Efeitos da melatonina no organismo!

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A privação do sono no ser humano causa diversas alterações que impactam negativamente a saúde. Não é difícil imaginar as consequências que o conjunto de noites maldormidas pode apresentar no sentido de prejudicar o funcionamento dos sistemas corporais. Dentre as mudanças fisiológicas desencadeadas pela falta de sono, destacam-se a alteração de humor, os transtornos depressivos, o comprometimento da memória, a enxaqueca e as disfunções cardiometabólicas.

A melatonina é uma indolamina, conhecida como hormônio do sono, sintetizada a partir do aminoácido triptofano em diversas partes do corpo. A mais conhecida e documentada é a glândula pineal, sendo a área de produção durante a fase de escuridão. A retina registra os sinais luminosos, que são enviados para o núcleo supraquismático (grupo de neurônios no centro cerebral), que transmitem a resposta para a glândula produtora desse hormônio.

Além do sono, inúmeros estudos científicos apontam a ação da melatonina na eliminação de radicais livres do organismo, com potente capacidade antioxidante. Para os pesquisadores, a melatonina se diferencia entre os outros antioxidantes devido à sua característica anfipática, exercendo, portanto, atividade antioxidante tanto no meio aquoso como lipídico. Assim, essa substância é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica, atingindo o cérebro e podendo prevenir doenças neurodegenerativas desencadeadas pelo estresse oxidativo.

Outro efeito promovido pela melatonina é relacionado à sua influência na mucosa intestinal, atuando como protetora contra ulcerações gastrointestinais, estimulante do sistema imunológico e promotora da regeneração epitelial devido ao aumento da microcirculação.

Na área de ginecologia, esse hormônio tem ganhado destaque no grupo de mulheres com problemas de fertilidade, sendo que a baixa qualidade dos ovócitos é um distúrbio incontrolável que leva a prejuízos na gravidez. A maturação dos folículos e ovócitos está associada ao aumento de espécies tóxicas de oxigênio que podem provocar danos a essas células sexuais. Por ser um grande antioxidante, a melatonina é capaz de proteger desses danos oxidativos, o que é comprovado em estudo com participantes inférteis submetidas à fertilização, que receberam 3mg/dia do hormônio a partir do quinto dia da menstruação até o momento da recuperação do ovócito. Assim, obtiveram maior porcentagem de embriões saudáveis quando comparado às pacientes sem a suplementação.

A análise dos níveis de melatonina no atendimento clínico é fundamental devido à infinidade de benefícios à saúde que merecem atenção.

REFERÊNCIAS

CARNEY, D.P.J.; BROWN, J.H.; HENRY, L. A. Executive function in Williams and Down syndromes. Res in Develop Disab., v. 34, n. 1, p. 46-55, jan. 2013.

MAGANHIN, C. C. et al. Efeitos da melatonina no sistema genital feminino: breve revisão. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 54, n. 3, p. 267-271, June. 2008.

RHODES, S. M. et al. Executive neuropsychological functioning in individuals with Williams syndrome. Neuropsych, v. 48, n. 5, p. 1216-26, apr. 2010.

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