas, alcachofras, cebola, alho, alho-poró e aspargos, pode ajudar a alimentar as bactérias boas e matar de fome as bactérias más. Para aqueles que não conseguem ficar sem comer batatas, massas e arroz, a conversão do amido através de seu reaquecimento pode ajudar.

Em 2015, investigadores apresentaram um método novo, mais saudável para cozinhar arroz que corta a quantidade de absorção de calorias pelo corpo em 50 a 60%, por meio do aumento da concentração de amido resistente. Os investigadores testaram 38 diferentes tipos de arroz – alimento básico para mais da metade da população mundial – e descobriram que quando cozidos com óleo de coco por 40 minutos e, em seguida, refrigerados por 12 horas, o processo aumentava o conteúdo de amido resistente.

Esta técnica também pode ser usada para batatas ou massas, por exemplo. Uma vez que o amido esfria imediatamente após seu cozimento, ele começa a agir mais como uma fibra do que um carboidrato refinado, o que impede picos nos níveis de açúcar no sangue. Depois de comer amidos resistentes regularmente, Hyman diz que as boas bactérias do intestino vão se tornando máquinas ideias de processamento de nutrientes no organismo.

“Quando suas bactérias prosperam, elas podem replicar, produzindo vitaminas, regulando os seus hormônios, excretando toxinas e criando compostos de cura que mantêm o seu intestino saudável e funcionando corretamente”, escreveu. “Por outro lado, as bactérias maléficas e o crescimento de levedura sobrecarregam o sistema com toxinas que posteriormente provocam inflamação, resistência à insulina, pré-diabetes e, finalmente, o ganho de peso.”

Fonte:http://www.medicaldaily.com/eat-healthy-fruits-and-vegetables-video-game-385419

Entenda o que são aminoácidos e como funcionam as proteínas

proteínas

Muito tem se falado sobre o uso de proteínas e aminoácidos como forma de suplemento para ganho de massa muscular e otimização da função imune. Mas quando paramos para pensar nos vem aquela infinidade de dúvidas e curiosidades de como que meu corpo utiliza essas proteínas em prol do seu benefício.

Dê uma maneira análoga podemos comparar nossas proteínas a uma construção. Cada parede dessa construção chamaremos de proteína e cada tijolo denominaremos aminoácidos. Acontece que os tijolos dessa grande construção você conseguiu de 2 maneiras: ou você comprou (aminoácidos essenciais – provenientes de dieta) ou você herdou, tendo-os consigo desde quando você nasceu (aminoácidos não essenciais – sintetizado pelo corpo). Ao todo você tem milhares de tijolos disponíveis para construção, porém de distintas marcas. Dos tijolos que você herdou você tem 13 marcas (aminoácidos) disponíveis: alanina, ácido aspártico, ácido glutâmico, arginina, asparagina, glutamina, glicina, ornitina, prolina, serina, taurina, cisteína e tirosina. Já dos tijolos que você comprou você tem 9 diferentes marcas (aminoácidos): histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina.

Então vamos à construção! Tijolo após tijolo será colocado formando uma parede. Mas as marcas dos tijolos estão misturadas, o que significa que uma parede não será exatamente como a outra. Cada parede terá uma ordem de tijolos diferentes. No corpo as coisas acontecem muito semelhantes. É possível formar uma diversidade de proteínas com todos os aminoácidos citados, com funções, tamanhos, formas, composições e números de aminoácidos distintos. Levando-se como regra que para se obter uma proteína é necessário no mínimo 50 aminoácidos (abaixo dessa quantidade chamamos de peptídeos), mas essa estrutura pode chegar a ter mais de 30.000 aminoácidos.

O corpo recebe os aminoácidos essenciais provenientes da alimentação e suplementação e irá montar uma estrutura proteica junto com os aminoácidos não essenciais de acordo com sua necessidade. Retirando a água do nosso corpo, praticamente 75% da nossa massa é constituída de proteínas/aminoácidos e elas são indispensáveis para crescimento e reparação de tecidos como músculo, pele, cabelos, ossos.Então dá para ter uma noção a grandiosidade e importância que se tem as proteínas. Elas são fundamentais para nosso crescimento e desenvolvimento e estão presentes na grande maioria dos nossos processos endógenos.

Quando nos exercitamos ocorrem microlesões no músculo e para repará-las o corpo utiliza-se dos aminoácidos proveniente das proteínas para corrigir a lesão e promover o ganho de massa muscular.Na falta de aminoácidos para repor essas lesões ou em casos de uma dieta muito restritiva seu corpo retira os aminoácidos dos músculos e você perde massa magra (catabolismo muscular). Acontece também do nosso corpo perder massa muscular num processo natural denominado sarcopenia, que aumenta gradativamente conforme a idade, justificando a importância da ingestão de proteínas, seja por meio da alimentação como pela suplementação.

Mas como mencionado, os aminoácidos não estão focados apenas na reparação e construção muscular. No sistema imune, por exemplo, a formação de anticorpos dependem dos aminoácidos. Ainda podemos destacar a importância dos aminoácidos na produção de neurotransmissores como serotonina, na síntese de hormônios, na formação de óxido nítrico a partir da arginina entre tantas outras funções.

Assim como uma grande construção necessita de tijolos em abundância e de qualidade, o corpo precisa de aminoácidos para exercer sua plena atividade. Esses aminoácidos podem ser provenientes de uma dieta balanceada ou de suplementações proteicas, como whey Protein, proteína da carne, proteína vegetal ou até mesmo a ingestão de aminoácidos livres como a glutamina, leucina, BCAA entre outros. Por isso não deixe sua obra ser embargada por falta de tijolos.

Vitaminas – 5 sinais que podem indicar sua deficiência

vitaminas deficiencia

A maioria de nós sabe que uma alimentação saudável e o exercício físico promovem a longevidade mais saudável. Infelizmente, o que podemos ver é que o percentual que sabe, e o que escolhe viver diferentemente, não são iguais. Evidências claras têm demonstrado os danos que alimentos processados e refinados fazem na saúde das pessoas.

Os perigos dos alimentos processados e do açúcar refinado:

Uma grande parte do problema na sociedade de hoje é que estamos nos tornando dependentes dos alimentos processados e do açúcar refinado. Quanto mais consumimos, mais nos viciamos. O xarope de milho, aditivos sintéticos e conservantes adicionam mais problemas e podem levar às doenças e inflamação, mas existem sintomas mais sutis que podem apontar a deficiência de nutrientes. Além da qualidade dos alimentos que obtemos hoje não ser tão boa como há muitos anos devido a uma diminuição da qualidade do solo, agora sofremos com más escolhas nutricionais, o que certamente agrava o problema.

5 sinais de que você pode estar deficiente de nutrientes:

1- Rachaduras nos cantos da boca – possível deficiência de ferro, zinco, vitaminas do complexo B, riboflavina, e B12. Considere a acelga, tahine, brócolis, pimentão vermelho, couve e couve-flor.

2 – Erupção cutânea vermelha e escamosa no rosto e perda de cabelo – possível deficiência de biotina e vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K). Considere o abacate, cogumelos, couve-flor, nozes, framboesas e bananas.

3 – Saliências parecidas com acnes vermelhas ou brancas no rosto, braços, coxas e bumbum – possível deficiência de ácidos graxos essenciais e vitaminas A e D. Considere os vegetais de folhas verdes, cenoura, batata-doce e pimentão vermelho.

4 – Formigamento e dormência nas mãos, pés, ou outro lugar do corpo – possível deficiência de vitaminas do complexo B, como ácido fólico, B6, e B12. Considere o espinafre, aspargo e beterraba.

5- Espasmos muscular fortes como pontadas nos pés, panturrilhas, arcos dos pés e parte de trás das pernas – possível deficiência de magnésio, cálcio e potássio. Considere as amêndoas, avelãs, abóbora, couve, espinafre, dentes de leão, brócolis, couve chinesa, e maçãs

A obtenção de suplementos de boa qualidade pode aumentar ainda mais o equilíbrio natural do seu corpo com vitaminas e minerais.

Fonte:http://www.healthy-holistic-living.com/body-signals-may-overlooked-sign-vitamin-deficiencies.html

O que é Kefir e seus benefícios?

kefir

Kefir é rico em nutrientes e probióticos (lactobacilos), produzido através da fermentação do leite é extremamente benéfico para a digestão e saúde do intestino, e muitas pessoas consideram ser uma versão mais poderosa do iogurte, pelo seu valor nutricional e terapêutico.

Fantástica fonte de nutrientes

Kefir é uma bebida fermentada, tradicionalmente feita a partir de leite de vaca ou de cabra. Isso é feito através da adição de “sementes” de kefir ao leite, no que “sementes” significam aqui as culturas de leveduras e bactérias de ácido láctico que se assemelham a uma couve-flor na aparência. Durante um período de mais ou menos 24 horas, os microorganismos nas sementes multiplicam-se e fermentam os açúcares no leite, transformando-o em kefir. Em seguida, as sementes são removidas do líquido podendo ser usadas novamente. Então, basicamente, o kefir é a bebida, mas as sementes de kefir são o “start kit” que você usa para produzir a bebida.

De origem de partes da Europa do Leste e Sudoeste da Ásia, o nome é derivado da palavra turca Keyif, que significa “sentir-se bem” depois de comer. As bactérias do ácido láctico transformam a lactose no leite em ácido láctico, assim o kefir possui gosto azedo como o iogurte, porém tem uma consistência mais fina.

Uma poção de 175ml de kefir de leite contém (2,3):

Proteína: 6 gramas.

Cálcio: 20% do VDR.

Fósforo: 20% do VDR.

Vitamina B12: 14% do VDR.

Riboflavina (B2): 19% do VDR.

Magnésio: 5% da VDR.

Uma boa quantidade de vitamina D.

Cerca de 100 calorias, 7 a 8 gramas de carboidratos e 3 a 6 gramas de gordura, dependendo do tipo de leite que é usado. O kefir também contém uma grande variedade de compostos bioativos, incluindo os ácidos orgânicos e peptídeos que contribuem para a saúde.

Versões sem leite de kefir podem ser feitas com água de coco, leite de coco e outros líquidos doces. Estes não têm o mesmo perfil de nutrientes como kefir à base de produtos lácteos. Conclusão: Kefir é uma bebida de leite fermentada, rica em proteínas, cálcio e vitaminas do complexo B.

2. Kefir é um probiótico mais poderoso do que o iogurte

Alguns microrganismos podem ter efeitos benéficos para a saúde quando ingeridos. Conhecidos como probióticos, esses microrganismos podem influenciar a saúde de várias maneiras, incluindo a digestão, controle de peso e saúde mental. O iogurte é o alimento probiótico melhor conhecido na dieta ocidental, mas é, na verdade, o kefir uma fonte muito mais potente. As sementes do kefir contêm cerca de 30 estirpes de bactérias e leveduras, tornando-se uma fonte de probióticos muito rica e diversificada. Outros produtos lácteos fermentados são feitos a partir de não tão numerosas estirpes, e não contêm quaisquer leveduras.

Conclusão: O kefir contém cerca de 30 microrganismos diferentes, tornando-se uma fonte de probióticos mais potente do que outros produtos lácteos fermentados.

3. Propriedades antibacterianas potentes

Alguns probióticos do kefir atuam contra infecções e isso inclui o probiótico Lactobacillus kefiri, que é exclusivo dele, e estudos mostram que este probiótico pode inibir o crescimento de várias bactérias, incluindo Salmonella, Helicobacter Pylori, e E. coli. Kefiran, um tipo de carboidrato presente no kefir, também possui propriedades antibacterianas.

Conclusão: Kefir contém o probiótico Lactobacillus kefiri, e o kefiran, os quais podem proteger contra bactérias nocivas.

4. Proteção da saúde óssea e redução do risco de osteoporose

A osteoporose (ossos “porosos”) é caracterizada pela deterioração do tecido ósseo e é um enorme problema nos países ocidentais, sendo especialmente comum entre as mulheres idosas, dramaticamente aumentando o risco de fraturas. Garantir uma ingestão adequada de cálcio é uma das maneiras mais eficazes para melhorar a saúde óssea e retardar a progressão da osteoporose.

O kefir feito a partir de produtos lácteos integrais não é apenas uma grande fonte de cálcio, mas também de vitamina K2, a qual desempenha um papel central no metabolismo do cálcio; sua suplementação pode reduzir o risco de fraturas até 81%. Estudos recentes em animais mostraram que o kefir pode aumentar a absorção de cálcio pelas células ósseas. Isto leva a uma melhor densidade óssea, o que deve ajudar a prevenir fraturas.

Conclusão: O kefir feito a partir de laticínios é uma excelente fonte de cálcio. Se produzido a partir de produtos lácteos sem a retirada da gordura, ele contém vitamina K2 com benefícios importantes para a saúde óssea.

5. Proteção contra o câncer

O câncer é uma das causas principais de morte no mundo. Ele ocorre quando existe um crescimento descontrolado de células anormais no corpo, tal como um tumor. Os probióticos em produtos lácteos fermentados são apontados como inibidores do crescimento tumoral, reduzindo a formação de compostos carcinogênicos, bem como estimulantes do sistema imunológico. Este papel protetor tem sido demonstrado em vários estudos em tubo de ensaio. Um estudo descobriu que o extrato de kefir reduziu o número de células de câncer de mama humano em 56%, em comparação com apenas 14% quando usado extrato de iogurte. No entanto, precisamos tomar esta informação com cautela desde que ela está longe de ser comprovada em seres vivos.

Conclusão: Alguns estudos em tubos de ensaio e em animais mostraram que o kefir pode inibir o crescimento de células cancerosas. Isto ainda não foi estudado em pessoas.

6. Os Probióticos podem ajudar em vários problemas digestivos

Os probióticos como o kefir podem ajudar a restaurar o equilíbrio de bactérias amigas no intestino e é por isso que eles são altamente eficazes para muitas formas de diarreia. Há também uma grande quantidade de provas que os probióticos e alimentos probióticos podem ajudar em todos os tipos de problemas digestivos (5), incluindo a síndrome do intestino irritável (IBS), úlceras causadas por infecção por H. pylori, e vários outros. Por esta razão, o kefir pode ser útil se você tiver problemas de digestão.

Conclusão: Os probióticos como o kefir podem tratar várias formas de diarreia. Eles também podem levar a grandes melhorias em várias doenças do aparelho digestivo.

7. O kefir é geralmente bem tolerado por pessoas que são intolerantes à lactose

Laticínios regulares contêm um açúcar natural chamado lactose. Muitas pessoas, especialmente os adultos, são incapazes de quebrar e digerir a lactose corretamente. Esta condição é chamada de intolerância à lactose. As bactérias lácticas em alimentos lácteos fermentados (como kefir e iogurte) tornam a lactose em ácido láctico, por isso, esses alimentos são muito mais baixos em lactose que o leite, e também contêm enzimas que podem ajudar a quebrar a lactose ainda mais. Devido a isso, o kefir é geralmente bem tolerado por pessoas com intolerância à lactose, pelo menos, quando comparado ao leite normal. Saiba também que é possível fazer kefir 100% livre de lactose, usando água de coco, suco de frutas ou qualquer outro fluido não lácteo.

Conclusão: As bactérias lácticas já pré-digerem a lactose no kefir. Pessoas com intolerância à lactose, muitas vezes podem ingerir o kefir sem problemas.

8. Melhora dos sintomas de alergia e asma

As reações alérgicas são causadas por uma reação inflamatória contra substâncias ambientais inofensivas. Pessoas com um sistema imunológico mais sensível são mais propensas a alergias, o que pode causar doenças como a asma. Em estudos em animais, o kefir foi mostrado para suprimir as respostas inflamatórias relacionadas à alergia e asma. São necessários estudos em humanos para explorar melhor estes efeitos.

9. Fácil de fazer

Mesmo não sendo um benefício para a saúde, pode ser bem importante. Se você não tem certeza sobre a qualidade do kefir comprado no comércio, então você pode facilmente fazê-lo em casa. E quando combinado com algumas frutas frescas, torna-se uma deliciosa sobremesa. Você pode comprar semente de kefir em algumas lojas de produtos naturais e supermercados. Há alguns bons posts e vídeos sobre como fazer kefir, mas o processo é muito simples:

RECEITA::

Coloque 1 a 2 colheres (de sopa) de sementes de kefir em um pequeno frasco. Quanto mais usar, mais rápido o leite se transforma.

Adicione cerca de 2 xícaras de leite, de preferência orgânico ou mesmo cru e deixe um centímetro de espaço no topo do frasco.

Você pode adicionar um pouco de creme gordo se quiser que o kefir fique mais espesso.

Tampe e deixe por 12 a 36 horas, à temperatura ambiente.

Uma vez que começa a apresentar textura granulosa, está pronto. Então passe o líquido pela peneira, o que deixa para trás as sementes de kefir originais.

Agora, coloque as sementes em um novo frasco com um pouco de leite, e o processo começa novamente.

Delicioso, nutritivo e altamente sustentável.

Fonte: http://authoritynutrition.com/9-health-benefits-of-kefir/ 

Frutose – O perigo de se consumir em excesso

frutose

A indústria passou a adicionar cada vez mais frutose, por esta ser 70% mais doce que a sacarose, assim pode-se usar uma menor quantidade com a mesma doçura final. Além disso, a frutose é mais estável em soluções líquidas, como os refrigerantes, justificando seu uso disseminado nestes.3 Outro fator do aumento do consumo de frutose é o hábito disseminado de utilizar o suco de fruta concentrado apenas, ao invés de manter as fibras presentes na fruta – estas reduzem a absorção da frutose. Hoje se sabe que liquidificar uma fruta deixando a totalidade de seus componentes seria bem melhor que centrifugar uma fruta, separando a água e a frutose do restante de sua composição. Se uma pessoa consome a frutose contida em frutas e vegetais, não há problemas, uma vez que estes alimentos contêm vitaminas, minerais e fibras que irão reduzir a absorção de frutose ou, pelo menos, torná-la mais saudável. Antigamente as pessoas consumiam 16 a 20 gramas de frutose por dia, em grande parte pelo consumo de frutas frescas. A ocidentalização da alimentação resultou em aumento significativo na frutose adicionada à dieta, conduzindo ao consumo diário de 85 a 100 gramas por dia.1

Já está estabelecido que o excesso de glicose não é bom, mas o que alguns estudos estão demonstrando nos últimos anos é que o excesso de frutose é muito pior. A frutose é derivada do açúcar das frutas, da sacarose e do xarope de milho, que contém frutose concentrada. Entretanto, esse xarope com alta concentração de frutose e sabor muito doce, bastante utilizado pela indústria alimentícia, pode não ser composto somente de frutose, mas de uma combinação quase em partes iguais de glicose e frutose.2

FRUTOSE X GLICOSE

O AÇÚCAR QUE É TRANSFORMADO EM GORDURA

A frutose depois de passar pelo intestino é rapidamente levada para o fígado para processamento. Aqui, tem dois destinos: ou é transformada em glicose e utilizada para energia por células hepáticas, em seguida, armazenados como glicogênio hepático, ou é transformada em ácidos graxos livres (gordura).4

Ao contrário da glicose, frutose só pode ser metabolizada em sua maior parte no fígado (pois só no fígado tem quantidades suficientes da enzima frutoquinase), enquanto a glicose pode ser passada para outros tecidos, como os músculos, e ser utilizada como fonte de energia por eles. Se você tem uma grande quantidade de frutose em sua dieta, ele só tem um lugar para ir: o seu fígado. Se os seus níveis de glicogênio hepático estão cheios, o que acontece todos os momentos do dia, exceto durante o jejum, a frutose é transformada em gordura! Para o restante do corpo a frutose não é um açúcar de rápido metabolismo como a glicose, mas sim um ácido graxo livre.2

A partir do momento em que seu fígado não deseja armazenar esta nova gordura, ele as manda para outras partes do seu corpo; lugares que você não deseja, como o seu abdome ou parte inferior das costas. Agora você pode ver porque muita frutose em sua dieta pode ser uma das maiores razões para o aumento da obesidade ou dificuldade em emagrecer.

                                         

Referências:

1 Barbosa, J.H.P., de Oliveira, S.L., Seara, L.T. Produtos da glicação avançada dietéticos e as complicações crônicas do diabetes. Rev. Nutr., Campinas, 22(1):113-124, jan./fev., 2009.

2 Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. Ministério da Saúde. Jul 2011. www.brasil.gov.br.

3 Brown, K. Diet-Induced Dysbiosis of the Intestinal Microbi”a and the Effects on Immunity and Disease. Nutrients. 2012 August; 4(8): 1095–1119.

4 Revista Esentia.Edição número 2. 2013.

 Publicado em Perigos para a Saúde Newsletter Por Essential Nutrition