A microbiota intestinal é correspondida por trilhões de microorganismos hospedados ao longo do trato gastrointestinal sendo eles bactérias, fungos, vírus, protozoários e outros. A proporção dessa disposição em conjunto com diversos outros fatores pode caracterizar um intestino com disbiose, ou seja, desiquilíbrio entre as bactérias constituintes da flora.
O eixo cérebro- intestino diz respeito a sinalização de forma bidirecional que envolve o Sistema Nervoso Entérico (SNE) para modulação dos sistemas mantendo sua homeostase. Estudos demonstram que a combinação de múltiplas cepas probióticas quando utilizadas nos transtornos psicológicos tendem à redução da sintomatologia e isso se dá por diversos mecanismos como efeito anti-inflamatório intestinal, aprimoramento da resposta imunológica, redução de marcadores de inflamação, comunicação por meio do nervo vago, dentre outros.
Em 17 de julho de 2022 a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou sua maior revisão mundial sobre saúde mental do último século em que é enfatizada a necessidade de medidas significativas em direção ao cuidado mental. Também é apresentada no documento que em 2019 aproximadamente um bilhão de pessoas viviam com transtorno mental, além disso, nos últimos tempos é vista uma curva de ascendência aos distúrbios psicológicos como após a pandemia do COVID-19 onde apresentou-se aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão em todo o mundo.
As causas para ansiedade, estresse, depressão e demais distúrbios psicológicos são multifatoriais e com isso, a alimentação bem como suplementação de forma isolada não são apresentadas como “cura”, contudo, advêm como mecanismos de melhora nos quadros bem como fatores preventivos.
Dentre essa perspectiva, vê-se como interessante a utilização de probióticos (microrganismos vivos capazes de gerar efeitos benéficos a saúde) e prebióticos (fibras que tem ação fertilizante e estimulante ao crescimento de bactérias benéficas ao intestino) para melhora do quadro de ansiedade, depressão e demais transtornos. Entretanto, são necessários mais estudos afins de estabelecer protocolos de tratamento.
Referências:
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