TREINO EM JEJUM PODE SER SAUDÁVEL

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Saiba o que acontece com o corpo quando praticamos atividade física em jejum. Decida se é uma boa para o seu caso.

Muitos comentam que o ator Hugh Jackman praticou jejum intermitente enquanto treinava para ganhar massa muscular e atuar como Wolverine. Isso parece contrariar o senso comum, que diz que devemos ingerir carboidratos antes, para que não falte energia durante a atividade física. Mas afinal, qual é a melhor escolha para o pré-treino? Jejum ou carga de carboidrato? A estratégia ideal vai depender do organismo e do objetivo de cada pessoa. Neste texto você vai ver como o corpo funciona quando é exigido em jejum.

Inicialmente, considere que um estômago vazio provoca uma cascata de mudanças hormonais pelo corpo. E estas alterações são propícias para a construção de massa muscular e a queima de gordura.

HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH)

Estudo mostrou que, após 24 horas sem comida, o organismo aumenta a produção de GH, na razão 2.000% para homens e 1.300% para mulheres. O efeito é interrompido quando o jejum termina. Isso pode indicar que jejuar regularmente ajuda a manter os amigáveis hormônios musculares em seus níveis mais elevados.

TESTOSTERONA

Isoladamente, o jejum pode não ter qualquer efeito sobre a testosterona. Porém, estudos indicam que o exercício físico em condição de jejum tem efeito positivo sobre a produção deste hormônio. E, além de ajudar a aumentar a massa muscular, a testosterona também atua diretamente na libido e auxilia no combate a depressão e nos problemas cardíacos.

INSULINA

Quando comemos, o corpo libera insulina para ajudar na absorção correta dos nutrientes. O problema é que comer demais pode nos tornar mais resistentes aos efeitos da insulina. E esta resistência pode levar a um quadro de síndrome metabólica, que está ligada ao acúmulo de gordura e ao desenvolvimento de doenças cardíacas e de câncer. Com o jejum eventual, o organismo se “desacostuma” a ter grandes quantidades de insulina na corrente sanguínea, retomando a sensibilidade natural ao hormônio.

TIPOS DE TREINO

A prática de atividades físicas em jejum pode produzir benefícios em diferentes modalidades de esporte. A combinação de jejum com exercícios curtos e de alta intensidade tem se mostrado especialmente importante para a perda de gordura. Estudos indicam o aumento das enzimas oxidantes de gordura como uma das causas.

Já praticantes de exercícios de resistência têm obtido ganhos. A realização ocasional de treinamento em jejum pode melhorar a qualidade dos treinos “alimentados”. Em outras palavras: quando o corpo aprende a exercitar-se sem qualquer comida, ele fica melhor no desempenho quando tem combustível disponível.

Além disso, estudos têm demonstrado que exercícios em jejum podem melhorar significativamente o nível de VO2 Max, que mede a capacidade de uma pessoa para absorver e utilizar oxigênio durante o exercício. Quanto maior este índice, maior a capacidade do corpo de queimar gordura para usar sua energia.

RESUMINDO

As alterações geradas pelo treinamento em jejum ajudam a garantir que os carboidratos, proteínas e gorduras vão para os lugares certos no corpo e, sejam minimamente armazenados como gordura corporal.

PRECAUÇÃO

É preciso, no entanto, citar estudos que mostram perda de desempenho ao se exercitar em jejum. Dito isso, vários desses estudos são realizados durante o Ramadã, que também não permite o consumo de líquidos. E sabemos que isso não é aconselhável quando se pratica atividades esportivas. Mas não é preciso se limitar apenas à água. A ingestão de café, chá puro, termogênicos, aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e creatina, desde que livres de calorias, não é considerada quebra de jejum. Há também a evidência de que muitas pessoas comem antes do exercício e obtêm bons resultados desta forma.

Isso, porém, não quer desacreditar a evidência de que jejuar antes dos treinos, mesmo ocasionalmente, pode gerar benefícios. O ideal é buscar o ganho de desempenho da forma como o atleta se sente à vontade, sempre com acompanhamento de um nutricionista.

Fonte Essential Nutrition

O QUE ACONTECE COM SEU CORPO DURANTE 2 SEMANAS SEDENTÁRIAS?

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Às vezes, um dia de descanso se transforma em uma semana de descanso e depois em um mês de descanso – mas sempre há tempo para voltar a ficar em forma, certo? Não tão rápido.

De acordo com novas pesquisas da Universidade de Liverpool, ignorar seus exercícios por apenas duas semanas pode aumentar significativamente seu risco de diabetes, doenças cardíacas e até morte prematura.

Os pesquisadores estudaram 28 pessoas saudáveis com idade média de 25 anos. Os participantes do estudo caminharam cerca de 10.000 passos por dia antes do experimento e tiveram um índice médio de massa corporal de 25 (que está no limite do que é considerado normal e com sobrepeso).

Quando os pesquisadores reduziram o nível de atividade em 80 por cento, de 10.000 para cerca de 1.500 passos por dia,  eles descobriram que houve mudanças significativas em suas composições corporais. Após duas semanas, os indivíduos ganharam peso e perderam massa muscular. Curiosamente, a nova gordura tende a se acumular no centro do corpo, o que é um melhor preditor de doenças crônicas do que o IMC. Além disso, os participantes não podiam correr tanto ou com a mesma intensidade que antes.

Outras mudanças que os cientistas notaram foram menos esperadas. Ocorreu uma diminuição na sensibilidade à insulina e um aumento da gordura acumulada no fígado, indicando maior risco de obesidade e doenças como diabetes, doenças cardíacas e câncer. Os participantes também apresentaram um aumento nos triglicerídeos, um componente do colesterol que pode aumentar seu risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral quando se acumula em suas artérias.

Embora as mudanças fossem pequenas, elas eram suficientemente significativas para causar alarme. “Nós pensamos que veríamos mudanças sutis”, o coautor do estudo, Dan Cuthbertson, Ph.D., disse, “mas quando tudo o que você mede piora em um período tão curto, incluindo esses importantes fatores de risco para doenças cardíacas e diabetes tipo 2, na verdade é bastante surpreendente”.

A boa notícia é que os efeitos negativos são reversíveis, explica Cuthbertson, desde que você volte à sua rotina habitual. “Então, tudo bem se estiver em forma e sair de férias por duas semanas e depois voltar ao treino”, diz ele. “Mas o problema é que muitas pessoas não retornam aos mesmos níveis de atividade e, então, talvez os efeitos se acumulem.”

Esta notícia não é um bom presságio para uma geração de trabalhadores que passam cerca de 10 horas por dia sentados. Enquanto cerca de 50 por cento da força de trabalho tinha um emprego fisicamente ativo em 1960, apenas 20 por cento dos trabalhadores têm um agora.

Cuthbertson enfatiza que você não precisa se tornar um viciado em fitness para evitar os efeitos desagradáveis da inatividade. Mas, pouco é muito melhor do que nada. Durante o dia, opte por ficar mais de pé e, ao invés de uma terceira xícara de café, faça uma caminhada para se energizar.

ATLETAS E VITAMINA D

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Atualmente, é comum que nossos estilos de vida nos distanciem de uma frequente exposição ao sol. Se você corre no início da manhã ou à noite – passando o dia todo em um escritório –, é fácil perder o contato com a luz natural e apresentar uma falta de vitamina D correspondente.

Isso pode fazer você se sentir lento, cronicamente doente e apresentar densidade óssea comprometida, uma vez que seu sistema imune também é afetado. Para os atletas, isso pode impactar seu desempenho atlético.

A vitamina D funciona como um hormônio e o seu mecanismo molecular atua na função muscular, regulando seus processos e regulando para baixo a inflamação. As pessoas que têm carência de vitamina D [25(OH)D] tendem a se queixar de dor muscular geral, e um estudo com bailarinos profissionais descobriu que a força muscular e o salto vertical melhoraram após a sua suplementação durante quatro meses. (1)

MAS, E QUANTO À DOSE INDICADA PARA PREVENIR A CARÊNCIA DE VITAMINA D?

Um estudo publicado recentemente em European Journal of Clinical Nutrition acessou a prevalência da deficiência. Amostras de sangue foram coletadas de 128 atletas altamente treinados para avaliar a concentração total de 25(OH)D. Desses, 54 homens e 48 mulheres (18 a 32 anos) foram incluídos no estudo randomizado, duplo cego, dose-resposta, aleatoriamente designados para tomar 400, 1.100 ou 2.200 UI de vitamina D3 por dia, durante um ano.

Os atletas que tinham uma concentração total não carente de 25(OH)D (acima de 75 nmol/l) na linha de base continuaram com o protocolo do estudo como grupo placebo. A concentração sérica total da vitamina foi avaliada a cada três meses, assim como a sua ingestão através da dieta e exposição solar.

Quase 70% de todos os participantes do estudo apresentaram uma concentração insuficiente ou deficiente de vitamina D no início do estudo. Após 12 meses, o grupo de atletas que recebeu 2.200 UI/dia teve os níveis séricos de 25(OH)D mais elevados que os outros grupos, resultando em uma concentração suficiente em 80% nestes atletas.

UNIDADE INTERNACIONAL (UI)

Na farmacologia, a unidade internacional (UI)é uma unidade de medida para a quantidade de uma determinada substância. A massa ou volume que constitui uma unidade internacional varia com base na substância que está sendo medida e a variância é baseada na atividade ou efeito biológico.

A vitamina D é atualmente prescrita em UI, o que comumente cria uma estranheza às pessoas leigas e talvez até o medo que uma dose muitas vezes lida ‘em milhares’ se traduza como muito alta. Por exemplo, cada UI da substância vitamina D3 corresponde a 0,025mcg, e, portanto, a dose diária de 2.200 UI do estudo pode ser traduzida como 55 microgramas (55mcg).

É importante salientar que o treinamento do atleta atua como papel central na determinação de seu desempenho. Mas, não podemos esquecer os fatores que participam como complemento e que, em conjunto, podem fazer toda a diferença em competições de alto nível. Um nível ótimo de vitamina D é um desses fatores.

Referências:
(1) Wolman R, et al. Vitamin D status in professional ballet dancers: winter vs. summer. J Sci Med Sport, 2013. DOI: 10.1016/j.jsams.2012.12.010
(2) Backx EM, et al. The impacto f 1-year vitamin D supplementation on vitamin D status in athletes: a dose-response study. Eur J Clin Nutr, 2016. DOI:10.1038/ejcn.2016.133

Fonte: Essential Nutrition

NUTRICOSMÉTICOS: QUAIS SÃO E COMO ATUAM OS ALIMENTOS DA BELEZA

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Uma boa alimentação é muito importante para a saúde e beleza da pele. Mas e se esses nutrientes viessem prontos, nas quantidades certas, e em cápsulas? Quando ingerimos nutricosméticos, estamos fornecendo ao nosso organismo vitaminas e nutrientes que, quando bem absorvidos, melhoram a vitalidade e beleza dos nossos cabelos, pele e unhas. Saiba, neste texto, quais são os principais nutricosméticos e como eles atuam.

O que são os nutricosméticos

Nutricosméticos são substâncias que atuam em nosso organismo estimulando a produção de colágeno, elastina e outros componentes importantes para a saúde de pele, cabelo e unhas. Os nutricosméticos também atuam como fonte de antioxidantes e de ácido hialurônico. Assim, são capazes de desacelerar os processos de envelhecimento ligados ao estresse oxidativo e à desidratação da pele.

Quem pode consumir nutricosméticos

Os nutricosméticos são substâncias extraídas de alimentos naturais, não tendo, por princípio, contraindicação. Para os alérgicos ou pessoas que optam pela dieta vegana, é preciso ficar atento a alguns ingredientes, como o Ômega-3, que tem origem em peixes ou crustáceos, ou o colágeno, que é sempre extraído de fonte animal.

Principais nutricosméticos

Colágeno

O colágeno tem funções muito importantes no organismo. Suas fibras agem como uma espécie de “cola”, auxiliando na coesão de tecidos e órgãos em geral. Já para pele, ossos, cartilagens, tendões e ligamentos, o colágeno fornece hidratação, resistência, elasticidade e flexibilidade.

Sua síntese varia durante os diferentes estágios da vida. Com o passar dos anos, a capacidade de reabastecer colágeno diminui, naturalmente, cerca de 1,5% ao ano, e as fibras tornam-se mais espessas e curtas.

Ao suplementar, prefira suplementos que trazem peptídeos de colágeno hidrolisado. Isso porque os peptídeos possuem tamanho bem menor, o que torna sua absorção superior. Um benefício maior pode ser obtido com um suplemento que também contenha vitaminas e ingredientes que complementam a sua ação.

O colágeno in natura é uma proteína exclusivamente de fonte animal. Mas os veganos podem encontrar nos vegetais os mesmos aminoácidos necessários para que a produção de colágeno aconteça internamente. Entre os aminoácidos, as fontes podem ser a lentilha (glicina), a soja (lisina) e as nozes (prolina, arginina e treonina). A laranja e a acerola são fontes famosas de vitamina C, enquanto a manga pode fornecer vitamina A, o abacate contém vitamina E e as amêndoas fornecem vitamina B7 (biotina). Boas fontes de minerais são a castanha-de-caju (zinco) e o espinafre (cobre).

Antioxidantes

Excesso de sol, poluição do ar, ingestão de alimentos com resíduos de pesticidas ou aditivos químicos, estresse e uso de cigarro e álcool são os principais fatores que impulsionam o excesso de radicais livres em nosso organismo. Nessas situações, chamadas de estresse oxidativo, a pele ganha manchas, e há uma diminuição na produção de colágeno.

A astaxantina, o licopeno, o betacaroteno e a epigalocatequina são antioxidantes que atuam na proteção das células da pele, neutralizando a ação dos radicais livres.

Os crustáceos são boas fontes de astaxantina, enquanto o tomate fornece licopeno, a cenoura é fonte de betacaroteno e a epigalocatequina pode ser encontrada no chá-verde.

Ácido Hialurônico

Assim como o colágeno, o ácido hialurônico sofre redução natural conforme a idade. Pesquisas mostram que a sua quantidade na pele de uma pessoa com 75 anos é quatro vezes menor do que essa pessoa tinha aos 19 anos. Somando esse quadro ao reconhecimento científico de que o ácido hialurônico é responsável pelo preenchimento dos espaços intracelulares, hidratação e combate aos radicais livres, há um quadro fortemente indicativo da necessidade de repor seus níveis em adultos.

Ao restabelecer os níveis de ácido hialurônico nas camadas internas da pele, reencontra-se o equilíbrio de água, regula-se a distribuição de proteínas nos tecidos e compõe-se um ambiente físico no qual ocorre o movimento das células, contribuindo para a melhora na estrutura e elasticidade da pele. Consequentemente, são notadas a redução de rugas e a suavização das linhas de expressão.

Ácido Ortosilícico

O ácido ortosilícico colabora com a síntese de colágeno e elastina. Também está envolvido na síntese e na compactação de queratina nos cabelos e nas unhas. No mercado brasileiro, já existem produtos para quem quer suplementar silício e melhorar o aspecto da pele, cabelos e unhas. O ácido ortosilícico estabilizado em colina pode ter seu efeito potencializado se combinado com peptídeos de colágeno hidrolisado, por exemplo, ou, ainda, com ácido hialurônico e aminoácidos precursores de colágeno, em uma opção vegana. Quando em bons níveis, o silício e outros nutrientes atuam diretamente na preservação e recuperação da pele, cabelo, unhas e cartilagens.

Vitaminas B5 e B7

Estudos mostram que a vitamina B5 (ácido pantotênico) promove a pele saudável, com capacidade de reduzir os sinais de envelhecimento da pele, como vermelhidão e manchas. Por causa de sua associação com o cabelo, pele e unhas saudáveis, a vitamina B7 (biotina) também é conhecida como “vitamina da beleza”. Sua carência pode deixar cabelo e unhas frágeis, além de gerar coceira e erupção cutânea ao redor dos olhos, nariz e boca. Outras vitaminas do complexo B, como a B9 e a B12, são essenciais para o corpo.

Coenzima Q10

Coenzima Q10 está presente em praticamente todas as células do organismo, sendo fundamental para a geração de energia e uma série de outros processos. Na pele, ela tem duas funções principais:

  • Como antioxidante, protege a estrutura das células da destruição da própria parede celular causada pelos radicais livres;
  • Estimula a biogênese mitocondrial – ou seja, a produção de novas mitocôndrias dentro das células.

A concentração da CoQ10 no organismo pode ser reduzida por fatores como avanço da idade, situações de estresse oxidativo, dieta rica em carboidratos simples, tratamento para redução de colesterol e prática esportiva intensa. Estudos indicam que a maioria dos efeitos benéficos da reposição da CoQ10 são obtidos com a ingestão diária de 100mg da coenzima.

Outros cuidados com a pele

Além de ingerir os melhores nutrientes, a incorporação de alguns cuidados básicos à rotina ajuda a manter a saúde da pele, cabelo e unhas. Confira algumas dicas:

Fonte: Essential Nutrition