Constipação Intestinal é um problema populacional um tanto difícil para definir, pois é necessário para isso, estabelecer os fatores etiológicos e patogênicos e, em seguida, os padrões fisiológicos dessa desordem. A definição mais aceita desde 1999, é a que define/diagnostica a constipação englobando parâmetros de freqüência evacuatória, consistência das fezes e dificuldade na evacuação. Diversos fatores, como causas nutricionais, medicamentosas, condições relacionadas ao ciclo da vida, fatores psicológicos e comportamentais, ignorar o reflexo de evacuação, entre outros, podem ser caracterizados como fatores responsáveis por esse sintoma, já que não se trata de uma patologia. Podendo ser classificada, a constipação intestinal crônica pode ser separada em constipação de trânsito intestinal normal, constipação com trânsito intestinal lento e desordens defecatórias, excluindo as causas endócrino-metabólicas, neurológicas e medicamentosas.
Para o tratamento deste estado, sugere-se o seguimento do programa terapêutico, chamado Programa dos 4R’s, que envolve 4 etapas básicas: remover, recolocar, reinocular e reparar, etapas estas que têm a finalidade de aliviar os sintomas e restaurar o aumento da permeabilidade intestinal.Estratégias terapêuticas como a Utilização de fibras dietéticas, Uso de prébioticos, probióticos e simbióticos, Destoxificação, Detecção de hipersensibilidade alimentar e eliminação dos alérgenos, Exclusão dos auto-medicamentos (laxantes), e outros tratamentos como hidrocolonterapia, atividade física e massagens abdominais são muito importantes no tratamento individual.
Contudo, houve avanços no entendimento das causas da constipação.Sendo mais importante, o reconhecimento dos diferentes processos fisiopatológicos e de que síndromes clínicas diferentes requerem terapêuticas diferentes.
Anuário Nutrição Clínica Funcional
Ano 7 – Edição nº33 – Abril de 2007