A insulina é um hormônio e, dentre suas funções, está o controle da quantidade de açúcar que circula no nosso sangue (glicemia). A resistência à insulina acontece quando temos uma situação de desequilíbrio entre a quantidade de insulina secretada pelo pâncreas e o correto funcionamento dela. Isso faz com que a ação do hormônio fique comprometida.
Sem a insulina, a glicose fica presa no sangue e não é captada pelas células do corpo, que a usa para gerar energia. A condição é normalmente assintomática, mas pode causar cansaço excessivo e prejudicar as atividades do cotidiano. Ela pode ser identificada pelos exames laboratoriais de rotina.
Entenda como funciona a resistência à insulina
Resistência periférica à insulina ou simplesmente resistência à insulina se refere à dificuldade do organismo de metabolizar os carboidratos consumidos. Nesses casos, a quantidade de insulina liberada no organismo tende a ser maior que a necessária em condições normais.
De início, não há problemas com o pâncreas ou com a produção do hormônio. A resistência acontece quando os receptores das células não são capazes de reconhecer a substância e, por isso, não captam a glicose em excesso no sangue. O pâncreas tenta, então, produzir cada vez mais insulina para resolver essa falha.
Pacientes sedentários e acima do peso têm uma chance muito grande de desenvolver alta resistência periférica à insulina. Quando as duas situações estão combinadas, o problema é praticamente certo.
Quem apresenta essa condição começa a sofrer com o sono excessivo e com o baixo aproveitamento físico e mental. Dessa forma, todas as atividades que dependem da capacidade física ou psíquica do indivíduo tendem a apresentar baixo rendimento.
Saiba como a resistência à insulina se relaciona com o treino muscular
A resistência periférica à insulina é um grande limitador da capacidade física por ser um fator sinalizador de fadiga precoce. Isso gera uma baixa resistência ao esforço, mas que é vencida progressivamente, conforme se ganha condicionamento físico.
Indivíduos com esse problema se beneficiam muito da prática de exercícios físicos. O treinamento constante é fundamental para diminuir não só a resistência à insulina, como a ação da substância nos núcleos cerebrais que controlam a ansiedade, a agressividade, a compulsão e a percepção de recompensa, ajudando o paciente a controlar sua alimentação.
Outro ponto importante é que, quanto maior a intensidade da atividade física, maiores são os benefícios. Isso acontece porque o pâncreas secreta menos insulina até 72 horas após a sessão de treinamento, como consequência da translocação de transportadores de glicose causada pela contração muscular.
Contudo, para ter um bom resultado, é importante associar uma reeducação alimentar ao treinamento.
Conheça a importância dos suplementos no combate da resistência à insulina
Existe uma série de fitoterápicos e medicações que apenas combatem a resistência periférica à insulina, mas não são capazes de retroceder o quadro. O único fator apropriado para revertê-lo é o controle alimentar. Por isso, é fundamental que o paciente consulte um especialista.
Em geral, as pessoas que apresentam esta condição também manifestam outras alterações metabólicas. Por esse motivo, é aconselhável que o tratamento seja realizado em conjunto com nutricionista e o nutrólogo.
Há vários trabalhos que mostram o whey protein agindo como um saciador de apetite natural. Isso acontece porque o produto contém em sua composição uma substância chamada glicomacropeptídeo — um grande liberador de elementos análogos a GLP-1, que aumenta a saciedade e auxilia no controle da fome.
Além disso, estudos em obesos e indivíduos com sobrepeso mostraram que o uso do whey protein ajuda a proteger a massa magra nos processos de perda de peso, evitando a espoliação do tecido muscular. Isso melhora a capacidade física e aumenta o efeito multiplicador que o exercício tem nos processos de perda de gordura e de melhora do metabolismo energético.
6 passos para combater a resistência à insulina
Combater e, até mesmo, reverter o quadro de resistência à insulina é possível e relativamente simples. Com a mudança de alguns hábitos diários é fácil alcançar resultados satisfatórios. Confira, a seguir, alguns passos para combater o problema.
1. Praticar exercícios físicos
Como abordamos nos tópicos anteriores, essa é a melhor forma de combater a resistência e aumentar a sensibilidade à insulina, com efeito praticamente imediato. Para quem tem pouco tempo disponível ou quer resultados ainda melhores, o HIIT (High Intensity Interval Training), ou treino de alta intensidade intervalado, é uma ótima opção.
2. Perder gordura abdominal
A gordura abdominal faz com que as células adiposas produzam quantidades elevadas de substâncias inflamatórias que aumentam o risco de desenvolver resistência periférica à insulina.
Por isso, emagrecer e perder gordura — especialmente a que está na área abdominal — ajuda a combater o problema.
3. Parar de fumar
O consumo de tabaco é um dos fatores que podem causar a resistência à insulina, além de outros problemas de saúde. Por isso, parar de fumar auxilia no controle do problema.
4. Reduzir o consumo de açúcar
Procure reduzir o consumo de alimentos industrializados ultra processados. Eles são ricos em açúcar e ajudam a agravar o quadro. Se possível, interrompa completamente a ingestão de refrigerante, por exemplo.
5. Ter uma alimentação saudável
Seguir uma dieta equilibrada e saudável é fundamental para combater, efetivamente, a resistência à insulina. Dê preferência aos alimentos de verdade, como frutas, verduras e legumes, e procure preparar suas próprias refeições.
Não deixe de incluir o ômega 3 na sua alimentação. Esse nutriente é capaz de reduzir os níveis de triglicérides no organismo — fator que se encontra sempre elevado em pessoas com resistência periférica à insulina.
6. Dormir melhor e reduzir o estresse
Dormir pouco e mal pode afetar a sua sensibilidade à insulina. Por esse motivo, procure diminuir o estresse diário e tente dormir com mais qualidade.
A resistência à insulina é uma das principais origens da síndrome metabólica, que resulta em doenças como sobrepeso, hipertensão arterial, diabetes, entre outras. Por outro lado, o problema pode ser aliviado ou completamente revertido com mudanças simples no estilo de vida.
Fonte: Max Titanium