Diariamente, entramos em contato com cerca de 60 mil compostos tóxicos, também conhecidos como xenobióticos. Um dos principais objetivos da destoxificação é o aumento da polaridade do xenobiótico, possibilitando que o mesmo seja eliminado do organismo. Existem muitas evidências que nos permitem afirmar que a nutrição influencia de forma determinante em como destoxificamos, sendo a ingestão dietética de frutas e verduras muito importante para esse processo. Um grande número de xenobióticos foi investigado durante muitos anos, e foi evidenciado que alguns pesticidas e produtos químicos industriais possuem comprovada atividade hormonal, sendo então chamados de interferentes endócrinos (IEs) por interferirem na produção, liberação, transporte, metabolismo, ligação ao receptor, ação ou eliminação de todos os hormônios naturais.Evidências recentes sugerem que os IEs podem alterar os mecanismos envolvidos na homeostase do peso corporal, com conseqüente ganho de peso pelo aumento do volume do tecido adiposo. Sendo a obesidade um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 3, um crescente número de estudos tem sugerido que a exposição a baixas concentrações de poluentes inalantes pode estar associado com a propensão da doença, bem como de outras doenças crônicas. A maneira mais segura para a saúde seria a redução do consumo dessas substâncias, reduzindo o consumo de produtos industrializados e dando preferência aos alimentos orgânicos; reciclando e reutilizando materiais cuja decomposição no meio ambiente é lenta e fonte de liberação dos tais poluentes.
Revista Brasileira de Nutrição Funcional
Ano 11 – Edição nº 46 – Agosto de 2010