A insuficiência cardíaca (IC), mesmo que retardada após os avanços dos tratamentos de paciente com hipertensão e que sofreram infarto do miocárdio, se tornou umas das principais causas de morbimortalidade na atualidade. Com isso, estudos evidenciam que mecanismos imunológicos, inflamatórios e estresse oxidativo apresentam um papel significante na patologia e progressão da IC. Porém poucos estudos discutem a modulação dos mediadores de estresse oxidativo e inflamação através de nutrientes, via dieta ou suplementação.E, pacientes com IC apresentam um aumento das necessidades nutricionais, uma vez que a maioria destes são idosos, ou seja, mais propensos a problemas nutricionais.
O estresse oxidativo- inflamação torna- se um ciclo vicioso já que toda vez que existe uma inflamação ocorre à ativação do sistema imune. Desta forma, a principal função do sistema de defesa antioxidante é inibir ou reduzir os danos causados às células.
Em outros estudos realizados com a suplementação de micronutrientes com função oxidante em pacientes com IC, houve uma melhoram função ventricular e um aumento do escore de qualidade de vida. Entretanto, é muito importante conhecer a cascata de interação entre os antioxidantes e o limite máximo de segurança com a sua utilização, para não ter como resultado da não efetividade dos mesmos ou ainda, efeitos prejudiciais.
Contudo, sabendo que a IC apresenta um aumento no estresse oxidativo favorecendo um estado pró-inflamatório, a restauração de uma ingestão adequada de antioxidantes como estratégia terapêutica não medicamentosa é de grande importância e deve ser atingida através de acompanhamento nutricional,desmistificando consensos de que o papel da Nutrição em pacientes com IC limite-se ao controle da ingestão de sal ou água ou ao valor calórico da dieta.
Anuário Nutrição Clínica Funcional
Ano 7 – Edição nº33 – Abril de 2007